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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

A semana - Joaquim Barbosa x Eduardo Cardozo, a Beija-Flor é campeã e a Dilma é pega no "anti-doping"


Dilma depois das drogas, digo, do regime.


Por Zé Carlos

Esta semana que iremos comentar é uma semana carnavalesca. Noutros tempos eu nem me atreveria a falar alguma coisa além dos desfiles de blocos e de escolas de samba. Hoje, além disso, tenho que tratar de política, mesmo que seja sem políticos.

Vejam que grande contradição, política sem políticos. E não é que tudo se passou assim. O caso político mais interessante se deu muito longe de Brasília, já que lá, tenho certeza, somente hoje teremos algum parlamentar para ver. Para não ser injusto, na última quarta-feira de cinzas, vi, no Senado um senador falando e 3 ou 4 assistindo, num plenário quase vazio. E o assunto não era outro, a não ser criticar o governo da estrela maior desta coluna, a presidente Dilma Yossef. E, voltando, ao assunto, o caso mais interessante em termos políticos saiu do Sambódromo do Rio de Janeiro.

Como assim? Lula estava na avenida? A Dilma foi ao camarote da Odebrecht? O Eduardo Cunha, nosso “Cunhão”, desfilou pelo Cordão do Bola Preta?  A Marta Suplicy desfilou no Bloco da Preta Gil? Não, nada disso. Dizem que um ditador africano foi quem financiou o Carnaval da Beija-Flor de Nilópolis, para a escola mostrar as belezas do seu país, a Guiné Equatorial, na qual o Lula já esteve, e do qual a Dilma perdoou uma dívida de 27 milhões de dólares. Além do riso vindo do Sambódromo, pelo primeiro lugar obtido pela escola, vieram o riso dos brasileiros quando souberam de que país se tratava.

A Guiné Equatorial é uma ditadura. Muitos acrescentam, cruel, sanguinária, maligna. Eu não. Ditadura é ditadura, e os brasileiros já sabem que não é mole. Dizem ser o ditador de lá um amigão do Lula, e quer ser amigão do Brasil, ao ponto de arranjar 4 milhões de dólares para investir no carnaval. Dizem que ele quer, até, que a língua portuguesa seja oficial por lá. Seria ótimo, porque eles poderiam ler esta coluna e rirem com a gente, do país deles. Este país deveria ter sido tomado como um contra-exemplo, na campanha, para o Brasil, que foi declarado pela candidata presidente como um país livre da miséria. Isto, antes da posse pela sua reeleição. Lá, na Guiné, cerca de 75% da população vivem com apenas 2 dólares por dia e não tem acesso à água limpa ou à saúde. Embora que, com o dólar hoje a R$ 3,00, eles não estão muito longe dos nossas patrícios que vivem do Bolsa Família. Para ser mais ou menos preciso, R$ 90,00 mensais do programa assistencial, dividido por 30, chegamos a R$ 3,00, o que nos dar apenas 1 dólar por dia. Coitados de nós e dos africanos (Quem nasce na Guiné Equatorial, é o que?)

Dizem, lá não haver jornais, nem existir uma imprensa livre. As pessoas não sabem o que está acontecendo de maneira nenhuma. Não existe nenhuma rádio ou emissora de televisão livres. E até o Facebook é bloqueado, e, portanto, infelizmente, aquele povo sofrido não poderá ter acesso, nem rir com esta coluna, que algumas vez usa esta rede social para divulgá-la, com o intuito único de fazer as pessoas rirem, como riem nossos 8 leitores toda semana.

Aqui, no Brasil, o povo só não sabe mesmo é o que aconteceu com a Petrobrás, pelo menos o Lula e a Dilma não sabiam, junto com a Graça Foster. Mas, isto é apenas um detalhe. Tem mais. O ditador da Guiné Equatorial, cantada em música e verso na Marquês de Sapucaí, pela Beija-Flor, tem pelo menos 17 palácios, enquanto três quartos da população não têm onde morar, e se alguém ficar doente, morre, pois lá só deve ter uma filial do Sírio-Libanês. E, riam meus senhores e senhoras, não tem nem o Minha Casa Minha Vida e nem o SUS, estes sistemas que hoje tiraram do relento e da doença tantos brasileiros, que o Lula os recomendou até ao Obama, que, para não dizer que foi ideia nossa o estar chamando “Obamacare”. Estes americanos não tem jeito, copiam tudo que temos de bom.

E paro por aqui antes que os mate de rir contando mais coisas da ditadura da Guiné Equatorial. No entanto, só mais uma coisinha relacionado com o tema. Enquanto o Obiang [ditador há 35 anos] tem 17 palácios para usar como quiser, a pobrezinha de nossa presidente, não tem nenhum dela mesma. Para curtir o Carnaval ela teve que tomar emprestado um Base Naval na Bahia. Vejam a diferença do padrão de vida dos nossos governantes. Avante!

Meus leitores, certamente, já quase morrendo de rir, devem estar perguntando quais outras notícias desta semana do reinado de Momo, se é que elas existem. Eu gostaria de dizer: não há mais nenhuma. Porém, houve outra, muito importante, que seria extremamente trágica se não fosse, também, cômica. Imaginem alguém, se sentindo acuado, porque a Justiça pode funcionar e complicar sua vida e de seus correligionários, se alguns empresários abrirem a boca e contarem o que sabem, e, por isso, se reunir com seus advogados (dos empresários) e prometer a eles que seus clientes devem ficar de bico calado, porque ele vai dar um jeito de livrar-lhes a cara. Isto descoberto, o que deveria ser feito com aquele alguém? Ora, se fosse o João de Manuela, lá de Bom Conselho, o delegado, Seu Gaudência, diria logo: “Taca-le  o pau!”. Agora imaginem se este alguém fosse, nada mais nada menos, que o Ministro da Justiça?

Contenha seu riso se pensaram que isto seria uma piada do colunista, pois foi exatamente, o que aconteceu. O fato é tão grave que os políticos deveriam ter voltado ao Congresso no carnaval e discutido a demissão sumária do Ministro, neste caso, Ministro da Injustiça. Pois sabe, o que gerou a maior polêmica? Foi o Joaquim Barbosa, que não é político, dizer que ele, o ministro, deveria ser demitido sumariamente. Foi um horror a reação dos petistas. Só não chamaram o Barbosa de “mestre açúcar” (expressão dita pelo filósofo de Bom Conselho, que não me lembro o significado, mas, era uma coisa ruim à beça). E a Dilma, a única que poderia tomar esta providência, estava na Bahia pulando o carnaval. Porém, mais hilariante ainda foi o Ministro da Injustiça, Eduardo Cardozo, tentar explicar porque recebeu os advogados dos réus. Eu só não coloco o vídeo de sua explicação aqui porque ainda quero leitores na próxima semana, mesmo que suas mortes fossem de riso.

Já poderia deixar vocês com o filme do UOL, todavia, como esta coluna é cruel com seus leitores, pois toda semana tenta mata-los, de tanto rir, leiam o seguinte e procurem descobrir antes do possível homicídio culposo que posso cometer:

“Olhando os dados que vocês mesmos divulgam nos jornais, se em 96 ou 97 tivessem investigado e tivessem naquele momento punido, nós não teríamos o caso desse funcionário da Petrobras que ficou durante quase 20 anos [beneficiando-se] de corrupção. A impunidade, e isso eu disse durante a minha campanha, a impunidade leva água para o moinho da corrupção.”

Quem disse isso? Tiririca, Palhaço Chocolate, Zé Lezin ou a Dilma Roussef? Ora, quem disse Dilma, certamente, está rindo tanto que não poderá ler até o fim esta coluna e nem assistir ao filme do UOL.

Ora, vocês ainda se lembram qual foi o ano que a nossa presidente passou a dar as cartas na Petrobrás?  Quem responder isto com apego aos fatos está sabendo agora que ela prevaricou. Não, meus senhores e senhoras, ela não colocou chifre no marido, pois faz muito tempo que não coabitam. O sentido da palavra aqui é o jurídico, ou seja, ela, como servidora pública que era, sabendo de tudo isto que aconteceu desde a década de 90, por que não denunciou os envolvidos? Se não o fez, isto chama-se “prevaricação”. É um crime funcional, isto é, praticado por funcionário público contra a Administração Pública em geral, que se configura quando o sujeito ativo, no caso, a sujeita ativa, retarda ou deixa de praticar ato de ofício, ou seja, suas obrigações, indevidamente, ou quando o pratica de maneira diversa da prevista no dispositivo legal, a fim de satisfazer interesse pessoal. A pena prevista para essa conduta é de detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. (Está previsto no Art. 319 do Código Penal, que quando foi promulgado nem a Dilma era nascida. Por isso, talvez ela não saiba de nada... Mas, deixemos a cultura jurídica para os juristas, aqui é o humor que abunda)

É óbvio que eu não quero transformar esta coluna  em “cultura jurídica”, explicar prevaricação foi apenas para dizer o que achamos da fala da Dilma. E Deus e o mundo interpretaram esta fala como uma tentativa de culpar o FHC pelos desmandos recentes na Petrobrás. Alguns, já disseram que ela deveria culpar o governo de D. João VI, outros que o culpado mesmo seria Cabral, (não o governador do Rio, mas, o nosso descobridor), outros ainda dizem que o culpado mesmo é o povo brasileiro, porque votou na Dilma. Tem até que dizem ser o culpado o filósofo de Bom Conselho. Entretanto, eu acho a seguinte versão a mais pertinente.

Vocês lembram daquela luta que o Anderson Silva venceu e que depois foi pego no “anti-doping”? Eu nunca vi uma similaridade maior do que com aquela  vitória da Dilma, em 2014. Todos hoje tentam explicar porque a Dilma ganhou as eleições, quando tinha tudo para perder. PIB caindo, inflação subindo, orçamento desequilibrado, as casas do Minha Casa Minha Vida caindo, etc. etc. Por que então nossa protagonista ganhou as eleições? Muitas explicações são dadas, mas, eu só acredito numa: DOPING. E tal qual o Anderson Silva, ela já foi pega umas 3 vezes, mas, apenas agora a coisa fica mais evidente. Pois, com esta última declaração, não tem jeito. Qualquer laboratório de beira de esquina, se fizer um simples exame de fezes, na obrada que ela deu, mostrará várias substâncias não permitidas nos processos eleitorais mundiais.

E, para mim, não há outro jeito, para nossos poderes, com a pressão do povo, fazer como fizeram com o nosso campeão de MMA. Suspendê-la, até que as coisas sejam esclarecidas. E claro, se na contraprova forem confirmada as substâncias nocivas a um democracia, utilizadas pela presidente, não tem jeito, a droga mais indicada é o impeachment, porque nos dá oportunidade de outra disputa justa no octógono político, na qual o Brasil já tem tecnologia suficiente para produção própria desde 1990. E dizer que tomou a droga para emagrecer, recomendada pelos médicos, não cola, como não está colando com o Anderson Silva.

E o nosso filme? O filme da UOL. Será que os produtores arranjaram algum material para nos fazer rir mais ainda? Como já estava prevendo, não encontraram, mas, aqueles que resistiram até aqui devem vê-lo, pelo menos para ver a luta entre Eduardo Cardoso e Joaquim Barbosa. E que vença o melhor.

“Veio o Carnaval, foi o Carnaval, e a investigação pela Polícia Federal de contratos da Petrobras continua dominando as manchetes. Em plena folia, o ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa tentou balançar a canoa do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Barbosa disse que Cardozo deveria ser demitido por ter recebido advogados de ao menos uma empresa investigada na operação Lava Jato. Arrastada pela "Marcha da Petrobras", a presidente Dilma Rousseff afirmou que se as denúncias na estatal tivessem sido investigadas na década de 1990, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, funcionários investigados atualmente não teriam praticado corrupção por tanto tempo.

E deu Beija-Flor no Carnaval do Rio. A escola de samba de Nilópolis faturou o título com um enredo financiado sobre Guiné Equatorial, um país governado há 35 anos por uma ditadura. O puxador Neguinho da Beija-Flor não viu problema no financiamento e disse que se não fosse a contravenção, o carnaval não seria o maior espetáculo da Terra. Olha a contravenção aí, gente!”


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