Por Zezinho de Caetés
Vem aí um novo best-seller da literatura política nacional.
É o livro do Romeu Tuma Jr. “Assassinato
de Reputações – Um crime de Estado”. Eu lembro bem do pai do autor, que foi
parlamentar e era considerado, inclusive pelo o Lula, como um homem sério e
competente. E agora, seu filho, que foi Secretário Nacional da Justiça no
governo Lula, lança, o que estão chamando de O Livro Bomba.
E, pelo que vi nos resumos, principalmente vindos da revista
Veja, se existe ali mesmo meia verdade, se eu fosse o Lula, me dirigiria à
Papuda, provavelmente, seguido por uma fila de petistas elaboradores de dossiês
apócrifos. No cargo assumido pelo o autor, era sua função, ouvir confidências e
segredos que agora tenta revelar, com provas, em seu livro, que eu farei um
esforço financeiro para comprar. Ainda bem que economizei não comprando o lixo
do Privataria Tucana.
E ele foi lançado num momento onde o governo, através do seu
Ministro da Justiça, se vê às voltas com acusações sobre vazamentos de conteúdo
de processos de uma forma totalmente partidária e injusta.
O principal que ele revela no livro é a “fábrica de dossiês”
em que se tornou o PT para se manter no poder. Isto envolveu, segundo o Tuma
Jr., até a Ruth Cardoso, que foi a última primeira dama que sabia ler um livro.
Diz o Tuma, segundo a Veja: “O PT usava o
meu laboratório para fazer dossiês. A ex-ministra Erenice Guerra foi inocentada,
em 2012, desse tipo de acusação. Mas eu sustento, com o nome que herdei do meu
pai: havia sim, uma fábrica de dossiês em via de ser normatizada, que
inviabilizei com a mudança do laboratório para a estrutura da secretaria.
Estavam usando o meu laboratório para fazer um dossiê contra a finada Ruth
Cardoso, mulher do ex-presidente FHC, e obviamente contra o governo de seu
marido”.
E entraram nesta dança o Marconi Perillo, depois que ele
falou que tinha avisado a Lula sobre o esquema do mensalão, e Tasso Jereissati,
tendo o Tuma Jr. recebido um pen drive do Aluisio Mercadante para destruir a
reputação do senador que fazia oposição ao governo. E ainda diz o Tuma Jr.: “Em maio de 2006, VEJA publicou que José
Dirceu, entre outros , teria conta em paraíso fiscal das Ilhas Cayman. Eu, como
secretário Nacional de Justiça, já investigava casos engavetados, relativos ao
Oppotunity. Mas, nesse esforço, recebo um retorno diverso: Daniel Dantas
aparecia como denunciante, e não com réu. Embora tivesse cargo executivo no
governo petista, eu suspeitava da existência de tal conta. E mais: que essa
conta era a lavanderia do mensalão no exterior. (...) Mandei cópia para o
ministro Tarso Genro apurar isso, e espero a resposta até hoje... Será que fui
defenestrado por ter chegado à conta caribenha do mensalão?”
Como vocês podem ver, o mensalão está no centro de tudo e
deve pesar muito na consciência do Lula, pelas suas atitudes ambíguas em
relação ao evento, que hoje, graças ao Joaquim Barbosa, levou alguns para
cadeia. E está esperando os outros. E haja verba para construir presídios se o
Ministro da Justiça mandar investigar o conteúdo do livro, como todo brasileiro
honesto espera.
E vi nos blogs a declaração do Jorge Hage, ministro da
Controladoria Geral da União: “É
importante sim (o julgamento do mensalão), que mostra que as instituições,
quando querem, funcionam, mas eu diria que está muito longe de termos condenado
os símbolos da corrupção no Brasil. Na minha opinião, os símbolos da corrupção
no Brasil, os emblemáticos, continuam soltos.” Quem sou eu para duvidar do
ministro.
E tem muito mais no Livro Bomba, inclusive a afirmação de
que o Lula era um informante do DOPS. Sim, aquele mesmo organismo que prendia e
arrebentava. Pelo que sei do Lula, ele não mudou nada. Se algo lhe mantém no
poder ele faz, nem que seja, pisar no pescoço da mãe, como ele acusava o
Brizola de fazer. E pensar que propuseram uma estátua para ele em Garanhuns.
Ainda bem que não foi em Caetés. Agora, seria melhor representá-lo como um “santo dos pés de barro”, mas, lá em São
Bernardo.
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