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segunda-feira, 17 de abril de 2017

A semana - Delação, delação, delação e mais delações entre "amigos"


Família Odebrecht


Por Zé Carlos

Nunca foi tão difícil começar esta coluna. Depois da semana que passou, eu pensei que jamais teria assunto para ela, já que eu lido com o humor político. E, ainda corremos o risco de que, com o que foi revelado sobre política pelos delatores da Odebrecht, não haja mais política a partir desta semana que entra.

Afinal de contas, penso eu, se houvesse ainda vergonha na cara, nossos políticos renunciariam todos, de presidente a vereador, passando por todas as posições do time da Odebrecht, logo depois de convocarem eleições gerais.

As notícias foram torturantes ao ponto de se tornarem hilárias. Quando eu via o Marcelo Odebrecht na TV, não havia outra expressão a não ser dizer: De novo????? E, no entanto, ficava ouvindo estupefato, que a política como eu, e todos os incautos imaginavam, não existia mais, pelo menos há 30 anos, no Brasil.

Para aqueles nossos colaboradores, como a Dilma e o Lula, que tantas risadas nos proporcionam às segundas-feiras, tudo que se falou já era mais do que esperado, e até sabido. A piada mais famosa do Lula, o “eu não sabia”, todos já estavam sabendo que era realmente uma piada. A grande piada da Dilma que era dizer “eu sou competente” também era conhecidíssima e já estava perdendo a graça, ao ponto dela inventar a mais recente, que é a “foi golpe!”.

Entretanto, com a divulgação dos outros por principalmente, o Marcelo Odebrecht e seu pai o Emílio, nossa coluna se tornou um pouco supérflua pela sensação de que o Brasil foi sempre uma piada para ser descoberta. O que eles contaram é de um humor tão refinado que vai ser difícil, até para nossos 15 mais leitores menos sensíveis não morrerem de tanto rir. Tem um, aquele que só lê metade do que a gente escreve, que nem começará a ler a coluna, certamente.

Mas, vamos lá enfrentar os nossos novos comediantes e até os antigos que mudaram suas versões e seus shows. Por exemplo, o Lula, já participou de um show, onde disse:

“Eu estou muito tranquilo, porque eu continuo desafiando qualquer empresário brasileiro, qualquer empresário, a dizer que o Lula pediu R$ 10 pra ele. Se alguém pediu em meu nome, essa pessoa tem que ser presa, porque eu nunca autorizei ninguém a pedir dinheiro em meu nome.”

Vejam o que é um cômico de mão cheia. Aparentemente, não existe motivo de alguém para rir do que ele disse e não há mesmo, a não ser que se lê de outros hilariantes cidadãos da Odebrecht. A conta ainda não foi fechada ainda, e pode crescer muito mais, porém já se sabe que foram depositados 40 milhões de reais numa planilha que contabilizava as propinas do Lula, e que se chamava “Amigo”. Todos sabem que “amigo” é coisa para se guardar, com diz a canção, do Milton Nascimento:

“Amigo é coisa para se guardar
Debaixo de sete chaves
....
Amigo é coisa para se guardar
No lado esquerdo do peito
......
Pois seja o que vier, venha o que vier
Qualquer dia, amigo, eu volto
A te encontrar
Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar.”

E não deu outra, o Emílio Odebrecht, que deu origem ao nome da planilha, encontrou o Lula e não teve dó nem piedade, porque a Lava Jato não deixou, seu filhinho, o Marcelo, não perdoou o amigo do “papai”. Este diz que Lula tinha duas contas no departamento de propinas da empreiteira. Uma era esta, “Amigo” que era administrada por ele, e uma segunda, mais informal que era administra pelo seu “papai” o Emílio. E era ele que tratava de coisas que Lula diz que não sabia, como a reforma do sítio de Atibaia, que Lula não sabe nem onde é, o pagamento de palestra pelo mundo afora, sujando o nome do Brasil, pois como se justificaria um analfabeto dando palestra de 200 mil dólares, mais do que ganhava Bill Clinton? Além disso, o Marcelo declarou que ainda custeava as despesas de viagens de Lula, na farra do século.

Bem meus “amigos” leitores, se vocês não se incomodam que eu os chame assim, vamos ler apenas um trechinho do que declarou o Emílio sobre o Lula,  vejam como agora ele é “mui amigo” do Lula, um  dia “paz e amor” e hoje “cagaço e horror”:

"A Carta ao Povo Brasileiro, feita com o propósito de acalmar o mercado financeiro, é um exemplo exato do tipo de apoio não financeiro que dávamos ao ex-presidente Lula. Essa carta tem muita contribuição nossa."

Para quem não está lembrado, a “Carta ao Povo Brasileiro” foi aquele documento, escrito por Zé Dirceu e o Palocci, o “italiano” das planilhas da Odebrecht e também com o traseiro na seringa em Curitiba, que dizia que o Lula só queria “paz e amor”, ao verificar que, se continuasse com aquele discurso de colocar trabalhador no poder, não levava a nada, pelo menos do ponto de vista financeiro, ou seja, o Lula, o Palocci, o Dirceu, o Delúbio, o Vaccari e tantos outros ainda seriam pobres. E todos imaginavam mesmo que foi o PT que mudou. Ledo engano, foi a Odebrecht que os fez mudar, à base de propinas.

Trocado em miúdos, nesta semana descobrimos, além de todos os roubos, que a pretensão de alguém dizer que governa este país, é mera pretensão mesmo, pelo menos, depois de Lula e antes da Lava Jato. Antes dela quem mandava era a Odebrecht, e mais algumas outras empreiteiras que o sisudo juiz Sérgio Moro tem em mira. E, para mim, que achava tão fácil  escolher alguém para aqui fazer graça, estou feito Lula, entre o Golbery e o movimento sindical, sem saber o que escolher.

Porque a delação da Odebrecht pegou a classe política de cabo a rabo. E se alguém hoje se alegra por não ter ainda sido citado, espere as delações que virão. Não restarão nem barraquinhas de pipocas, cujos donos não estejam com vontade de delatar o vereador que só deixou ele vender pipocas nas festas da padroeira, se ele lhe molhasse a mão, ou o prefeito que queria o seu para deixar o carrossel funcionar no meio da rua. Isto se somente falamos no executivo e no legislativo. E no dia em que começarem a contar piadas do judiciário também, esta coluna ganhará o Oscar de efeitos especiais provocados nos leitores pelas embolias hilariantes.

E por incrível que pareça são tantas as emoções que temos que escrever pouco, e mostrar em vídeos algumas das peças mais hilariantes da semana, com a esperança de ainda voltar na próxima, se ainda houver alguém solto. Claro que não mostrarei todos. Isto é impossível até para todos os meios de comunicação, cujos jornalistas não aguentam mais ouvir delatores, e já estão confundindo quem falou e quem não falou.

Vejam abaixo um dos que mais me tocou, não porque escrevo sobre humor, mas, porque também sou pai. E não me venham me dizer que não se rouba para alimentar um filho. O problema é envolver toda uma nação com os problemas dos filhos. Aí vira piada. Mas, vai se esperar o que do nosso colaborador, o Lula? O homem faz comício até em velórios! O que conclui do vídeo é que um depoimento de um pai, com a cara de sonso, ajudando outro que não “sabe de nada”, a enganarem o povo brasileiro, é que só grandes emoções de como a piada abunda nele.  Afinal de contas o futebol americano do Luleco deve ter nos custado uma fortuna nas transações espúrias do Marcelo com a Dilma.


E poderia aqui publicar vídeos por 900 horas, se quisesse matar meus parcos leitores de rir. Não o farei, na certeza de que chegaremos à próxima semana, onde mais delações nos aguardam. E isto é que os políticos temem. Hoje, a pergunta principal do Brasil é: “Será que estarei na próxima!?


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