Por Zezinho de Caetés
Eu gostaria de intitular este texto, repetindo um o título
de um outro que já escrevi neste blog: “Tchau,
querida!” (aqui).
Isto porque vão dizer que eu estou tentando dizer ser um profeta ou um
futurólogo. Nada disto. Só os que têm a mente completamente viesada para a
esquerda não previam que a Dilma seria impichada.
O que eu esperava era que a ex-presidenta incompetenta fosse um pouco mais inteligente e poupasse o
Brasil de perder uma noite de sono, como foi o meu caso, para acompanhar seu “bota fora”. E o que todos viram foi uma
saraivada de 55 votos dos senadores mostrando que no Brasil ainda estamos numa
era de sensatez.
Apesar do PT, amanhã há de ser outro dia. E não quero dizer
com isto que o Michel Temer seja um opção durável de presidente, embora achemos
que ele aguenta estes dois próximos anos, até 2108, enquanto o Brasil se
prepara para novas e melhores opões dentro do campo da política. Urge uma
reforma política, para que um país que evoluiu na seara democrática, e já
merece que não tenhamos a barafunda de partidos de aluguel que hoje existe.
Isto só para falar da reforma política, porque precisamos de
outras, até na vergonha nacional para não se acreditar que a solução para o
país é o Bolsa Família. Sabemos que estamos quebrados pelo PT, mas, somos uma
nação ainda com força, para nos transformar do perene país do futuro, no país
do presente.
E, mesmo não acreditando na sensatez da ex-presidenta, tenha
se tornado ex-birrenta e ouça o conselho do meu conterrâneo, o Lula, e
renuncie, deixando o caminho para ele, chefiar a oposição, pelo menos antes de
ser preso pelo Sérgio Moro, que é minha previsão atual. Depois não venham me
taxar de profeta do apocalipse.
Porque, no meio deste tumulto, além da certeza de que a
Dilma não volta, é que a Lava Jato continua. Assim sendo, ainda há muita água a
rolar debaixo da “ponte para o futuro”
do PMDB, até que o Brasil possa se livrar de todo o mal econômico, social,
moral, político em que o PT nos meteu.
Hoje, ainda não li, depois de ver no placar no Senado (55 x
22), toda a mídia que fatalmente tratará da situação da ex-presidenta, mas,
houve articulistas como o Ricardo Noblat que escreveram antes do final da
sessão, e o transcrevo abaixo, onde ele explica “Por que Dilma caiu”.
Fiquem com ele, que eu vou tirar um cochilo para ver por
onde a Dilma sairá do Palácio do Planalto, se pela rampa, como o Vampeta, ou
pelo elevador de serviço, como o Collor.
“A presidente Dilma Rousseff não caiu porque desrespeitou a Lei de
Responsabilidade Fiscal, embora tal crime bastasse, por encontrar respaldo na
Constituição, para que ela caísse. Caiu porque se esgotou sua autoridade
política. Não tinha mais como governar.
Seus erros na condução da economia, tanto no primeiro como no segundo
mandato, e as consequências daí decorrentes para o país, custaram-lhe a perda
de apoio político, sem o qual nenhum governante se sustenta. Apoio à direita, à
esquerda e ao centro.
Uma vez reeleita com o discurso de que o país estava muito bem e que os
programas sociais não apenas seriam mantidos como ampliados, ela teria que dar
meia volta volver e dar o dito pelo não dito. Não haveria dinheiro para quase
nada. Haveria cortes. O país já ia mal, e ela sabia disso.
Seria impossível para ela reconciliar-se com a realidade sem assinar a
confissão de que mentira para se reeleger. Mas não só. Dilma não contaria com o
apoio do PT e dos seus aliados à esquerda para fazer tudo o que deveria ser
feito. E ela também sabia disso.
Faltou-lhe coragem e convicção para romper ou distanciar-se daqueles
com os quais sempre conviveu ao longo de sua vida. O resultado era mais do que
previsível. Dilma parou de governar. O
imobilismo marcou seus últimos 16 meses e quase 15 dias na presidência.
Um governo incapaz de obter o apoio de 171 deputados em um total de 513
para barrar o impeachment não merecia continuar de pé. Obteve menos de 140. O
placar favorável à admissibilidade do impeachment no Senado confirmou, há
pouco, o que a Câmara antecipara.
Não foi o Congresso que derrubou Dilma – foram as ruas. A rejeição dos
brasileiros ao desempenho dela no cargo é superior à rejeição a todos os
presidentes eleitos de 1950 para cá. Ela chegou ao ponto de não poder mais se
dirigir ao país pela televisão sem provocar panelaços.
Era uma presidente que não podia ir e vir livremente para não correr o
risco de ser hostilizada. Só participava de atos públicos sob a garantia prévia
de que seria recebida por plateias domesticadas. Foi interditada, pois, muito
antes de começar a ser interditada pelo Congresso.”
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