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segunda-feira, 16 de maio de 2016

A semana - O último show da Dilma, a tristeza e mudez do Lula e a careca do Ministro...




Por Zé Carlos

E, graças a Deus, alcançamos mais uma semana neste imenso Brasil, onde a política nos proporciona um grande estoque do nosso melhor remédio: o riso. Como prevíamos já começo alegre por poder contar agora em tempo integral nesta coluna da nossa musa, a Dilma, que, a pedido dos meus parcos leitores aos seus senadores, fizeram com que a mandassem para um descanso lá no Alvorada, de até 180 dias. E agora, já temos outro colaborador em nossa folha de pagamentos que é o Temer, nosso presidente em exercício, que por economia processual chamarei de presidente apenas, com o cuidado de não confundi-lo com a “presidenta”, porque um dos seus primeiros atos foi proibir este termo estranho na correspondência oficial. E aqui vou eu “caminhando e cantando” e, espero, os meus leitores, rindo.

E, para começar, que tal mostrar uma palhaçada homérica e hilariante de quem ninguém esperava. O Waldir Maranhão, um deputado lá do mesmo Estado, tendo assumido a presidência da Câmara Federal, pela defenestração do Eduardo Já Vai Tarde Cunha, resolveu se vestir de palhaço (dizem que só para aparecer aqui na coluna) e com o bigodinho a la Chaplin oficiou o Senado de que o processo de impeachment da Dilma era nulo. Imaginem minha preocupação e dos meus leitores, além dos senadores, que fingiam querer ver a Dilma pelas costas, se ela não viesse aqui para coluna em tempo integral! Seria o caos para a coluna e para o Brasil que passaria a ser um país triste. Ou seja, seria um verdadeiro cataclismo. Mas, aí entrou o Renan, presidente do Senado que, apesar de contribuir muito com o humor brasileiro por ser o recordista de processos não julgados no Brasil (dizem que só quem o supera neste ponto é o Fernandinho Beira-Mar, mas, sendo da iniciativa privada não conta, pelo menos até agora, porque a Lava Jato ainda não descobriu se houve uso de verbas públicas na compra do produto que ele vende), e fingiu que não sabia ler e jogou o ofício do Waldir Maranhão na lata do lixo.

No entanto, mesmo reconhecendo a capacidade humorística do Maranhão, o deputado trocista, pois ele, quando viu que o ofício dele foi para o lixo, ele, logo no outro dia, desistiu da ideia. A maior gargalhada do país em relação ao episódio, veio quando a população viu um vídeo, no qual o nosso já famoso “Quinteto Abilolado”, ou pelo menos uma parte dele, andava pela rua, rindo às bandeiras despregadas, pela anulação do impeachment pelo deputado, e sem saber que ele tinha desistido. Foram a Gleisi Hoffman que agora vai ter que devolver 2 milhões de reais aos cofres públicos por ter usado dinheiro sujo na campanha, o Lindberg Farias que não sei o que é que vai fazer agora com os seus 2 dedinhos, e a Vanessa Graidiotin, que ontem vi reclamando na TV do que estão dizendo dela: “Não se elege mais nem para vereadora de Manaus”, e mais alguns outros do PT, a cantar pela ruas de Brasília: “Não vai ter golpe, vai ter luta!”. Em respeito aos meus leitores, eu reproduzo o vídeo lá embaixo, mas, aviso, só o vejam no final pois poderão morrer antes de terminar o texto, de tanto rir.

E o melhor de tudo para esta coluna, é que, num dos seus inúmeros shows de humor no Palácio do Planalto, antes da população saber do gesto hilário do Waldir Maranhão, a Dilma nossa musa, já sabia, e levou a plateia ao delírio dizendo que até que enfim, encontrou um humorista à sua altura, embora, não soubesse de nada. Como “camelô na conversa vende algodão por veludo, porque neste mundo tem bobo prá tudo”, o distinto público foi às lágrimas de tanto rir. E ela, a Dilma, nossa musa impávida e bela contava a piada das “manhas e artimanhas” da política. Quando ela disse: “Como vocês todos já sabem, pelos celulares, que todo mundo tem aqui, que o recurso foi aceitado e portanto o processo está suspenso...”, a plateia ria tanto que ela teve que dar uma pausa no show para não ser preciso chamar o SAMU. É uma pândega, e formará agora uma grande dupla com o deputado trocista, em seus shows a partir do Alvorada, que pelo jeito continuarão tão bons como sempre.

Como já disse, o deputado trocista voltou atrás e anulou sua própria anulação. Parecia brincadeira, como disse o Renan que ele estava querendo “fazer brincadeira com a Democracia”. Não! Foi apenas mais uma tentativa de entrar permanentemente nesta coluna de humor semanal. Vejam como já estamos penetrantes no meio. Quando houve a desistência do deputado, entrou o JECa, sim, o Advogado Geral da União, intimamente, dizendo que é melhor humorista do que todos, e mandou ao STF um mandado de segurança pedindo a mesma coisa que o deputado trocista queria. Aí veio o ministro Teori Zavascki, que agora compete com o Lewandowski e com o Marcos Aurélio para ver quem faz mais graça para entrar na trupe de Dilma e tirou o nariz vermelho do JECa dizendo que palhaçada tem limite. Deve ter pensado intimamente: “Vamos fazer graça, mas, a palhaçada tem que ser constitucional!”. O Lewandowski ficou triste mas já aceitou que no processo de impeachment em sua segunda fase pode até fazer graça, mas, dentro dos princípios de hilariância constitucional. E já aviso aos nossos leitores que o humor desta coluna é constitucionalíssimo, e só matamos de rir constitucionalissimamente.

E, por falar em impeachment, vamos agora adentrar no assunto, e espero que os meus parcos leitores, sobrevivam para ver o filme e outros assuntos relacionados nesta semana, que de tanto nos fazer rir deveriam sofrer também o impeachment.

Seria impossível não mencionar aqui, nesta semana histórica, o show de humor que a nossa musa e principal colaboradora por tantos anos, a Dilma, deu ao sair do Palácio do Planalto. Primeiro, evitou descer a rampa, provavelmente, lembrando do Vampeta, ou talvez, desconfiando do Lula que sempre foi um seu concorrente em suas atividades. E chamo a atenção dos leitores que o Lula entrou mudo e saiu calado. Pelo seu aspecto, não se sabe se porque não quis mesmo dizer nada ou não pôde devido a um processo de insolação, ou ainda, porque passou a ser conhecido agora, depois de sua exoneração do ministério, como o "Ministro Porcina", aquele que foi sem nunca ter sido. Dava até dó! Mas, a Dilma, naquele sol escaldante, onde rescindia o cheiro forte de mortadela passada, brilhou, talvez, pela última vez num show externo contando as tradicionais piadas que levaram o Brasil a rir por tanto tempo: “Sou mais honesta do que a mulher de César!”, “O Eduardo Cunha quis fazer chantagem comigo e eu não aceitei, porque ele não havia aceitado a minha antes!”, “Só fizeram isto comigo porque sou mulher e não sou tão bonita quanto a Marcela Temer!”, “Agora minha vida vai ser andar por este país, prá ver se um dia me sinto feliz!” e muitas outras que levavam os ouvintes ao delírio hilariante, até quando, ela pediu permissão para contar pela última vez a sua grande piada: “Não vai ter golpe!”. Foi um alarido.

Daí para frente, naquele dia 12 de maio, o Temer, nosso novo colaborador, se apossou do cargo, e, dizem, que pressa para fazer isto foi evitar a sexta-feira 13 que viria a seguir, e em cuja solenidade, havia tanta gente que, com o abafado ele se engasgou e foi preciso tomar uma, para se acalmar. Calma, meus leitores, não foi uma caninha 51, não estou falando do Lula, e sim uma pílula que a Marcela sempre deixa com os assessores para que ele sempre chegue em casa bem alegre. E pela primeira vez, em 13 anos, ouvimos um presidente falar português de forma correta. A sisudez da plateia mostrava apenas que ela estava tão habituada a ouvir a Dilma e o Lula contarem piadas naqueles seus portuguêses ruins, que custaram a entender. E se ouviu a primeira risada quando, ao falarem todos os nomes do ministério do Temer, não havia nenhuma mulher entre eles. Algumas delas, presentes, não esconderam a decepção e mudaram o semblante quando o Temer disse que isto era apenas passageiro, pois agora a melhor coisa era que ele estava se livrando de uma, e não poderia arriscar. Quanto a não existência de negros, índios, homossexuais e outras minorias, ele foi ovacionado quando disse que o Joaquim Barbosa, o Cacique Raoni e o Jean Willys seriam contemplados no futuro, se eles quisessem, é claro. Quanto as mulheres, ainda nesta semana, logo depois de juntar os Ministérios de Educação e Cultura, ele, logo no outro dia, igual ao Waldir Maranhão, já os desjuntou  para colocar, no da Cultura, a uma mulher. Espero que seja a Dilma, mas, cuidado, senão ele vai ser chamado de presidente trocista.

Desculpem por estar me alongando demais, quando nem sei se ainda existe algum leitor vivo até aqui, mas, a semana merece. Diante de tantas coisas importantes, os senadores ainda tiveram tempo de cassar o mandato de Delcídio do Amaral. O caso é citado aqui porque, ao sair de uma das comissões, o senador disse, para alegria dos repórteres, que não agiu sozinho quando tentou facilitar a fuga do latavajatense, que é como deve se chamar alguém que está junto do Sérgio Moro, e sim a mando (vejam que disse “a mando” e não amando) de Lula e Dilma. Ou seja, ainda teremos muitas piadas sobre este tema reverberando aqui na coluna.

Bem, estamos terminando, porque não quero tratar de piadas internacionais e de humoristas estrangeiros como o Maduro, Morales e outros chefes de Estados que agora repetem a mesma piada de Dilma, dizendo que o impeachment é golpe, e que não reconhecem o governo de Temer. Ainda bem que o Temer colocou o Zé Serra para lidar com este povo, e a coluna espera que ele diga aos bolivarianos que eles não reconhecerem o governo é um elogia.  E agora, terminando mesmo, o que mais se pergunta no Brasil é que produto o novo Ministro da Justiça usa para polir a cabeça. Se juntar ele e o Zé Serra numa entrevista de TV não precisa nem de iluminação.

Agora é fim mesmo, e fiquem com o filme performático de pessoas que sempre estarão nesta coluna semanal. Tenham uma boa semana! E já digo que, também, promete!


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