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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

A semana - A "nova política" deu chabu! A "velha" vai para o segundo turno. Vamos rir assim mesmo?




Por Zé Carlos

Nesta minha coluna semanal, semana passada, meus 6 leitores encontraram o seguinte parágrafo, onde falava, por força do ofício, dos candidatos quase perdidos na eleição presidencial:

O Aécio ainda acredita que vai para o segundo turno, quando vai perder até em Minas, e Marina acha ainda que vai governar com os bons. Dizem que ela já convidou o Papa Francisco, o Dalai Lama e o Pastor Edir Macedo para assessorá-la. É claro que ela também convidou o Lula, que infelizmente não pôde aceitar porque espera ser secretário do Alexandre Padilha em São Paulo.

Hoje eu já sei e meus leitores sabem que eu não posso mais fazer rir dizendo o que disse do Aécio. Mesmo perdendo em Minas, ele passou para o segundo turno, para tentar de vez tirar do páreo a grande colaboradora desta coluna, a candidata e presidente Dilma. Realmente, não sei se ele conseguir tal feito o que será deste escrito semanal, a partir daí. É claro que teremos a Dilma até janeiro, mas, quem garante que ela fará tantas hilárias ações, como quando ainda não sabia que iria perder. Vai ser um baque para esta coluna, mas, o que fazer? Como dizem da natureza, espero que o humor tome seu próprio curso. Afinal de contas, o PT ainda existe, e pode nos oferecer muito material para atingirmos a nossa meta que é de 100% de riso.

Lá embaixo vocês tem o filme da semana, feito pelo UOL e que é comentado sempre nessa coluna. Ele tem um gostinho de “jornal de ontem”, porque só ontem tivemos a eleição, o que deixou para trás os debates entre candidatos, como aquele retratado no filme, apresentado pela Rede Globo. O filme passou, mas, as cenas de humor que nele apareceram são imorredouras. Por isso, mesmo sabendo que tudo passou para a maioria dos candidatos eles merecem ser revistos. Segurem-se em suas cadeiras para que o riso não os leve.

A cena de quase de pugilato entre a Dilma e a Marina só me lembrou aquele filme do Carlitos onde ele enfrenta um adversário muito mais pesado do que ele, numa luta de boxe, e as cenas nos levam às gargalhadas. Eu diria que a luta entre elas não seria possível porque a Dilma é peso pesado e a Marina é peso pena. Eu comecei a rir quando vi pela primeira vez a Dilma para cima e para baixo com um calhamaço de papel que mais parecia a Enciclopédia Delta Larousse, do tempo em que se usava papel para este tipo de literatura. E ela aguentou até o fim do debate, embora com a dificuldade enorme de achar aquilo que seu marqueteiro escreveu no livro. Só em ver este horror, o humor negro estaria garantido.

Já o Aécio, não sei se por cansaço ou porque estivesse um ponto eletrônico, não carregava nenhum papel a não ser numa hora em que teve de ler uma ata de uma reunião da Petrobrás, na qual se agradecia ao Paulo Roberto Costa pelos bons serviços prestados à instituição. Ele teve que a ler porque a Dilma não lembrava e disse que havia demitido o Paulinho, como o Lula chama, ou chamava, o assessor da ex-grande empresa brasileira. Com o conhecimento que hoje temos dos seus bons serviços, o que levou a Petrobrás a ser a empresa mais roubada do país, desde a Companhia da Índias Ocidentais, temos que rir às bandeiras despregadas. O que eu queria mesmo era que fosse divulgado, ou vazasse, como se diz hoje, o conteúdo daquele “big” manual da Dilma, para eu contar quantas mentiras ainda havia lá dentro e que poderão muito bem serem usadas no segundo turno contra o Aécio Neves, como foram usadas no primeiro com a Marinha, coitadinha.

Digna de nota foi a reação de outros candidatos com a frase do Levy Fidélis no debate anterior, querendo com isto atingir os homossexuais: “Aparelho excretor não reproduz”. E parece que conseguiu, pela reação nos dias seguintes, vindas de todos os cantos do país. No debate que agora comento agora, foi a vez dele ser cobrado pela atitude tida como homofóbica. Eu penso que toda a reação não foi só pelo que ele queria dizer com a frase, mas com as palavras “aparelho excretor”. Eu mesmo cheguei a rir porque nunca mais as havia ouvido com o significado de “fiofó”, muito mais comum na obra do Ariano Suassuna, e até muito mais sonora. Já pensaram o Ariano dizendo que “João Grillo enfiou uma moeda no aparelho excretor do gato”? Seria horrível. Mas ouve uma reação imensa nas redes sociais, chegando ao ponto destas palavras serem “trending topics” nas redes sociais, e o Procurador Geral da República abrir um investigação para saber o que elas significariam.

Já o meu amigo e colaborador deste humilde blog, o Zezinho de Caetés, ao encontrar-me esta semana, estranhou tanta reação negativa à frase do Levy, quando ela pode servir para ser utilizada em uma forma politicamente correta para tratar os homossexuais. Afinal de contas, diz ele, já temos “afrodescendente” para negro; um novo texto para a canção que cantávamos na infância: “Não atire o pau no gato to tô, porque isso so sô não se faz”, quando metemos o pau no gato a vida toda; chamar político de corrupto ao invés de ladrão para não compará-lo com aqueles que morreram ao lado do Cristo. Depois do Levy Fidelix, pergunta o Zezinho, por que não chamarmos os homessexuais de “usuários do aparelho excretor no sentido inverso”? Isto seria muito mais polido do que os milhares de nomes que existem para se chamar os “gays”, inclusive eliminando o anglicismo. Eu ri bastante, mas, não vou adotar as palavras do Levy, para este fim, esperando que ele faça um bom uso do seu “aparelho excretor”, e nunca vá ao urologista.

E a Luciana Genro? Tu pensas que ela é engraçada, maquiavélica ou leviana, como a chamou o Aécio, tchê? Eu não gostei dela apenas pelo sotaque. Senti uma saudade danada do sotaque do Eduardo Campos, visse? Agora restou apenas o sotaque mineiro, uai! O que será de nós?!

Agora com o resultado das eleições já prontos com as exceções de praxe porque, dizem, em determinados locais ainda hoje estão votando, porque estão ainda esperando o material de campanha, já temos certo que teremos mais um vez um embate entre PT e PSDB no próximo dia 26. O que a coluna espera é que os próximos debates gerem o maior volume de riso possível. Pelo menos a presença da Dilma garante uma parte disto. Se ela tentar repetir tudo o que o Lula e ela mesma diziam em campanhas anteriores, meus leitores poderão até passar de 6 para 7, porque o brasileiro gosta de rir mesmo.

Imaginem se ele repetir que o objetivo do Aécio é privatizar a Petrobrás. Vai ser uma risada geral. E se o Aécio responder que vai estatizá-la, o riso só aumentará. Agora se o Aécio pedir para ela repetir, em algum debate, o nome de seus 39 ministros, e ela responder sem consultar o caderno, ganhará o debate. Se ele pedir os nomes completos e ela responder corretamente, descobriremos que todas as gafes e asneiras que ela disse até agora, foram propositais e pertenciam ao seu plano para conquistar as massas, teremos que tirar o chapéu para sua grande inteligência, e se riso houver, será de alegria.

Bem, por hoje é só, pois vocês ainda têm um filme para ver, apesar dele ser mais uma comédia pastelão desatualizada, mas, com grande probabilidade de repetir-se na próxima etapa da campanha. Então aguardem o filme da próxima semana, pois a Dilma participará nele com o mesmo tempo que o Aécio, e, mesmo que este possa não dizer nada engraçado, metade do que o nosso ingresso promete, está garantido.  Apenas para não deixar de fora algo que me fez rir muito no filme, espero que, pelo menos para nos fazer rir também, o Aécio “taque-lhe o pau”, “taque-lhe o pau”, como diz a criança da fita.

“O último debate antes das eleições de domingo (5), realizado pela TV Globo, entre os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB), Aécio Neves (PSDB), Pastor Everaldo (PSC), Luciana Genro (Psol), Levy Fidelix (PRTB) e Eduardo Jorge (PV), mais pareceu uma edição especial do programa 'Casos de família', do SBT, conhecido pelas cenas de bate-boca e até agressões entre os participantes. No debate anterior, promovido pela TV Record, Levy Fidelix deu o que falar com seus comentários sobre a população LGBT.”


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