Por Zé Carlos
Nesta minha coluna semanal, semana passada, meus 6 leitores
encontraram o seguinte parágrafo, onde falava, por força do ofício, dos
candidatos quase perdidos na eleição presidencial:
O Aécio ainda acredita
que vai para o segundo turno, quando vai perder até em Minas, e Marina acha
ainda que vai governar com os bons. Dizem que ela já convidou o Papa Francisco,
o Dalai Lama e o Pastor Edir Macedo para assessorá-la. É claro que ela também
convidou o Lula, que infelizmente não pôde aceitar porque espera ser secretário
do Alexandre Padilha em São Paulo.
Hoje eu já sei e meus leitores sabem que eu não posso mais
fazer rir dizendo o que disse do Aécio. Mesmo perdendo em Minas, ele passou
para o segundo turno, para tentar de vez tirar do páreo a grande colaboradora
desta coluna, a candidata e presidente Dilma. Realmente, não sei se ele conseguir
tal feito o que será deste escrito semanal, a partir daí. É claro que teremos a
Dilma até janeiro, mas, quem garante que ela fará tantas hilárias ações, como
quando ainda não sabia que iria perder. Vai ser um baque para esta coluna, mas,
o que fazer? Como dizem da natureza, espero que o humor tome seu próprio curso.
Afinal de contas, o PT ainda existe, e pode nos oferecer muito material para
atingirmos a nossa meta que é de 100% de riso.
Lá embaixo vocês tem o filme da semana, feito pelo UOL e que
é comentado sempre nessa coluna. Ele tem um gostinho de “jornal de ontem”, porque só ontem tivemos a eleição, o que deixou
para trás os debates entre candidatos, como aquele retratado no filme,
apresentado pela Rede Globo. O filme passou, mas, as cenas de humor que nele
apareceram são imorredouras. Por isso, mesmo sabendo que tudo passou para a
maioria dos candidatos eles merecem ser revistos. Segurem-se em suas cadeiras
para que o riso não os leve.
A cena de quase de pugilato entre a Dilma e a Marina só me
lembrou aquele filme do Carlitos onde ele enfrenta um adversário muito mais
pesado do que ele, numa luta de boxe, e as cenas nos levam às gargalhadas. Eu
diria que a luta entre elas não seria possível porque a Dilma é peso pesado e a
Marina é peso pena. Eu comecei a rir quando vi pela primeira vez a Dilma para
cima e para baixo com um calhamaço de papel que mais parecia a Enciclopédia
Delta Larousse, do tempo em que se usava papel para este tipo de literatura. E
ela aguentou até o fim do debate, embora com a dificuldade enorme de achar
aquilo que seu marqueteiro escreveu no livro. Só em ver este horror, o humor
negro estaria garantido.
Já o Aécio, não sei se por cansaço ou porque estivesse um
ponto eletrônico, não carregava nenhum papel a não ser numa hora em que teve de
ler uma ata de uma reunião da Petrobrás, na qual se agradecia ao Paulo Roberto
Costa pelos bons serviços prestados à instituição. Ele teve que a ler porque a
Dilma não lembrava e disse que havia demitido o Paulinho, como o Lula chama, ou
chamava, o assessor da ex-grande empresa brasileira. Com o conhecimento que
hoje temos dos seus bons serviços, o que levou a Petrobrás a ser a empresa mais
roubada do país, desde a Companhia da Índias Ocidentais, temos que rir às
bandeiras despregadas. O que eu queria mesmo era que fosse divulgado, ou
vazasse, como se diz hoje, o conteúdo daquele “big” manual da Dilma, para eu contar quantas mentiras ainda havia
lá dentro e que poderão muito bem serem usadas no segundo turno contra o Aécio
Neves, como foram usadas no primeiro com a Marinha, coitadinha.
Digna de nota foi a reação de outros candidatos com a frase
do Levy Fidélis no debate anterior, querendo com isto atingir os homossexuais:
“Aparelho excretor não reproduz”. E
parece que conseguiu, pela reação nos dias seguintes, vindas de todos os cantos
do país. No debate que agora comento agora, foi a vez dele ser cobrado pela
atitude tida como homofóbica. Eu penso que toda a reação não foi só pelo que
ele queria dizer com a frase, mas com as palavras “aparelho excretor”. Eu mesmo cheguei a rir porque nunca mais as
havia ouvido com o significado de “fiofó”,
muito mais comum na obra do Ariano Suassuna, e até muito mais sonora. Já
pensaram o Ariano dizendo que “João
Grillo enfiou uma moeda no aparelho excretor do gato”? Seria horrível. Mas
ouve uma reação imensa nas redes sociais, chegando ao ponto destas palavras
serem “trending topics” nas redes
sociais, e o Procurador Geral da República abrir um investigação para saber o
que elas significariam.
Já o meu amigo e colaborador deste humilde blog, o Zezinho
de Caetés, ao encontrar-me esta semana, estranhou tanta reação negativa à frase
do Levy, quando ela pode servir para ser utilizada em uma forma politicamente
correta para tratar os homossexuais. Afinal de contas, diz ele, já temos “afrodescendente” para negro; um novo
texto para a canção que cantávamos na infância: “Não atire o pau no gato to tô, porque isso so sô não se faz”, quando
metemos o pau no gato a vida toda; chamar político de corrupto ao invés de
ladrão para não compará-lo com aqueles que morreram ao lado do Cristo. Depois
do Levy Fidelix, pergunta o Zezinho, por que não chamarmos os homessexuais de “usuários do aparelho excretor no sentido
inverso”? Isto seria muito mais polido do que os milhares de nomes que
existem para se chamar os “gays”,
inclusive eliminando o anglicismo. Eu ri bastante, mas, não vou adotar as
palavras do Levy, para este fim, esperando que ele faça um bom uso do seu “aparelho excretor”, e nunca vá ao
urologista.
E a Luciana Genro? Tu pensas que ela é engraçada,
maquiavélica ou leviana, como a chamou o Aécio, tchê? Eu não gostei dela apenas
pelo sotaque. Senti uma saudade danada do sotaque do Eduardo Campos, visse?
Agora restou apenas o sotaque mineiro, uai! O que será de nós?!
Agora com o resultado das eleições já prontos com as
exceções de praxe porque, dizem, em determinados locais ainda hoje estão
votando, porque estão ainda esperando o material de campanha, já temos certo
que teremos mais um vez um embate entre PT e PSDB no próximo dia 26. O que a
coluna espera é que os próximos debates gerem o maior volume de riso possível.
Pelo menos a presença da Dilma garante uma parte disto. Se ela tentar repetir
tudo o que o Lula e ela mesma diziam em campanhas anteriores, meus leitores
poderão até passar de 6 para 7, porque o brasileiro gosta de rir mesmo.
Imaginem se ele repetir que o objetivo do Aécio é privatizar
a Petrobrás. Vai ser uma risada geral. E se o Aécio responder que vai
estatizá-la, o riso só aumentará. Agora se o Aécio pedir para ela repetir, em
algum debate, o nome de seus 39 ministros, e ela responder sem consultar o
caderno, ganhará o debate. Se ele pedir os nomes completos e ela responder
corretamente, descobriremos que todas as gafes e asneiras que ela disse até agora,
foram propositais e pertenciam ao seu plano para conquistar as massas, teremos
que tirar o chapéu para sua grande inteligência, e se riso houver, será de
alegria.
Bem, por hoje é só, pois vocês ainda têm um filme para ver,
apesar dele ser mais uma comédia pastelão desatualizada, mas, com grande
probabilidade de repetir-se na próxima etapa da campanha. Então aguardem o
filme da próxima semana, pois a Dilma participará nele com o mesmo tempo que o
Aécio, e, mesmo que este possa não dizer nada engraçado, metade do que o nosso
ingresso promete, está garantido. Apenas
para não deixar de fora algo que me fez rir muito no filme, espero que, pelo
menos para nos fazer rir também, o Aécio “taque-lhe o pau”, “taque-lhe o pau”,
como diz a criança da fita.
“O último debate antes
das eleições de domingo (5), realizado pela TV Globo, entre os presidenciáveis
Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB), Aécio Neves (PSDB), Pastor Everaldo
(PSC), Luciana Genro (Psol), Levy Fidelix (PRTB) e Eduardo Jorge (PV), mais
pareceu uma edição especial do programa 'Casos de família', do SBT, conhecido
pelas cenas de bate-boca e até agressões entre os participantes. No debate
anterior, promovido pela TV Record, Levy Fidelix deu o que falar com seus
comentários sobre a população LGBT.”
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