A semana - Dilma irritada, Aécio esperando o "sim" de Marina e o Suplicy no lugar do Tiririca

Por Zé Carlos

Depois de passada a apuração, vamos rir com os resultados. E, neste caso, rimos por duas coisas. Primeiro porque achamos que o Aécio tem mais neurônios do que a Dilma, e segundo porque temos ainda Dilma na campanha mais quase 20 dias. Como eu havia previsto, o riso com Dilma é garantido. Tanto que agora, estou vendo seus programas eleitorais já com a barriga enfaixada para que ela não estoure de tanto rir. A mulher é impagável, pelo menos para esta coluna e seus leitores ávidos de riso.

Primeiro eu fico esperando qual será o próximo escândalo envolvendo o PT e as palavras de Lula e Dilma, já tão tradicionais que eles poderiam andar com elas estampadas numa faixa, poupando as vozes roucas de xaropes noturnos: “Eu não sabia!”. Já dizem até que a Dilma, como boa discípula que é do Lula, já diz tanto esta frase que quando reclamada de que, como presidente, ela não pode dizer tanta besteira, ela diz: “Desculpe, mas eu não sabia!”. Virou TOC.

Esta semana foi um verdadeiro horror para o PT, PMDB e PP. O Paulo Roberto Costa, o Paulinho, como Lula o chama, e o Youssef, de quem não me lembro o primeiro nome, pois é mais conhecido como doleiro oficial do PT, abriram o bocão, agora ao vivo e em cores, sendo retransmitidos pelo Jornal Nacional e, se não derrubaram a república, pelo menos parece que derrubaram o Governo da Dilma, e muito provavelmente sua reeleição. Também pudera, se ela diz que sabia de tudo, tem impeachment daqui para o fim do ano, se ela continuar dizendo que não sabia, na eleição, o povo “impeacha” ela. Ou seja, se correr o povo pega e se ficar o Paulinho come.

Eu não resisto em repetir aqui o que disse a Dilma sobre as declarações dos dois delatores à justiça, e sua divulgação: “Para o Brasil é muito importante, para que de fato a gente combata a corrupção, que não se use isso de forma leviana em períodos eleitorais, de forma incompleta”. Ora, ora, o adjetivo “leviano” tem sido muito usada nesta campanha. Já vi o Aécio, de dedo em riste, acusar a Luciana Genro de ser leviana. Eu até pensei que ele havia dado a conotação ao adjetivo de “que possui pouco peso ou pouca carga; leve”, porque ela é magrinha, mas não era isto. E agora com o uso de sua adversária, antes que se diga que esta campanha toda está sendo leviana, eu fui ao dicionário para saber, com precisão, o que ele significa. Será que estou sendo leviano?

“Leviano é o que ou aquele que julga ou procede irrefletida e precipitadamente, que ou o que age sem seriedade que demonstra inconstância, inconsistência.” Quando a Dilma diz que a divulgação foi um ato leviano, está apenas acusando o juíz que deixou que fosse feita. E eu pergunto é se não seria mais leviano ainda, colocar os depoimentos para baixo do tapete até passar as eleições. Por essas interpretações e outras deste governo, que ao contrário do whisky, é de 12 anos, mas não é bom, é que ainda hoje se tacha de leviano o Joaquim Barbosa por ter botado o Zé Dirceu, o “guerreiro do povo brasileiro”, atrás das grades. Parodiando o Lula, eu diria, que já estamos  de “saco cheio” de tanta leviandade.

Mas, vamos tentar rir um pouco com nosso filme da semana, produzido pelo UOL e reproduzido por este blog lá embaixo. Antes alguns poucos comentários sobre ele.

Se vocês se assustarem no início com o apelo dos candidatos aos “fantasmas” e “monstros”, não se apoquentem, segurem a lágrima, façam um sorriso e finjam que são felizes e não são levianos, mas, apenas pessoas que gostam de rir, porque ainda é o melhor remédio, e pode até servir de vacina para ebola. Continuem vendo, com o choro contido, vendo quem ficou entre os candidatos mais votados do Brasil para o nosso glorioso Parlamento: Tiririca, Bolsonaro e Maluf. E se sustentem na cadeira quando ouvirem o Maluf declarar que até Jesus Cristo votaria nele porque ele foi o melhor prefeito de São Paulo. Pode até ser verdade, porque ele foi o que mais “malufou” à maior metrópole da América Latina.

Deliciem-se ainda com o “casamento” entre Aécio e Marina, no qual, até o momento em que escrevo, na noiva ainda não tinha dito o “sim”. Os seus correligionários estão acusando o noivo de ter xingado a Luciana Genro, apenas porque a amava mas não era correspondido. Mas, tudo indica que a “noiva” dirá sim à união para se vingar das outras mulheres da vida do Aécio. Vai ser um casamentão. Não percam. Vai ter até cruzamento de espada como acontecia lá em Bom Conselho. Velhos tempos, velhos dias.

Finalmente, riam muito com o ex-senador Eduardo Suplicy, que se despedirá em grande estilo do senado, depois de 24 anos fazendo palhaçadas, como vestir cuecas por cima da calça e tomar banho de gelo, para garantir a “renda mínima da cidadania”. Dizem que com esta aposentadoria forçada, e por falta de tempo do Tiririca, ele o substituirá nos seus programas televisos, para voltar em 2018, já casado outra vez com a Marta Suplicy, que, pelo menos pelas as pesquisas de segundo turno, também ficará desempregada a partir de janeiro.

“O segundo turno das eleições presidenciais começou com ataques macabros entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). A petista disse que os brasileiros não querem os "fantasmas do passado". O tucano respondeu que o temor é com os "monstros do presente". É a velha polarização pautando o debate política. Qualquer um que sair vencedor terá pela frente a árdua tarefa de lidar com um Congresso dos horrores.”

P.S.: Já havia terminado de escrever a postagem acima, quando soube que a Marina, finalmente, disse sim a Aécio. Será um bela história de amor, ou apenas uma união sustentável para defenestrar a Dilma? Segundo a Marina, foi uma carta que Aécio escreveu que tirou completamente suas dúvidas quanto ao enlace. Nela ele dizia que concordava com ela em quase tudo que ela dizia durante o noivado. Sei não. Tudo me soou um tanto forçado pelas circunstâncias, de Lula a ter traído com Dilma, quando tiveram um caso no passado. De qualquer forma até o Zezé de Camargo e Luciano cantaram no casamento: "É o amooooooooor!!!!".

Agora sim, fiquem com o filme ainda de antes do tão badalado casamento, e que tenham frutos sadios e sustentáveis.