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sexta-feira, 6 de julho de 2012

Testemunhos do Vovô Zé - Caruaru, São João, Vovó Mafalda, Nelson Mandela, Pé de Pano...



Estátua de Luis Gonzaga - Caruaru - Parque das Baraúnas


Por Zé Carlos

O dia que escrevo é já dia de São Pedro. As festas juninas (poderiam ser as festas antoninas ou pedrinas, mas, São João sempre lidera a parada) estão chegando ao fim. E delas, tenho muito pouco a contar, a não ser que vista minha roupa de Vovô Zé e comece a contar o que de bom houve encarnando o bom velhinho (para os netos somente), durante estes dias.

Na semana pré-junina fui a Caruaru. E, apesar do lugar comum de dizer que quem vai àquela cidade nesta época vai curtir o São João, este motivo não foi o principal para enfrentar a estrada. Ele foi a inauguração do Espaço Davi-Miga (para aqueles milhões que não leem o Vovô Zé, Davi e Miguel são os meus netos, sendo Miga o apelido carinhoso usado pela família, para o segundo), feito por minha filha para agora abrigar meus dois netos, longe dos pais, durante à noite.

Davi dominando a pelota

E este evento já teria sido suficiente para animar o meu coração que já não bate tanto por uma festa de rua. No entanto, durante o período que lá estivemos, além de ver a cidade, ricamente vestida para os folguedos da época, fomos a vários lugares que atestam ser ela a que tem o maior São João do mundo. E neste período de homenagens ao Rei do Baião, a efeméride se tornou melhor ainda.

Davi e Miguel em Caruaru

 Não houve um só lugar aonde fôssemos que não houvesse um trio (sanfona, triângulo e zabumba) tocando músicas da época, fazendo-nos não ficar parados, o tempo todo. O Davi já ensaiava a coreografia para a festa da escola e o Miguel já balançava a cabecinha, mostrando que será um bom forrozeiro. Não haveria São João melhor, mesmo, que tivesse ficado só nisto.

E não ficou. Fugindo um pouco do cheiro de milho, do forró e das bombas, os pais de Davi e Miguel resolveram vir passar o São João aqui conosco. Ou seja, resolveram vir para o “São João na Capitá”, e nossa (meu e da Vovó Marli) melhor atração estava garantida. E foi realmente uma festa típica de nossa terra. Desde a noite insone pelos estampidos de bombas até a ida a um shopping para ver um fazenda.

Davi montado em Pé de Pano

 Vocês imaginem, sair de Caruaru para ver um fazenda em Recife. E lá fomos nós para a Fazendinha do Plaza. O Davi tem medo de bombas, mas, ama os cavalos. Então foi uma festa. O Miguel, pelo jeito já também gosta dos animais, como todas as crianças e no seu ainda incompleto um ano de vida, se divertiu a valer, fazendo a felicidade do Vovô Zé. De típico mesmo compramos alguns traques de chumbo e umas chuvinhas, fazendo-me lembrar dos tempos de criança. Mas no dia de São João o programa foi outro.

Agora sem bombas e apenas com um ar de fumaça gerada no dia anterior,  não havia muito a fazer, a não ser jogar bola com Davi, que agora está na escolinha de futebol e não perde oportunidade de vestir o seu terno do Barcelona ou do Santos, com, chuteira e tudo. E lá fomos nós para o Parque da Jaqueira, onde eu andei, diariamente, por vinte anos ou mais. E lá fiquei o tempo todo fazendo “linha de passe” com Davi, ou, levando Miguel no braço para ver os pombos ou ver coisas mais interessantes. Uma delas, foi entrar na Igrejinha do parque, que, mesmo indo nele por tanto tempo nunca havia nela entrado. Um bela igreja.

Miguel montado em Nelson Mandela

Já estávamos um pouco cansados das atividades quando alguém disse que na Praça dos Cachorros, em frente ao parque, havia pôneis para alugar. Os olhos de Davi brilharam, e quando isto acontece não falta avô para tentar com que eles brilhem ainda mais. E lá fomos nós para a Praça e para os cavalinhos. Davi escolheu logo o seu e, ao ver a cara do Miguel, o pai escolheu logo outro para ele. E lá fomos nós andar de pônei, acompanhando os meninos, e fazendo fotos que ilustram este texto, junto com outras.

Já pensando em escrever este testemunho procurei mais uma informação. Perguntei como eram os nomes dos cavalinhos que ficavam ali, aparentemente macambúzios, esperando as crianças, num espécie de fila indiana. E veio a resposta, pela ordem na fila:

- Vovó Mafalda, Nelson Mandela, Pé de Pano, Princesa e Mike Tyson.

Só depois soube que o Davi montou o Pé de Pano e o Miguel montou o Nelson Mandela. Pensei até em descrever quanto o homem que deu nome ao cavalinho que Miguel montou foi importante para muitas pessoas no mundo, sem desmerecer o Pé de Pano que vi nos desenhos animados, mas, não sei se ao fazer isto, os meus netos, quando lerem este texto no futuro vão ficar pensando que quis chamar o Nelson Mandela de cavalo, e, certamente dissessem:

- Cavalo é você, Vovô Zé!

Além disto soubemos que a Vovó Mafalda estava grávida. Eu não perguntei para não incentivar o Davi a fazer mais perguntas a respeito do que as que fez, mas, pensei em perguntar:

- Será do Nelson Mandela ou do Mike Tyson?

Mas, da próxima vez perguntarei como é o nome do potrinho recém nascido, se Nelsinho ou Mikinho.

Um comentário:

  1. Ahahah! Muito bom e divertido relato sobre os eventos do Vovô Zé com os netos. Mais um capítulo dos Testemunhos do Vovô Zé.

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