Estátua de Luis Gonzaga - Caruaru - Parque das Baraúnas |
Por Zé Carlos
O dia que escrevo é já dia de São Pedro. As festas juninas
(poderiam ser as festas antoninas ou pedrinas, mas, São João sempre lidera a
parada) estão chegando ao fim. E delas, tenho muito pouco a contar, a não ser
que vista minha roupa de Vovô Zé e comece a contar o que de bom houve
encarnando o bom velhinho (para os netos somente), durante estes dias.
Na semana pré-junina fui a Caruaru. E, apesar do lugar comum
de dizer que quem vai àquela cidade nesta época vai curtir o São João, este
motivo não foi o principal para enfrentar a estrada. Ele foi a inauguração do
Espaço Davi-Miga (para aqueles milhões que não leem o Vovô Zé, Davi e Miguel
são os meus netos, sendo Miga o apelido carinhoso usado pela família, para o
segundo), feito por minha filha para agora abrigar meus dois netos, longe dos
pais, durante à noite.
Davi dominando a pelota |
E este evento já teria sido suficiente para animar o meu
coração que já não bate tanto por uma festa de rua. No entanto, durante o
período que lá estivemos, além de ver a cidade, ricamente vestida para os
folguedos da época, fomos a vários lugares que atestam ser ela a que tem o
maior São João do mundo. E neste período de homenagens ao Rei do Baião, a
efeméride se tornou melhor ainda.
Davi e Miguel em Caruaru |
E não ficou. Fugindo um pouco do cheiro de milho, do forró e
das bombas, os pais de Davi e Miguel resolveram vir passar o São João aqui conosco.
Ou seja, resolveram vir para o “São João
na Capitá”, e nossa (meu e da Vovó Marli) melhor atração estava garantida.
E foi realmente uma festa típica de nossa terra. Desde a noite insone pelos
estampidos de bombas até a ida a um shopping para ver um fazenda.
Davi montado em Pé de Pano |
Agora sem bombas e apenas com um ar de fumaça gerada no dia
anterior, não havia muito a fazer, a não
ser jogar bola com Davi, que agora está na escolinha de futebol e não perde
oportunidade de vestir o seu terno do Barcelona ou do Santos, com, chuteira e
tudo. E lá fomos nós para o Parque da Jaqueira, onde eu andei, diariamente, por
vinte anos ou mais. E lá fiquei o tempo todo fazendo “linha de passe” com Davi, ou, levando Miguel no braço para ver os
pombos ou ver coisas mais interessantes. Uma delas, foi entrar na Igrejinha do
parque, que, mesmo indo nele por tanto tempo nunca havia nela entrado. Um bela
igreja.
Miguel montado em Nelson Mandela |
Já estávamos um pouco cansados das atividades quando alguém
disse que na Praça dos Cachorros, em frente ao parque, havia pôneis para
alugar. Os olhos de Davi brilharam, e quando isto acontece não falta avô para
tentar com que eles brilhem ainda mais. E lá fomos nós para a Praça e para os
cavalinhos. Davi escolheu logo o seu e, ao ver a cara do Miguel, o pai escolheu
logo outro para ele. E lá fomos nós andar de pônei, acompanhando os meninos, e
fazendo fotos que ilustram este texto, junto com outras.
Já pensando em escrever este testemunho procurei mais uma
informação. Perguntei como eram os nomes dos cavalinhos que ficavam ali,
aparentemente macambúzios, esperando as crianças, num espécie de fila indiana.
E veio a resposta, pela ordem na fila:
- Vovó Mafalda, Nelson
Mandela, Pé de Pano, Princesa e Mike Tyson.
Só depois soube que o Davi montou o Pé de Pano e o Miguel
montou o Nelson Mandela. Pensei até em descrever quanto o homem que deu nome ao
cavalinho que Miguel montou foi importante para muitas pessoas no mundo, sem
desmerecer o Pé de Pano que vi nos desenhos animados, mas, não sei se ao fazer
isto, os meus netos, quando lerem este texto no futuro vão ficar pensando que
quis chamar o Nelson Mandela de cavalo, e, certamente dissessem:
- Cavalo é você, Vovô
Zé!
Além disto soubemos que a Vovó Mafalda estava grávida. Eu
não perguntei para não incentivar o Davi a fazer mais perguntas a respeito do
que as que fez, mas, pensei em perguntar:
- Será do Nelson
Mandela ou do Mike Tyson?
Mas, da próxima vez perguntarei como é o nome do potrinho
recém nascido, se Nelsinho ou Mikinho.
Ahahah! Muito bom e divertido relato sobre os eventos do Vovô Zé com os netos. Mais um capítulo dos Testemunhos do Vovô Zé.
ResponderExcluir