Por Zé Carlos
Semana passada, recebi um e-mail que, como qualquer coisa na
vida, tinha seus prós e seus contras. Inicialmente, ele dizia gostar dos filmes
que eu publicava nos fins de semana, feitos pela UOL, que aborda com humor
alguma fatos da semana que passou, e perguntava por que na última semana eu não
o havia publicado. Estes, juntos com o fato do leitor acessar a AGD, foram os
prós. O contra foi ele dizer que os meus textos sobre o filme, não têm graça
nenhuma e que o filme poderia muito bem ser publicado sozinho. Este foi um dos
contras.
Eu ainda respondi ao leitor dizendo que há semanas em que o
filme não é feito e por isso não é publicado. No entanto, confesso que não tive
como rebater sobre a graça ou desgraça dos meus textos. Fiquei só meditabundo
sobre se deveria escrever um “nariz de
cera” para os filmes, ou não. Pensa de lá pensa de cá, e como foi apenas
uma mensagenzinha, eu resolvi continuar a escrever meus textos, tentando cada
vez mais ser engraçado do que desgraçado. Depois desta meditação profunda,
descobri que o leitor sempre pode rolar o mouse e pular o texto. Então não
estou obrigando ninguém a nada a compartilhar das minhas desgraças.
Assim chegamos a mais uma semana, que somente hoje escrevo
por causa do Vovô Zé que teve que ir ao aniversário do neto, e me levou junto.
Depois de meses no ar o presidente da CPI do Cachoeira
resolveu fazer um balanço profundo do que foi feito até aqui naquela reunião de
pessoas molhadas pela queda d’água. O que o filme mostra reflete o ridículo em
que está se tornando esta comissão. A oposição espera um Pedro Collor, enquanto
a situação tenta esconder os Fiat Elbas, para evitar quaisquer marolas que
respinguem em algumas autoridades constituídas e mesmo naquelas desconstituídas.
A semana seria pouco hilária, depois que o Demóstenes baixou
de posto (agora é procurador do estado de Goiás, imaginem), e resolveram
humorizá-la mostrando uma assessora de um senador, que agora é considerada “furacão da CPI”. Dizem que ela está
competindo com a mulher do Cachoeira no título de Musa da CPI. Se houver
eleição, eu voto nela, pois para movimentar a comissão só um furacão. E além
disto, todos só pensam naquilo.
O ponto alto do filme, a meu ver, foi o Kassab dizendo que
não há relação nenhuma entre política e religião, tentando não ser de direita,
nem de esquerda e nem de centro, como seu partido. Tenho certeza, se isto fosse
verdadeiro, ele não estaria lá na Marcha para Jesus. Talvez o Bispo Crivella estivesse
e a Bispa também, pelas suas obrigações sacerdotais. Verdade mesmo só na música
que ilustra o filme: “Bobeou a gente
pimba!”.
Finalmente, o filme focaliza a realização entre política e
esportes, na voz de um famoso atleta americano que fez um gesto (punho cerrado)
ainda lembrado, nas Olimpíadas, e considerado como tendo uma grande influência
de termos um negro na presidência dos Estados Unidos. Embora, eu não ache
nenhuma relação direta, pois lembrem-se que outros negros tentaram assumir o
posto antes dele e não conseguiram. O motivo real talvez seja aquela que o
filme mostra através da “kiss cam”,
que foi agora virou moda até no Brasil, em espetáculas onde existem os telões,
o Obama beijando a Michele. Quem diria, o nosso “beijoqueiro” foi para na Casa Branca. Por isso, ele sumiu daqui.
Agora chega, e fiquem com o resumo do roteiro e o filme em
seguida. Riam, mesmo com um atraso justificável.
“O Escuta Essa! desta
semana mostra que o balanço da CPI do Cachoeira registra uma série de números
frios e um vídeo erótico quente de uma assessora de parlamentar que veio agitar
os bastidores da investigação. Mas também tem o outro lado. Muitos políticos
querem passar longe do mundo sensual e buscam aproximação de eventos
religiosos. Um padre até percebeu a estratégia desses políticos. Veja outros
vídeos do Escuta Essa!”
Entre esse montão de sacanagens, com cachoeiras por todos os lados, eu fico com as mulheres furacões. - Mesmo que elas passem de mãos em mãos. - Até pra serem putas as mulheres precisam ter sorte. E precisam de porte. Precisam ser ecléticas piranhas nas artes da putaria. - Meus respeitos a Michele Obama, que é uma negra muito legal. - E ganhou beijinhos e mais beijinhos. Por isso, ficou toda cheia de vida, a mais não caber nos panos. - Mas ela, a Michele, tem panos para as mangas. - Quanto ao imundo Crivela, o frango Kassab e outros trastes da cena, que se explodam. E vão para a PQP./.
ResponderExcluir