Por Zezinho de Caetés
Todos que fazem o sacrifício
de ler-me sabem que não sou um economista. Minha formação é em letras e línguas
neo-latinas, da qual vivi até hoje tentando repassá-la da melhor forma. No entanto,
eles também sabem que andei fazendo uns cursos na área da soturna ciência, que
é a Economia.
Nela eu aprendi o que é o
PIB (Produto Interno Bruto). Este nome feio foi dado pelos economistas a uma
medida do que se produz durante certo tempo numa determinada região e país. Por
exemplo, o PIB brasileiro, dizem eles foi estimado, no ano de 2011, em 2 492 908 000 (2 trilhões e lá vai pedrada de
dólares) enquanto o dos Estados Unidos é
estimado em 15 094 025 000 (15 trilhões e bota pedra nisso) . É comparando
estas cifras que muito foi dito e alardeado no recente passado que somos a 6ª
economia do mundo, até acima do Reino Unido (2 417 570 000). Lula achou isto um
glória, e isto ajudou a eleger Dilma e manter sua popularidade.
O que esta medida faz é
juntar jacaré com cobra d’água dentro de uma avaliação monetária que os torna
comparáveis. Nela entra quanto se produz desde carros, passando pelos pães e
pelas frutas e chegando aos tijolos e prédios. Como sempre não é algo perfeito
mas é o que temos para dizer que este ano, trabalhamos, trabalhamos e
trabalhamos e nosso PIB vai crescer apenas 2%, enquanto a China, porque está
diminuindo o ritmo crescerá quase 8%. Se verificarmos que a população também
cresce a taxas mais elevadas, isto significa que, quando dividimos este bolo
por ela, estamos ficando mais pobres.
E vem nossa presidenta,
dizer que o PIB não importa. O que importa mesmo são as crianças e
adolescentes. Dentro disto está a ideia maluca de que o Estado ou governo é que
faz aparecer o que comemos, o que vestimos, o que bebemos, onde moramos, onde
estudamos, quem nos ensina a aprender a ler e a escrever, quando os economistas,
com sua crueldade, dizem que o governo apenas se apropria da produção através
de impostos para retorná-los à população, mesmo admitindo que ele muitas vezes
se mete diretamente na economia, atitude, do meu ponto de vista errada, pois
sempre foi um péssimo gerente, e aqui no Brasil, agora, comprovadamente, com
uma gerenta de qualidade duvidosa.
E ainda dizem que a Dilma
é economista. Neste caso, eu sou mais eu e os meus professores. Aliás, o
lulo/petismo produziu os grandes economistas deste país e que hoje comandam
nossa economia, como o Mantega (vejam o que ele disse do plano real),
Mercadante (doutor Porcina, o que era sem nunca ter sido) e agora a Dilma, que
descobriu uma forma de acabar com a miséria e com a pobreza, sem que o PIB cresça, num país com carências tais, que se
distruibuirmos o PIB igualmente, todos nós iremos morar debaixo de um viaduto
(se sobrassem viadutos), como já quase ocorre em Cuba.
E por aqui eu paro e
deixo-lhes com um editorial do Estadão, “Dilma
e o Pequeno Príncipe”, e que eu chamaria, “Besteira pouca é bobagem”, para mostrar que estamos num mato sem
cachorros em matéria de economia, e que, não seremos mais um imenso Portugal,
mas, possívelmente, um minúscula Argentina. Vejam também, logo abaixo o filme
do concurso de miss, no qual Dilme diz a besteira, sem nem tocar como com um
crescimento tão pífio do nosso PIB vamos dar condições de ensino e vida a
nossas crianças e adolescentes.
“Faria sucesso num concurso de
miss o discurso da presidente Dilma Rousseff na 9.ª Conferência dos Direitos da
Criança e do Adolescente, em Brasília. Sua declaração mais notável, destacada
pelos jornais e reapresentada exaustivamente nas tevês e rádios, foi digna de
uma devota leitora d'O Pequeno Príncipe: "Uma grande nação deve ser medida
por aquilo que faz para suas crianças e para seus adolescentes. Não é o Produto
Interno Bruto (PIB). É a capacidade do país, do governo e da sociedade, de
proteger o que é o seu presente e o seu futuro, que são suas crianças e seus
adolescentes". Na interpretação mais benevolente, essa peroração é apenas
uma banalidade. Na menos caridosa, é uma grande tolice apresentada na embalagem
rosa da mais pobre filosofice.
Não há como discutir seriamente o
bem-estar e o futuro das novas gerações sem levar em conta os meios necessários
para educá-las, capacitá-las para viver com independência e dignidade e
proporcionar-lhes oportunidades de ocupação produtiva e decente. Mas, também no
sentido inverso, a relação é verdadeira: só se pode criar uma economia
dinâmica, moderna e capaz de competir globalmente por meio da formação de
pessoas qualificadas para tarefas cada vez mais complexas. Examinado de
qualquer dos dois ângulos, o desempenho do governo brasileiro tem sido
miseravelmente falho e nenhuma retórica pode obscurecer esse dado.
Ao contrário, no entanto, das
graciosas candidatas a um título de miss, a presidente Dilma Rousseff recitou
sua mensagem num tom furioso, como se reagisse a uma ofensa ou, talvez, a um
imerecido golpe da Fortuna. Há uma explicação óbvia tanto para sua visível
irritação quanto para a desqualificação do econômico. Horas antes o Banco
Central (BC) havia divulgado seu indicador de nível de atividade, considerado
uma prévia mensal do PIB. Esse indicador havia recuado 0,02% de abril para
maio, confirmando vários outros sinais de estagnação da economia e reforçando
as previsões de um crescimento, em 2012, menor que o de 2011.
Há um vínculo evidente entre os
resultados pífios da política educacional e o emperramento da produção. No último
exame do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), o Brasil
ficou em 53.º lugar em leitura e em 57.º em matemática, numa lista de 65
países. O teste é realizado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE).
Quase todas as crianças estão na
escola, graças a um esforço de universalização do ensino iniciado há longo
tempo, mas a formação continua péssima. Cerca de 20% dos brasileiros com idade
igual ou superior a 15 anos são analfabetos funcionais, incapazes de ler e
entender instruções simples. Empresas têm dificuldade para contratar, por falta
de mão de obra em condições até de ser treinada no trabalho. Há um evidente
funil no ensino médio, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva preferiu
facilitar o ingresso nas faculdades, numa escolha errada e demagógica.
O erro na escolha das prioridades
tem permeado toda a política econômica. O consumo, apesar da queda observada
recentemente, continua, segundo o IBGE, maior que o observado há um ano, mas a
indústria brasileira tem tido dificuldade para suprir o mercado interno, por
falta de competitividade. Fabricantes estrangeiros têm ocupado uma fatia
crescente desse mercado, como já mostrou a Confederação Nacional da Indústria.
Incapaz de reconhecer os erros e
de impor novos rumos à política econômica, a presidente Dilma Rousseff, como
seu antecessor, prefere insistir na retórica e nas bravatas. "Vamos
enfrentar os desafios para garantir à população emprego de qualidade",
disse a presidente no batismo de uma plataforma da Petrobrás, na sexta-feira. A
plataforma foi construída, recordou, pela "teimosia de um brasileiro
chamado Lula".
Seria mais justo e mais realista
lembrar a enorme e custosa lista de erros cometidos na Petrobrás a partir de
2003 e apontados pela nova presidente da empresa, Graça Foster, no dia de sua
posse. Foram erros de uma gestão guiada por objetivos político-eleitorais e
centralizada no Palácio do Planalto - erros essencialmente idênticos àqueles
cometidos na política educacional.”
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