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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O PERIGO PODE ESTAR PERTO DE VOCÊ!




Por Patrícia Gonçalves Miranda (*)

Pessoas encantadoras, educadas, compreensivas, bons ouvintes, atenciosas... quem não gostaria de conhecer e conviver com pessoas assim. Porém, muitas delas usam esses atrativos para “capturar” suas vítimas, pois elas possuem um diferencial, a CRUELDADE. Estou me referindo ao PSICOPATA ou SOCIOPATA, essas são algumas das nomenclaturas mais conhecidas para o perfil psicológico que vou descrever.

O psicopata é uma pessoa com déficit de sentimentos, não possui afeto, e suas emoções são quase inexistentes, além de não preocupar-se com o bem estar de outras pessoas ou da sociedade em que vivem. É um desvio de personalidade, que não é caracterizado como patologia, pois esses não possuem nenhuma lesão cerebral ou qualquer tipo de transtorno psiquiátrico, sua cognição é perfeita.

São pessoas frias, manipuladoras, megalomaníacas, egocêntricas, mentirosas, que não obedecem regras sociais, se divertem com o sofrimento dos outros, não possuem sentimentos de culpa, costumam se fazer de vítimas e de jogar a culpa do seus atos para outras pessoas ou para uma falsa história de vida criada por eles. A psicopatia existe em três níveis: leve, moderado e o grave. Eles agem de forma consciente e premeditada, sabem cada passo que estão dando.

As atitudes desses indivíduos podem ser uma “simples” mentira, que gere fofocas e intrigas, até a desorganização financeira e emocional de suas vítimas, bem como assassinatos, assaltos, roubos, dentre outros crimes cometidos por eles. O psicopata tem prazer em ver o sofrimento do outro, e todas as suas atitudes são em interesse próprio.

Eles podem estar inseridos na família, no meio político, nas igrejas, no trabalho, dentro do ônibus, em boates, festas, internet, etc. Enfim, qualquer um de nós pode ser vítima de um mau-caráter. Os psicopatas escolhem suas vítimas e conseguem atraí-las e encantá-las, com sua lábia, suas conversas interessantes. Geralmente sabem conversar sobre qualquer assunto, de maneira superficial, mas para os leigos, são verdadeiros conhecedores do tema em discussão.

Conseguem perceber o ponto fraco de suas vítimas, geralmente pessoas inseguras, carentes, de bom coração, boa índole e quando a conquistam, sugam tudo que podem de sua vítima, deixando-a verdadeiramente destruídas.

Existe aquele que estupra, tortura e/ou mata com requintes de crueldade. Esses indivíduos não se sentem nem um pouco constrangidos quando são desmascarados ou punidos, não demonstram nem um tipo de arrependimento e, na primeira oportunidade, voltam a fazer tudo novamente.

É importante saber que, nem todas as pessoas que cometem algum delito ou que estão presas, são psicopatas, pois muitas delas são providas de sentimentos e arrependimentos. Muitas vezes, cometem um crime em legítima defesa ou são surpreendidos pelo seu estado emocional do momento, e acabam se tornando criminosos. Esses sim podem ser recuperados. Para o psicopata não há tratamento, nem medicamentoso e nem psicoterápico. Eles se acham sempre corretos e não se disponibilizam a mudar.

Não existe uma comprovação científica do porquê tais pessoas têm essas características, pois elas já nascem assim, não dependem da educação dadas a elas. Claro que, quando os pais conseguem perceber que seus filhos possuem traços psicopatas e os educam de forma mais rígida, impondo limites mais sérios, pode minimizar e retardar o desenvolvimento de suas atitudes maldosas. O meio em que vivem também contribui para piorar ou minimizar o lado perverso. Mas é nato de tais pessoas terem essa má conduta de personalidade.

Até os 18 anos as crianças e os jovens não são considerados psicopatas, mesmo possuindo os traços característicos. É considerado pelos cientistas que estudam o comportamento infantojuvenil, que a maturação psíquica e biológica, desses indivíduos, só estará definida à partir dos 18 anos. Então crianças e jovens são diagnosticados com “transtorno de conduta”.
É possível prevenir-se e evitar ser vítima desses “monstros”. Porém, é necessário conhecer bem sobre o assunto, prestar bem atenção nas pessoas que vivem ao seu redor e observar bem de perto quem se aproxima, suas conversas, seu modo de olhar, procurar ter muitas informações sobre o novo “amigo” ou “pretendente” amoroso. Não ter dó de todo mundo, principalmente daqueles que gostam de se fazer de “coitadinhos”.

Mas é preciso ter cuidado, pois há muitas pessoas boas, e todos nós cometemos atos errados e nem por isso somos desprovidos de sentimentos. Não se pode viver “julgando” todo mundo. É necessário perceber pessoas suspeitas, e não achar que todos somos psicopatas.

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(*) Texto publicado no Blog do Poeta em 22.09.2011

Um comentário:

  1. A Patrícia Miranda valorizou o Blog. Ela escreve bem e na medida certa. Estava perdida lá entre as loucuras do Poeta, agora tá no lugar certo. Parabéns a ela e ao blog.

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