Por Zé Carlos
Eu não posso ter a desculpa de não ter lido o que se escreve nos blogs de minha cidade, pelo menos naqueles que conheço e estão em nossa relação de blogs recomendados. Isto se deve ao fato de que em 90% das vezes sou eu quem seleciona as postagens que constam de nossa página “Deu nos Blogs”, que é de longe a mais lida de nossa modesta AGD.
Cumprindo a missão a que me impus quando entrei neste ramo de levar informação à minha terra, pois acho que povo rico é povo informado, li ontem um texto no Blog do Felipe Alapenha com o título de Anonimato III. Como havia lido os outros textos relacionados com o assunto vi logo que havia algo nele, mesmo sem mencionar meu nome explicitamente, e nem mesmo o do meu pseudônimo, o Zé Carlos, que era a mim dirigido.
Logo vi que era um pouco mais, do mesmo. Não havia novidades, a não ser o José Fernandes tentando argumentar do ponto de vista jurídico, onde, como todos sabem, eu ando apenas como cidadão que sabe ler, e que, nesta condição para mim não houve novidades também.
Eu teria alguma coisa a dizer, se descobrisse no texto, que os autores tivessem lido o que escrevi e o que outros escreveram e disseram sobre o anonimato. Mas, eles continuam com o hábito de ler apenas aquilo que lhes convêm, para argumentar, sem fundamentação e sem apego aos fatos. E como diz, de forma mais brilhante do que eu, minha amiga Lucinha Peixoto, isto só gera bate boca improdutivo.
Ah, como eu gostaria que o ambos tivessem comparecido ao II Encontro de Blogueiros de Bom Conselho, cujo tema principal, foi o anonimato, discutido por todos, depois da brilhante exposição do Dr. Renato Curvelo, que tirou minha missão de defender o anonimato, ao ponto de não ter muita coisa o que dizer depois de sua palestra. Nem todos concordaram, e houve um debate franco e revelador, e talvez, mais revelador ainda se todos os blogueiros que prometeram aparecer o tivessem feito. Eu não sei os motivos porque não foram nem tem pertinência eu procurar saber, mas, lá era o ponto de encontro combinado e alguns faltaram, mesmos sendo anunciados pelo coordenador do encontro, por um mês inteiro, até a última hora.
Eu tive dúvidas de que iria até quando cheguei na porta do Menino Jesus de Praga, pois quem vai receber o galardão de blogueiro mais velho tem que exigir ambulância e balão de oxigênio. Não havia nada disso, pois o outro interessado o Luís Clério também havia esquecido de pedir ao coordenador. Mas, consegui chegar lá e tentar cumprir minha missão. É uma pena que outros blogueiros mais jovens, como o Gustavo Pereira (desculpe se estava lá e não me foi apresentado), a prefeita Judith Alapenha, que tem um blog, moribundo, mas vivo, o Felipe Alapenha, o Roberto Almeida, não tenham podido comparecer. Foi realmente uma pena, não poder ouvi-los e dialogarmos dentro do espírito gentil e civilizado que se manteve todo o tempo entre os participantes.
Cumprindo a mesma missão hoje de verificar o que anda pelos blogs, vi que a Lucinha Peixoto, além de ter escrito sobre o tema, o faz da maneira que lhe é peculiar, através de uma paráfrase primorosa do texto dos dois bom-conselhenses que são tão conhecidos pelos seus RGs e CPFs. Eu concordei tanto com ela que não gastarei mais minhas palavras com o assunto, seguindo seu conselho. Apenas transcrevo aqui, com permissão, o texto dela.
“Anonimato - Economizando palavras (*)
Esse texto é dedicado à toda comunidade blogueira de nossa cidade e região. Mas ele é postado hoje, especialmente, para os detratores do anonimato, que, quando usado de maneira relevante, como temos presenciado, protege, incentiva e enleva as pessoas, da maneira mais bonita possível. Esse texto também é um convite àqueles que vivem em "universos paralelos", para que pratiquem mais as relações sociais, compareçam aos Encontros de Blogueiros, ao invés de ficar criando fatos imaginários, insistindo que, obras que ninguém nunca viu, a não ser eles próprios, existem de fato, e usam desses fatos fictícios para mostrar a sua opinião "corrompida".
Esse texto serve também como um recado, para àqueles que subestimam a inteligência alheia, praticando métodos nazi-facistas, baseados na antiga premissa de que, uma mentira contada várias vezes, vira uma verdade. Vivemos em uma cidade com gente decente, que sabe a diferença entre o certo e o errado, e são inteligentes o suficiente para não alienar-se com a opinião de qualquer um, ainda que, esses que nem ao menos vivenciam o cotidiano de nossa gente, queira entender ou opinar sobre uma realidade que desconhece. Repito: por mais que uns e outros tentem insistir, uma mentira contada várias vezes não vai virar uma verdade, principalmente quando a mesma não é fundamentada em argumentos sólidos.
Pessoas de personalidades duvidosas costumam camuflar interesses e manipular verdades, desde que isso lhes convenha. Quando eu falo contra os anônimos que proliferam na internet, não estou tratando de quem se dedica ao mal.
Há uns e umas que usam os próprios nomes e criam blogs. Depois, criam outros blogs com nomes falsos. E seguem escrevendo bobajadas tanto num, quanto no outro. Isso sim é má fé. E cada um desses elementos pode formar dez, 20 ou mais blogs, todos anônimos! – Os que sempre me contestam não perdem tempo em misturar as coisas. Falam dos que agem anonimamente em favor de más causas, dos que são trapaceiros e não querem seus nomes divulgados, dos que cometem denúncias falsar e até levantam falso testemunho. Além de outras asnices. – Querer misturar carvão ralado com véu de noiva, não dá! São unidades que se repelem. Todos esses fanfarrões sabem que eu me refiro á boas ações perpetradas pelos milhares de anônimos e pelos pseudonímicos do mal, via internet. Porque esses (as) e aqueles (as) invadem os campos virtuais, com ou sem nomes, para enxovalhar, vilipendiar, caluniar, difamar, injuriar, seduzir, discriminar, prejulgar etc.
Como esclarecimento, eis a definição de anônimo, dada pelo Dr. Pedro Nunes, em seu “Dicionário de Tecnologia Jurídica”: - Anônimo – “... 3. Aquele que omite o seu nome no que escreve, esquivando-se à responsabilidade do seu ato, tornando-se, porém, sujeito a sanção.” E vejam senhores que o autor, hoje falecido, lançou a primeira edição deste dicionário no século passado e a última, a 13ª é de 1999, mostrando sua atualidade quanto ao tema do anonimato na internet. É com citações como esta que aqueles que só vêem o anonimato como um mal tentam argumentar. E para aqueles interessados, uma informação: Ele, o dicionário, pode ser encontrado, usado, na internet, em sua 10ª edição de 1979, por apenas R$ 20,00, ou em 12 parcelas de R$ 1,93, bastando para quem estiver interessado ir ao site Mercado Livre. É melhor citar a Wikipédia: “Liberdade de expressão é o direito de manifestar livremente opiniões, ideias e pensamentos. É um conceito basilar nas democracias modernas nas quais a censura não tem respaldo moral.” De braços dados sendo anônimos ou não.
Então, por que tanta contestação ao ordenamento jurídico em vigor, só para ser contra o anonimato? Qual a motivação para impedir que pessoas, aproveitando-se do anonimato e dos falsos nomes possam denunciar crimes e falcatruas dos poderosos? – Vejam que esses anônimos continuam querendo ferir de morte a nossa corrupção e mal feitos! – Que envolvem interesses escusos, sem tirar nem pôr! – E esses benfeitores ainda contam com a contribuição total do nosso Poder Judiciário. Porque a nossa Justiça ainda funciona, para a esmagadora maioria do nosso povo. – Que a Justiça é nula pra muitos e muitos, isso não é nenhum segredo, mas tende a se tornar ativa e mais justa com a ajuda do anonimato. Por isso o defendemos, mesmos sem sermos anônimos.
Repetindo: não me venham com essa de falar nas más causas para justificar ferir o anonimato que ajuda, denuncia e leva os corruptos para cadeia. – Quem pratica uma boa causa, só tem por que se esconder, se os poderosos de plantão lhe ameaçam com intimidações, cadeia e até castigos físicos, para não falarem dos seus mal feitos. Do mesmo modo que não tem por que alardear aos quatro ventos, as boas ações, pois um dos grandes anônimos foi Nosso Senhor Jesus Cristo. Em tudo tem de haver discrição e moderação.
E qual o debate que o anonimato estimula dessa forma como vem sendo feito? – Pelo que tenho lido, só existem prisões, camburões e algemas para a corja de corruptos que se comprimem dentro do aparelho de estado para intimidar. – Qual é a “grande” contribuição que advém de tais anônimos? Eu mesma respondo: Fazer com que aqueles que tem rabo preso e podem para escondê-lo, ter que mostrá-lo, como o fez a anônima criancinha que disse que o rei estava nu, como na estória de Hans Christian Andersen. E, relembrando, no caso do Rei Timotinho Cabral, além de está nu é mentiroso.
No próprio MURAL de Bom Conselho, ontem, havia anônimos escrevendo, com achincalhes, em meu nome. Inclusive, utilizando-se do mesmo estilo como os outros um dia escreveram. Isto é, usando o meu nome para falar mal de outras pessoas, como se eu fosse. – Isso teria sido só um ato de molecagem ou é mais um crime perpetrado pelos anônimos? – Entendo ser mais uma brincadeira de anônimos, ou não, como já me chamaram de “sapatão”, Pxota, e outros apelidos bobos, e que eu, por não ter o rabo preso, nem ligo. Se o administrador do SBC os censurou foi apenas para manter o nível de civilização que não pode ser mantido quando algumas pessoas lá apareceram.
Por fim, sou radicalmente a favor do anonimato. E por várias razões. Principalmente por questão de ética. – Pois o anonimato é extremamente ético. – E por falar em ética, dizem que o brilhante advogado Dr. Renato Curvelo, que fez a palestra no Encontro dos Blogueiros, no dia 28.8, teria dito alto e bom som: - “Geralmente, quem é contra o anonimato ou tem rabo preso ou tem rabo sujo”. Eu acredito no seu argumento jurídico, mesmo não sendo advogada, a não ser do diabo, certas horas. O que querem outras pessoas é apenas bater boca, e os que realmente estudam em livros mais modernos e até mesmo pela internet não tem tempo para isto. Soube também que o Dr. Renato disse: “Somente ideias podem suplantar ideias” e isto independe de anonimato quanto se quer debater, e não bater boca. Por isso eu economizo nas palavras.”
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(*) Cumprindo a promessa, o texto da Lucinha Peixoto está em seu blog, clique aqui se quiser acessá-lo, lá, também para ver alguns outros textos muito bons. Também tenho que dizer que segui o conselho dela, fui na internet e comprei o livro do Dr. Pedro Nunes, por R$ 20,00 (2 volumes), e nem parcelei. Preciso me preparar melhor para o debate sobre o anonimato e melhorar meus conhecimentos de tecnologia jurídica. Nem sempre o Dr. Renato está presente e, quem sabe aparece aquela vaga na Maurício de Nassau?
ZC
ZC
LONGA VIDA AOS COMENTARISTAS ANÔNIMOS. ELES SÃO OS PIONEIROS A LEVANTAR UMA BANDEIRA DE BATALHA CONTRA ESSA HORDA DE MARGINAIS QUE OCUPARAM E OCUPAM O PAÍS. INCLUSIVE, OS PREFEITINHOS E VEREADORES PILANTRINHAS DE NOSSA REGIÃO. SÃO OS ÚNICOS A COMBATER, CONTINUAM CHINGANDO E LUTANDO POR AQUELES QUE DEVERIAM FAZER POR FÉ DE OFÍCIO MAS SE ACOVARDAM, PREFEREM A OMISSÃO, A OPOSIÇÃO DO CONGRESSO É TÃO SUJA E PORCA QUANTO OS PETISTAS. O ANONIMATO É A OPOSIÇÃO DE VERDADE, SEM PAPA NA LÍNGUA, EMPUNHANDO OS TECLADOS E MOUSES COMO ARMAS DENUNCIANDO E COMBATENDO A MEGA BANDALHEIRA PROMOVIDA PELAS GANGS ASSOCIADAS E LIDERADAS PELO ULTRA-DELINQUENTE TRAIDOR O SEBOSO DE CAETÉS, RESPONSÁVEL POR TRAZER AO MUNDO UMA FAXINEIRA COM O CABO DE VASSOURA QUEBRADO.
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