Por Zezinho de Caetés
Depois de um tempo, durante o qual perambulei por aí, a
esmo, pois não tenho um sítio bom como o do meu conterrâneo Lula, lá em Atibaia,
volto a este blog, por não aguentar mais o Recordar
é Viver que o Zé Carlos inventou, para, sem dor de consciência, ficar
brincando com seus netos enquanto o mundo caía.
Bem, assunto, neste país e neste mundo conturbado não me
falta. O grande problema é que os outros escrevem antes sobre tudo e me deixam na mão, como se dizia lá no interior. E
eu estou igual ao Lula, ao dizer que não sabia de nada, sem muita criatividade.
No entanto, o importante é voltar e participar deste vespeiro
em que o PT tornou este país que era abençoado por Deus, antes do Papa
Francisco, o argentino, assumir, e
bonito por natureza, antes do desastre de Mariana.
Minha grande dúvida hoje, antes de escrever, era se
divulgaria ou não um carta que recebi do Lula, dizendo que estava me escrevendo
porque hoje eu sou o único Zé com quem ele pode se comunicar, por que o outro
Zé, o Dirceu, não está mais respondendo as cartas dele.
Coitado, ele está desolado com as injustiças que estão
cometendo contra ele e fala de tudo, inclusive de sua vontade de voltar para
Caetés, pedindo que eu interceda junto ao Rafael Brasil, para que ele volte
para aquela casinha pequenina onde nasceu, e diz que não faz nem questão de
assumir sua cadeira na Academia Caeteense de Letras. O importante é que o
deixassem ficar na cidade.
Eu não sou um homem fraco e nem muito piedoso, confesso.
Entretanto, a carta é tão bonita pela sua simplicidade que fiquei com peninha
dele. Certamente, não foi ele que a escreveu. Talvez a tenha ditado porque o
português está impecável. Deve ter sido o Gilberto Carvalho ou mesmo o Jacques
Wagner.
Mas, já estou revelando demais da carta que eu não sei se
publique ou não. Fica para depois, pois como diz a bela música:
“Pode ir armando o
coreto
E preparando aquele
feijão preto
Eu tô voltando
Põe meia dúzia de
Brahma pra gelar
Muda a roupa de cama
Eu tô voltando...”
Para não perder o vício, eu os deixo com o Ricardo Noblat,
num texto desta semana, sobre o Lula, chamado: “Caiu a máscara de Lula”. Coitado, “em cima de queda, coice”. Depois ouçam a Simone para anuviar a
situação.
“Sabe qual é a surpresa que nos reserva a defesa de Lula no caso do
sítio de Atibaia, reformado gentilmente para ele pelas construtoras OAS e
Odebrecht, ambas envolvidas na roubalheira da Petrobras?
Fernando Bittar, um dos supostos donos do sítio, dirá que o sítio de
fato lhe pertence, e também ao empresário Jonas Suassuna, sócio em outro
negócio de Fábio Luiz, filho mais velho de Lula.
Surpresa haveria se Fernando dissesse que o sítio é de Lula, e que ele
e Jonas não passam de “laranjas”.
A Lava-Jato e o Ministério Público de São Paulo investigam se o
registro de propriedade do sítio em nome de Fernando e de Jonas foi uma manobra
de Lula para ocultar patrimônio.
É isso o que parece, sugerem a lógica mais elementar e os indícios
reunidos até aqui.
Oficialmente, o sítio foi comprado por Fernando e Jonas dois meses
antes de Lula transferir para Dilma a faixa presidencial. Um dos advogados de
Lula analisou a escritura registrada em cartório.
Parte dos bens acumulados por Lula enquanto governou o país foi
entregue no sítio em no dia oito de janeiro de 2011. Eram cerca de 200 caixas,
entre elas 37 com bebidas.
José Carlos Bumlai, amigo de Lula, hoje preso pela Lava-Jato, cuidou da
reforma do sítio. Que começou a ser feita quando o sítio foi comprado no final
de 2010?
Não. Começou muitos meses antes.
Marisa, mulher de Lula, visitou a obra. Reclamou de atrasos. E foi aí
que entraram em cena as construtoras amigas do seu marido. Elas gastaram um bom
dinheiro com a reforma.
Por que gastariam se o sítio fosse apenas de Fernando e Jonas? Para que
Lula, mais tarde, o recomprasse sem que ninguém soubesse que ele fora reformado
de graça por construtoras premiadas com contratos milionários durante os seus
dois governos?
Ou por que a OAS e a Odebrecht, comovidas com a pregação do Papa
Francisco, decidiram, meio que de repente, fazer caridade?
Ao longo dos últimos quatro anos, seguranças de Lula estiveram no sítio
111 vezes pelo menos. Razoável imaginar que acompanhassem a família Lula da
Silva.
Amigos do clã, assíduos frequentadores do sítio, surpreenderam-se com a
descoberta de que ele está em nomes de terceiros.
Nada de mais que Lula comprasse um sítio ou até mais de um. Não lhe
falta dinheiro.
Presidente da República tem todas as suas despesas pagas pelo governo.
Lula economizou dinheiro capaz de justificar a compra do sítio e do tríplex no
Guarujá, esse também reformado de graça pela OAS. Ninguém teria nada a ver com
isso.
O problema? De volta ao futuro: a gentileza de construtoras clientes do
governo em beneficiar imóveis de um ex-presidente. Cheira mal. Aí tem...
Como Lula, logo Lula que denunciou a existência de 300 picaretas no
Congresso, chamou Sarney e Collor de ladrões, subiu a rampa do Palácio do
Planalto como se fosse o mais imaculado dos políticos, diz-se a alma mais
honesta do país; como ele poderá admitir que pediu ou aceitou favores de
construtoras, e que foi promíscuo, sim,
ao misturar o público com o privado?
Logo ele? Também Lula?
Pois é disso que se trata – por enquanto.
Seus correligionários querem transformá-lo em vítima de um complô
urdido para destruir a maior liderança popular que o país jamais teve. Ora,
faça-me o favor...
Lula é uma vítima dos seus próprios erros, de sua ambição desmedida, de
sua vaidade, e de sua falta de compromisso com princípios e valores.
A máscara dele caiu.”
...
Prezado Zezinho de Caetés,
ResponderExcluirESPERAMOS QUE NA SUA VOLTA SEJA DADA A DEVIDA EXPLICAÇÃO SE, EM SEU SÍTIO NA VÁRZEA COMPRIDA LÁ EM CAETÉS, JÁ COLOCARAM A ANTENA DA OI E SE JÁ TEM SINAL PARA TELEFONE CELULAR DE BANDALARGA, MANGALARGA E O ESCAMBAL A QUATRO.
P.S.: - Mesmo tendo perambulado a esmo, quem vai e volta é porque fez boa viagem...