Por Zé Carlos
Semana vai, semana vem e este país continua assediado por
mosquitos. É mosquito prá lá e mosquito prá cá e nossa musa, a Dilma, aproveita
suas asas para fazer o Brasil sorrir. Em mais um dos seus shows ela disse:
“E, agora, eu queria
destacar uma questão, que é uma questão que está afetando o Brasil inteiro, que
é a questão da vigilância sanitária: gente, é o vírus Aedes aegypti, com as
suas diferentes modalidades: chikungunya, Zika vírus. Nós temos de tratar a
questão do Zika vírus com muita seriedade.”
Eu, que ainda estou entrevado pela picada de um Aedes
Aegypti, doido para estraçalhar, igual ao Todo Duro, com qualquer exemplar que
apareça na minha frente, vejo-o ser agora guindado à categoria de vírus. Só
poderia ser obra da nossa maior colaboradora, a Dilma.
Vocês se lembram quando ela foi chamado de Mãe do PAC, pelo
Lula, num show muito antigo, para mostrar que ela era a responsável por este
programa de investimento? Pois bem. Devido algumas rusgas entre eles, geradas
pela disputa de público amante do humorismo, ela decidiu esquecer este antigo
título e agora quer ser chamada de Mãe
do Zika. Quem somos nós para desobedecê-la. Como já se sabe, o PAC estava
empacado há muito tempo, e agora foi oficializado no anúncio do corte de gastos
feitos durante a semana fato que ainda abordaremos, se meus leitores não
morrerem de rir até lá.
Agora, sua vida é andar por este país, vendo onde o
mosquitos e as mosquitas podem ser felizes. Criou agora o chamado Show do Zika,
no qual engajou todos os ministros para fazerem o povo rir com as peripécias do
mosquito que virou vírus. E ela própria se engajou e assumiu o papel de forma
irrestrita. Vejam o que ela disse num dos shows:
“A “mosquita”, ela, é
a “mosquita” que põe em média 400 ovos. Se você considerar que a “mosquita”
transmite também (o vírus), que é ela que pica, que ela que provoca a
contaminação das pessoas. Portanto, se for uma senhora grávida, uma moça
grávida, o que acontece? Há um grande risco de a criança, se isso ocorrer nas
primeiras semanas de gestação, ter microcefalia.”
Então não tenham mais dúvida, que o culpado de todos os
problemas brasileiros não é mais o FHC, e sim a mosquita. Aliás, o FHC é que
teve problemas esta semana quando uma sua ex-amante deu entrevista dizendo que,
mesmo que o exame de DNA dissesse o contrário, um filho que ela teve, é sim do
FHC. Não chegamos a conclusão nenhuma sobre o caso, a não ser, que no Brasil,
quem não tem uma amante não galga os postos mais importantes da república. Nem
vou citar o Dom Pedro porque foi do império. Lembro apenas do Getúlio, do
Collor, do Lula, do Renan, do.... deixa prá lá senão vou chegar no Itamar com a
mulher sem calcinha.
Mas nem só de Dilma viveu esta semana que passou. Como
sempre o Lula apareceu, mesmo que o show tenha sido fechado, e nele foi
decidido como descobrir quem é o dono das coisas que o Lula amealhou durante
sua vida, ou, para usar um termo do Cunha, nosso Cunhão, que traduz melhor a
situação do que Lula é “usufrutuário”.
O potencial humorístico da explicação dada no Instituto Lula, que é o novo
estúdio para produção das chanchadas brasileiras, é impressionante. Portanto
meus caros “gatos pingados” de leitores, apertem o cinto.
Vejam um pouco do caso. O Lula e a Marisa, agora mais
conhecidos como a Mãe e o Pai do Tríplex, por terem tentado comprar um tríplex
que não era tríplex, numa praia lá paras as bandas de São Paulo, estão sendo
chamados para depor na justiça para mostrar onde eles arranjaram tanto dinheiro
para comprar, além do tríplex, um sítio em Atibaia, também em São Paulo, já
que, como se sabe o Lula é um pobre e oprimido operário, cujo salário não dar
nem para comprar um ovo frito por dia.
Quando se esperava um show daqueles lá na Barra Funda, onde
eles iam depor, em São Paulo, ao qual compareceram milhares e milhares de
pessoas já com ingressos comprados, os protagonistas do show não compareceram.
O público que estava ansioso para vê-los em cena não se conteve e começou a
distribuir porradas e pedradas em quem passava. Quando os artistas são amados é
assim mesmo.
Dizem, a situação só se acalmou quando os altos falantes
resumiram o show contando a principal piada do Lula: “Eu não sabia de nada!”. Foi um alarido e todos foram embora
satisfeitos. Eles não sabem o que perderam. Na sinopse do show, que foi
distribuída pela defesa do Lula, constava uma piada contada pelo presidente do
PT, o Rui Falcão:
“São denúncias
infundadas haja vista que o sítio tem escritura, tem nome de proprietário e o
proprietário faculta a visita a esse sítio pra quem ele quiser, principalmente
ao presidente Lula com quem um dos proprietários praticamente foi criado, desde
a infância. Então é uma denúncia que não faz nenhum sentido.”
Este é o ponto mais marcante do show porque deixa a plateia
em estado catatônico, esperando uma explicação para um tipo de amizade como
este neste mundo de tanto ódio. Vejam que comprovadamente, o Lula já esteve no
sítio de Atibaia mais de 100 vezes, e a Marisa comprou até barco para andar no
laguinho que, dizem, foi feito pela OAS, tudo na base da amizade, além do sítio
ter sido usado para desovar a mudança do Casal Tríplex, quando eles deixaram de
habitar o Palácio da Alvorada, na qual estavam mais de 50 garrafas de bebidas, que
eu suponho sejam da preferida do Lula, a Caninha 51. Que tipo de amizade seria
este? Nesta dúvida a plateia vem abaixo quando um dos frequentadores do sítio,
o Luiz Marinho, entra em cena e diz:
“Não sei se foi 111
vezes ou 2 mil vezes. Eu não contei. Do que eu conheço, tem duas pessoas que
compraram o sítio e disponibilizaram para ele usar, com comprovação de fontes
pagadoras. Portanto, não tem absolutamente nenhum problema. Rigorosamente,
hoje, o sítio não é dele. O sítio é de amigos.”
Como já se sabe também, no Brasil, o grande problema dos
políticos são as revistas semanais. E uma delas, “veja” bem, neste final de semana conta toda a história tanto do
sítio quanto do tríplex, com detalhes, mostrando que são tantos os “laranjas” envolvidos nas transações que
já estão pensando em vender para o exterior. Já mudaram até o nome do sítio
para o Sítio do Laranjal Amarelo.
Mas, deixemos o Lula em paz e passemos para outros fatos da
semana tão hilários quanto.
Um dos grandes shows desta semana foi o anúncio, talvez,
pela milésima vez, de que o governo da Dilma vai cortar gastos. Desde os tempos
do Joaquim Levy, que se prometia cortar os gastos, por que a farra para eleger
a Mãe do Zica foi enorme. Agora entramos pelo outro Ministro da Fazenda e se
continua prometendo. Parece piada de mau gosto. E é! Parece até uma família que
descobriu que estava devendo tanto na praça que os credores já não lhe emprestavam
mais nada. Conheci muitas lá em Bom Conselho que ficaram assim. Quando passava
alguns dos seus membros, as pessoas já diziam: “Não tenho!”. O Brasil está assim. A Dilma até parou de ir aos
encontros com outros chefes de Estado, porque ninguém queria sentar perto dela.
Exceto, com o Maduro e com o Evo, porque neles também ninguém confia. E agora,
depois de ser rebaixado à condição de caloteiro plus, começam a prometer o que não podem cumprir. Dizem que só
resta mesmo o “calote”, mas, já que
isto pode ser inevitável, então relaxem e aproveitem, rindo.
No entanto, o fato mais importante da semana em termos
políticos, foi mesmo a briga pela liderança do PMDB, na qual se digladiavam o
Eduardo Cunha, também conhecido como Cunhão e a Dilma, nossa musa. Mas, o que
houve de engraçado nisto? Nada. Apenas mostrou que o PMDB parece mais uma “facção” do que um partido, se é que me
entendem. “Vitória na guerra!”.
Porém, de mais relevante é a constatação de que o Lula, o
Pai do Tríplex, para facilitar a comunicação resolveu mudar de nome outra vez,
como o fez muito tempo atrás quando colocou o Lula no nome. Ele, dizem, vai
registrar o nome Luis Inácio Lula Eu Não
Sabia da Silva. Se alguém perguntar o porquê, certamente, não é brasileiro.
Mas, um fato político importante da semana foi a soltura do
Delcídio do Amaral, sim, aquele senador que disse ter controle do STF todo e
que queria levar o delator premiado Cerveró para Espanha via Paraguai. Como a mão
que apedreja é a mesma que afaga, o Ministro Zavascki mandou soltá-lo. E,
pasmem, ele vai ser o primeiro parlamentar que, direto da prisão, vai atuar no
senado. Pensa até em voltar à Comissão de Assuntos Econômicos, para garantir
que seja pago o hotel de luxo onde está preso em Brasília. Se o Fernandinho
Beira Mar se candidatar nas próximas eleições, vai ter os mesmos direitos,
inclusive usar os celulares para se comunicar com seus colegas de trabalho. Não
tem jeito, o Brasil continua o mesmo de De Gualle.
Ainda permanecendo no nosso órgão maior de justiça, o STF, resolveu seguir novamente o poema de Augusto
dos Anjos, agora, usando a mão para apedrejar a impunidade, decidindo que
agora, quem for pego com a mão na botija, praticando crime, a partir da segunda
instância já pode ser preso, o que acarretou diarreia geral naqueles que se
livram do xilindró através de infinitos recursos, mas, também usou a mão para
afagar o Estado, dando-lhe o direito de quebrar o sigilo bancário das pessoas
através da Receita Federal.
E, ao rever estes fatos semanais, deste ângulo, e sem filme
para mostrar, eu mostro a poesia que me veio à mente nos dois últimos
parágrafos, e que nos lembra tanto, muitas vezes, a nossa vida política (“Versos Íntimos” – Augusto dos Anjos):
“Vês! Ninguém assistiu
ao formidável
Enterro de tua última
quimera.
Somente a Ingratidão –
esta pantera –
Foi tua companheira
inseparável!
Acostuma-te à lama que
te espera!
O Homem, que, nesta
terra miserável,
Mora, entre feras,
sente inevitável
Necessidade de também
ser fera.
Toma um fósforo.
Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a
véspera do escarro,
A mão que afaga é a
mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda
pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil
que te afaga,
Escarra nessa boca que
te beija!”
Tenham todos uma boa semana e cuidado com o mosquito e com a
mosquita, esta principalmente, que é a galinha poedeira de ovos contaminados.
Adorei antes de ver essa publicacao ja tinha conmentado com meu ex marido
ResponderExcluirele e o pai da novela a regra do jogo o chefao falando o portugues claro o bandidao
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