Por Zé Carlos
Aos meus 9 leitores peço desculpas pelo tanto de tempo que
aqui não apareço apresentando esta coluna semanal. Isto aconteceu porque soube
que 50% deles pegaram a Febre Chikungunya, 30% foram atacados pelo vírus Zika e
o restante, mais conservadores, tiveram só a Dengue. Eu mesmo fiquei entre os
primeiros 50%, estou ainda convalescendo, mas, temos que voltar, pois graças a
Deus, entre eles, não morreu ninguém.
Então só me resta continuar tentando matá-los de rir, já que
o mosquito não conseguiu. Infelizmente, aquele filmezinho produzido pelo UOL,
que me orientava nesta missão não foi publicado mais, e nem sei se irá sê-lo.
Portanto, está comigo a meta para trucidá-los, e se necessário, faço igual à
Dilma, nossa musa: Dobrarei a meta.
Por falar em Dilma, ela reluta em sair do governo e vir nos
brindar com suas piadas, aqui na coluna, em tempo integral. Mas, como colabora
esta mulher! É a nossa rainha do riso. Imaginem que suas falas foram até
motivos para um livro, que me deram de presente no Natal. Ao lê-lo quase tive
embolia estomacal de tanto rir, e pensei: Por que não compartilhá-lo com nossos
leitores?
O livro é “Dilmês – O
Idioma da Mulher Sapiens”, do jornalista Celso Arnaldo de Araújo, que eu
recomendo àqueles que querem se aprofundar no pensamento da Dilma. Mas, não se
preocupem porque a profundidade não é tão grande. Podem ir de sandália japonesa
que não molham nem os pés. No entanto, cuidado, muito cuidado, vocês podem não
chegar ao fim, com ataques de riso. Vejam um exemplo, dos que escolhi para
oferecer-lhes nesta coluna semanal. (Nem citarei a ocasião que ela disse o que
disse porque o humor em “dilmês” é
atemporal)
“Porque ter um teto é
uma questão de segurança. Ter uma família e ter um local onde você possa desenvolver
suas relações afetivas é o direito de todo ser humano, das mulheres, porque é
lá que elas criam seus filhos, é lá que ela estabelece essa relação familiar
que vai criar brasileirinhos e brasileirinhas pra serem os adultos. A casa é,
eu diria, um símbolo do cerne de uma nação. É lá que um país tem segurança
também, porque essa primeira segurança de sabê que seus filhos vão tê abrigo.
Essa questão da proteção que é algo que a humanidade busca desde que cumeçô a
se transformá e virá cada vez mais humanos. Nós precisamos de abrigo porque o
abrigo nos dá proteção. Todos brasileiros têm direito à proteção de um teto, de
um lar, onde criar seus filhos. Por isso, eu tenho imenso orgulho desse
programa Minha Casa, Minha Vida, orgulho não porque o estado brasileiro parô de
achá que todo mundo tinha de encontrar um jeito de tê casa independente de
quanto ganhava. E nós mudamos esta compreensão.”
Pois é, uma artista do riso, com esta capacidade, com esta
profundidade de pensamento, não merecia um livro? O que mais gosto dela é seu
respeito por ambos os gêneros (brasileirinhos e brasileirinhas, por exemplo).
Nem sempre eu tenho o mesmo respeito com meus leitores e leitoras, mas, não é por
mal, e sim porque não sei de qual gênero eles são. A própria Dilma passou por
esta situação quando disse que “por trás
de cada criança havia sempre um cachorro”. Era pra dizer um cachorro ou uma
cadela, mas, infelizmente, quando ela presenciou a cena, não deu para ver o
sexo do cachorro ou da cadela.
Mas, pensam que nesta semana que passou foi só a Dilma que
atuou para ser citada aqui nesta coluna? Ledo engano. Quem brilhou nesta semana
foi o Lula, que não é mais o eterno metalúrgico e sim um rico latifundiário e
dono de imóveis. Pelo menos é isto do que o estão acusando. No entanto, esta é
uma acusação que foi uma reação a um show de humor por ele feito num evento
petista. Sabem o que ele disse? Vejam:
“Se tem uma coisa de
que eu me orgulho e que não baixo a cabeça para ninguém é que não tem nesta
país uma viva alma mais honesta do que eu. Nem dentro da Polícia Federal, do
Ministério Público, da Igreja Católica, da Igreja Evangélica, nem dentro do
sindicato. Pode ter igual, mas, eu duvido.”
Como nem todo mundo tem o senso de humor dos nossos leitores,
houve uma reação das autoridades envolvidas na frase para mostrar que o Lula
não era tão honesto quanto o Papa Francisco, e que poderia ser igual ao Edir
Macedo, mas, ele mesmo duvidava. E o que se viu foram acusações que não tem o
mínimo de fundamento.
Inventaram que ele era dono de um triplex em São Paulo, que
tinha até elevador dentro dele. Imaginem que mentira que lorota boa. Como é que
Lula um pobre metalúrgico, cuja mãe nasceu analfabeta, hoje teria recursos para
comprar um imóvel deste? Calúnia! Como o Instituto Lula (sua casa de shows mais
conhecida) tentou explicar, ele comprou apenas uma cota do empreendimento e,
assim mesmo, pegara o dinheiro de volta, para comprar remédio para uma dor de
barriga que teve. E, mais ainda, disseram que as visitas que Dona Marisa fazia
ao apartamento, era só um favor do porteiro para ela chorar lá dentro de arrependimento
por ter casado com um homem tão pobre, que não podia nem comprar um “triplexzinho”.
Pensam que parou por aí a vingança das “elites”? Que nada! Vejam vocês que o Lula tem um sítio em Atibaia,
que a ele foi cedido por amigos para que ele curtisse os finais de semana
escrevendo seus esquetes humorísticos. Pois estão dizendo que o sítio é dele e
foi recebido em troca de favores feitos por sua influência junto ao governo.
Que vingança cruel! “Elite”,
realmente, não tem senso de humor.
Já diziam lá em Bom Conselho que “quem tem amigos, tem tudo, até sítio na Baixa Verde”. Por que não
também em Atibaia. Esta “elite” não
toma jeito mesmo.
E, já no final da semana, para não dizerem que ela está
perdendo espaço para o Lula aqui na coluna, a Dilma, a respeito deste ataque a
ele, ela disse:
“Converso
sistematicamente com o presidente Lula. Acho que ele está sendo objeto de
grande injustiça. Respeito muito a história do presidente Lula e tenho certeza
que esse será um processo que será superado porque eu acredito que o país, a
América Latina e o mundo precisam de uma liderança com as características do
presidente Lula.”
Pois é caros leitores, a injustiça está feita. Só nos resta
lutar para que ambos, Lula e Dilma, alcancem seus lugares entre os grandes
humoristas deste país. Sem eles, esta coluna não se manteria.
Como disse acima, o UOL não produziu o filme que usávamos
aqui para arremate final do riso. Não nos restou alternativa que não procurar
piadas soltas de nossos melhores colaboradores para fechar com chave de ouro
mais uma semana, e, como não poderia deixar de ser com uma homenagem ao
Mosquito Aedes Aegypti, feita pela nossa musa, a Dilma.
Tenham todos uma boa e risonha semana, de preferência, sem
picada do mosquito.
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