Em manutenção!!!

sexta-feira, 27 de março de 2015

Os governadores do Nordeste e o impeachment da Dilma




Por Zezinho de Caetés

São tantos os problemas brasileiros que nunca mais me voltei para os problemas nordestinos. Eles parecem até não existir. Como diz minha amiga Lucinha Peixoto (em carta revelada, pela metade, ontem aqui na AGD): Cruzes! Entretanto, ontem vi que o Nordeste, depois de ter elegido Dilma nas eleições passadas, volta à ribalta da cena política, através de seus governadores, que estiveram, no dia 25 próximo passado, com a gerenta presidenta Dilma Roussef, antes que ela seja impichada, pela força do povo nas ruas.

Eles escreveram uma carta, que não sei bem a quem, e nem sei se foi antes ou depois da reunião, com um conjunto de generalidades que não tem nada a dever às revistas de horóscopo. Fixo-me no seguinte item da referida missiva:

2- Por isso mesmo, não podemos concordar que o legítimo exercício do direito de oposição e de livre manifestação seja confundido com teses sem qualquer amparo na Constituição Federal, e que dificultam o pleno funcionamento das instituições brasileiras.

Seria ótimo se eles dissessem quais as teses que hoje estão aparecendo, pelo menos da oposição, que não tenham amparo na Constituição Federal. Seria a de perdoar todos os bandidos que roubaram a Petrobrás? Ou a de dizer que a Dilma não teve culpa nenhuma no que está acontecendo? Claro que o que eles estão se referindo é ao que foi pedido por mais  de um milhão de pessoas no último dia 15, que é o impeachment da nossa gerenta, que, queiramos ou não, ainda tem as chaves do cofre, de que tanto os governadores precisam.

E, li na mídia, no texto que hoje reproduzo aí embaixo (Blog do Reinaldo Azevedo, “Os governadores do Nordeste precisam ler a Constituição. Ou: Chegou a hora de comer os ricos para salvar a “mãe dos pobres”?” de 26/03/2015), que um governador, mais açodado, propôs um imposto sobre as grandes fortunas. Eu fiquei terrificado, na condição de aposentado, porque já me disseram que eu ganho uma “fortuna” para não fazer nada. Será que vão me taxar? Pobre de mim. E já estou pensando em mudar para outro país, porque até que eles descubram que eu não tenho “onde cair morto”, como se diz, lá se foi minha grande fortuna.

Mas, o que é claro como água, é que o impeachment seria uma solução constitucional e legal para o descalabro em que se encontra o nosso país, no qual, a presidenta não preside, o legislativo não legisla, e o judiciário, apesar de tentar, é o tempo todo assediado por eles. A ideia que vai haver muita confusão, não é mais verdadeira do que aquela diz ser a confusão maior é aquela  que estamos passando.

Eu nunca fui um fã do Temer nem do PMDB, mas, se for para o bem do povo e felicidade geral da nação, por que não? O que não se pode, ou se puder o custo será muito maior, é que a Dilma com sua já clássica incompetência para assuntos não domésticos (dizem que ela sabe fazer macarrão, mas, até isto eu duvido), fica a levar este gigante Brasil a cair do pé de feijão. Então, não tenham dúvidas que, no dia 12 de abril, estarei de volta com o meu cartazinho: Fora Dilma! Impeachment Já!

Fiquem com o Reinaldo Azevedo e meditem no final de semana, enquanto eu me preparo fisicamente para o grande Domingo de Páscoa.

“Ai, ai, ai… O governo Dilma tenta o que, de um modo ou de outro, sempre se tenta no Brasil, sem sucesso, quando um presidente está em dificuldades: a chamada “Política dos Governadores”. A ideia é tão aparentemente boa como absolutamente inócua: reunir os chefes dos Executivos estaduais para que influenciem, então, a bancada dos deputados federais de seus respectivos Estados.

Nesta quarta, Dilma se reuniu por três horas com os nove governadores do Nordeste. Quer que eles pressionem os parlamentares de seus respectivos Estados a apoiar o ajuste fiscal. Ao fim do encontro, divulgou-se uma carta com a assinatura de todos eles — sete da base governista e dois do PSB. Lá está escrito: “Não podemos concordar que o legítimo exercício do direito de oposição e de livre manifestação seja confundido com teses sem qualquer amparo na Constituição”. Eles estão se referindo ao impeachment, é evidente. E isso só significa que ou os governadores do Nordeste não leram a Constituição ou, tendo lido, não entenderam o que lá está escrito.

O impeachment está previsto nos Artigos 85 e 86 da Constituição, e existe a lei que trata do assunto, que é a 1.079. Os doutores que assinaram o manifesto fariam um favor à inteligência nacional se dissessem a quais “teses sem amparo na Constituição” eles se referem. Uma coisa é haver divergência sobre a existência ou não de elementos que justifiquem uma denúncia com vistas ao impeachment. Há argumentos tecnicamente respeitáveis de ambos os lados. Conheço pessoas igualmente decentes com pontos de vista absolutamente distintos, independentemente do juízo que fazem do governo Dilma. Mas é um absurdo inferir que o simples debate sobre o impeachment se confunda com alguma forma de golpe. Isso é picaretagem política, jurídica e intelectual.

De resto, senhores, que história é essa de que “a livre manifestação” pode se “confundir com teses sem amparo na Constituição”? Estão falando exatamente do quê? Das invasões de terra e de laboratório de pesquisa patrocinadas pelo MST? Das violências constantemente promovidas por ditos movimentos de sem-teto? Parece-me certo que os governadores do Nordeste não estão se referindo aos que foram às ruas no dia 15. Houve protestos nas nove capitais nordestinas e em várias outras cidades da região. Que se saiba, não houve um só incidente, o que evidencia, então, que as pessoas sabem muito bem exercitar o seu direito à livre manifestação, inclusive ou especialmente quando pedem o impeachment, porque isso está “amparado na Constituição”.

Ah, sim: em entrevista depois da reunião, o governador da Bahia, Rui Costa (PT), defendeu a criação de um imposto sobre grandes fortunas. O ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) deu a entender que o governo tem simpatia pela ideia. É… Quando nada mais funciona, por que não propor que se comam os ricos, né?, para salvar a mãe dos pobres? Só temo um pouco pelo que venha a ser considerado “grande fortuna” num país em que um trabalhador que ganha a partir de R$ 4.664,68 (US$ 1.448) é obrigado a recolher 27,5% de Imposto de… Renda!!!


Essa gente, definitivamente, perdeu a noção do ridículo.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário