Por Zé Carlos
E passamos mais uma semana. Deus sabe como. São tantas as
emoções que tenho medo, ao descrever aqui alguns fatos, possa enfartar alguns
dos meus 8 leitores. Portanto, leiam com moderação. E já aviso que a Dilma,
nossa protagonista, nesta semana atuou quase todos os dias. Então, não se preocupem
que o riso já está garantido.
Logo no início dela, já na segunda-feira, só se falava no
que a Dilma diria sobre as manifestações do dia anterior, onde o Brasil
inteiro, pelo que sei, menos Bom Conselho, foi às ruas pedir o impeachment da
musa desta coluna. Ela, não querendo correr o risco que o Brasil inteiro
morresse de rir enviou dois ministros para comentar as manifestações. Foi em
vão, porque o festival de besteiras ditas pelos dois, com ênfase para o Miguel
Rosseto que disse serem os manifestantes eleitores de Aécio, numa tentativa
frustrada de puxar o saco do mineiro. O riso foi geral porque os brasileiros se
perguntaram: E o que uma coisa tem a ver com a outra? Então as manifestações só
seriam válidas se fossem feitas pelos eleitores da Dilma? Estas foram feitas na
sexta-feira e, apesar dos tecidos vermelhos terem sidos esgotados nas lojas,
nem metade dos que receberam os paninhos com a estrela do PT compareceram. O
discurso do Eduardo Cardozo, teve como tema a humildade, que nosso colaborador
Zezinho comentou durante a semana aqui na AGD.
Quando a Dilma descobriu que o Aécio havia dito que ela
tinha sido covarde, resolveu aparecer, mesmo colocando em risco a saúde dos
meus leitores pelo excesso de riso. Não, ela não foi para as ruas, correr risco
de vida, como diz que correu no tempo da luta armada, porque poderia ser
acertada na cabeça com uma panela de pressão, podendo queimar aquele solitário e
hilariante neurônio. Ela só aparece “indoor”
como dizem os ingleses. É menos arriscado. Todavia, o humor não sofreu nada
durante a palestra.
“A corrupção não
nasceu hoje”, disse Dilma Rousseff em sua primeira manifestação pública
depois do 15 de março, cuja tema de protesto, depois do pedido de impeachment,
foi a corrupção. “Ela não só é uma senhora bastante idosa nesse país como não poupa
ninguém. Pode estar em tudo quanto é área, inclusive no setor privado. O
dinheiro tem esse poder corruptor… Não vamos achar que tenha qualquer segmento
acima de qualquer suspeita. Isso não existe.” Continuou, a corrupta, agora
confessa, Dilma. É uma pena que o Janot disse que há uma lei não permite que a
presidente seja responsabilizada pelos seus atos menores durante o exercício do
cargo. Será que é isto mesmo, ou eu só estou inventando para que meus leitores
tenham uma morte risonha? Não sei, mas se ela mesma diz que não há segmento
acima de qualquer suspeita, ela se incluiu no rol daqueles que usam e abusam da
“velha senhora”. E, pasmem, nem a
Erenice escapou, mesmo estando na iniciativa privada.
Mas, vamos em frente que ainda temos muito riso hoje. Não se
surpreendam mas o principal representante da Pátria Educadora, que é o lema do
governo da Dilma, foi demitido. O Ministro da Educação, o Cid Gomes (que chamei
de cabeça-chata, mas, já expliquei em texto de sexta-feira, que não há
xingamento nisto) foi defenestrado do seu cargo porque disse serem os
congressistas “achacadores”. Não
todos, segundo ele eram só uns 300 ou 400. Por isso ele foi chamado para dar
explicações na Câmara. Ficou tão nervoso que foi afastado por motivo de saúde.
Depois descobriu-se que ele tinha apenas uma “friagem”, ou seja, nada de grave. Ele não teve como fugir. Mas,
antes disso se aconselhou como Ciro “Boca-Suja”
Gomes, seu irmão, e ele aconselhou: “Meu
irmão, ao chegar lá, não hesite, diga que não eram só 400, se sim 401, contando
com o presidente da câmara o Eduardo Cunha, que é tão achacador que até achaca o
porteiro do Congresso”. Ou mais ou menos isto, pois ele o fez, de dedo em
riste. Então, a Dilma, ela outra vez, não teve jeito, para não ser achacada
pelo Cid ela teve que achacar os brasileiros e colocar de lado a Pátria
Educadora por uns tempos. É muito achacamento
que passamos.
Quase tudo isto foi abordado pelo filme do UOL desta semana,
que apresento lá em embaixo para vocês. Mas, ele trata de outro tema também, e
este é realmente, explosivo: A fala do General Pedro Stédile. Sim, aquele mesmo
que foi nomeado por Lula, o comandante em chefe da picaretagem nacional, para
guiar contra a “elite branca”. Dizem
que quando o Joaquim Barbosa ouve esta classificação, fica possesso, em ter que
ser considerado um deles, com a sua cor
não tão branca assim. E o Lula, com sua fortuna pessoal em ternos do Armani, a
qual elite pertence? É para rir mesmo. Vejam o que o General Pedro Stédile diz
no filme, e sorriam mais ainda. Entre outras coisas ele diz que a Dilma é quase
uma santa. Se ele soubesse quanto a Dilma faz rir nossos leitores, com suas
tiradas, não acharia ela tão santa assim. Não sabe de nada, inocente.
Será que o Papa Francisco já lê esta coluna semanal? É muita
pretensão, não é mesmo? Mas, quem sabe um dia chegaremos a Roma, porque o
filósofo de Bom Conselho já dizia: “Quem
tem boca vai à Roma!”. Agora, uma coisa é certa, que o Brasil está
precisando de uma reza, isto está. Ou uma sessão de descarrego. Ou mesmo uma
entrada num terreiro baiano.
Só para concluir esta interminável e risonha semana, tenho
que acrescentar um acontecimento que também não constou do filme, mas, vai ser
a pá de cal nos meus leitores, quando deixarem de respirar de tanto rir. Com
todos os escândalos e roubalheiras envolvendo nossos partidos políticos, o
relator do Orçamento, o Romero Jucá, propôs e, obviamente, foi aprovado,
triplicar os fundos partidários. E haja fundos para a justiça dar palmadas
brevemente. Agora, é melhor ficar em silêncio, igual ao Renato Duke, que roubou
tanto da Petrobrás que perdeu a voz.
Agora fiquem com o resumo do roteiro do vídeo do UOL, e o
vejam abaixo. Espero que sobrem alguns leitores para esta semana que entra. Ela
promete, com a ameaça de deixarem a Dilma seja investigada. Se ela, sem ser
investigada, só tem o apoio de 13% da população, segundo a pesquisa do
Datafolha, se for investigada, nem ela mesma se apoiará, e com a ajuda do Papa
Francisco, ela renunciará e virá assumir de vez seu cargo nesta coluna em tempo
integral. Fiquem vivo para rir.
“No último dia 15 de
março, brasileiros foram às ruas se manifestar contra o governo de Dilma
Rousseff. Além das críticas à corrupção e queda do crescimento econômico, os
mais exaltados defenderam até impeachment de Dilma e intervenção militar. Será
que era pra tanto?
Falando em corrupção,
chamada de "senhora idosa", Eduardo Cunha disse que a
"porteira" de corrupção na Petrobras teria começado bem antes, no
governo FHC. E agora, oposição?
Cunha ainda teve que
ouvir, em uma sessão da Câmara, o então ministro Cid Gomes dizendo para seus
colegas deputados da base aliada "largarem o osso" do governo. Claro
que isso não acabou bem...”
Aproveito este recinto, já que sou o 9º leitor do Zé Carlos. - E mando esta despretensiosa contribuição. Ei-la: - Não sei como o Carlos Alberto Sardenberg deu espaço para o jornalista Eugênio Bucci falar mal da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). Para Bucci, tanto faz governos da oposição, quanto da situação. 2. A entrevista versava sobre o livro de Eugênio Bucci: "O Estado de Narciso." Sardenberg queria falar só sobre os escândalos da Petrobras. Mas, a certa altura, perguntou a Eugênio Bucci como é que ele (Bucci) via a propaganda desenfreada do governo de Geraldo Alckmin sobre os “encantos” da Sabesp. A Sabesp é um poço sem fundo do governo paulista. 3. Foi aí que Bucci botou todos os governos num balaio só. E Sardenberg ficou com cara de pastel dormido. /.
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