Por Zé Carlos
Quase tudo, na política deste país, abençoado por Deus (pelo
menos, era) e bonito por natureza, girou em tornou da Lista do Janot (LJ), na
semana passada. Para quem acompanha o noticiário, não é necessária nenhuma
explicação. Já para o meus leitores, sedentos de riso, é preciso uma, embora
breve. Primeiro tenho que dizer não ser a LJ uma lista de compras do
supermercado, mas, poderia ser uma lista de compradores da Petrobrás. Explico.
O PT, o partido que tenta ser hegemônico, e quer mostrar que
vence o campeonato de assalto aos cofres públicos, nos últimos 12 anos, veio
tentando usar o classe capitalista, o chamado capital, coisa que eles, na
conversa tanto desprezam, para se manter no poder, fazendo uma tríplice
transação comercial. As empreiteiras, donas do capital nacional, quase todo,
faziam serviços para Petrobrás, cobravam caro, e davam um “troco” a alguns políticos do PT para que eles tornassem o partido
hegemônico, e portanto, tornando perene a dominação da classe trabalhadora pelo
capital usurpador. Então tudo era uma maravilha. O PT se mantinha no poder, a
classe capitalista dominava, a classe
trabalhadora comia do Bolsa Família, e a classe média viajava para Miami. Nem
vou falar da Bolsa Empresário dada pelo BNDES, pois isto é apenas um detalhe,
dentro da felicidade geral da nação, como também é um detalhe o envolvimento de
outros partidos na partilha do nosso dinheirinho, já que hegemonia tem que ser
hegemônica, não é mesmo?
Mas, com a crueldade que é peculiar ao nosso mundo, abaixo
do céu, inventaram uma tal de Operação Lava Jato, que usou a água do Brasil
quase toda (vocês tem uma melhor explicação para a “crise hídrica”?), e ao “molhar” Petrobrás descobriu o esquema do “troco” e começaram a fuçar de onde ele
vinha. Nestas horas não faltam homens maus para acabar com a alegria do povo.
Surgiu um juiz, lá pelas bandas do Sul, que começou a dizer que o que estavam
fazendo era ilegal e imoral. Quanta maldade numa pessoa só.
E então, este juiz, começou a ouvir pessoas daquelas que diziam
que recebiam o “troco” e ao invés de
destiná-lo ao PT, mandavam para Suíça. Quando o juiz mau, tal qual um lobo da
mesma espécie, foi ver o tamanho do “troco”,
era dinheiro que não acabava mais. E foi a maior confusão quando ele começou a
chamar outras pessoas que participavam do esquema e eles botaram a boca no
mundo, com a promessa de terem a pena reduzida, numa tal de “delação premiada”. E para receber o
prêmio eles tinham que dizer quem, entre os políticos, levava um “troco no esquema”.
Ora, para os meus leitores, que já devem estar perguntando
cadê a graça? basta dizer que um dos delatores disse que dispensava o troco que
recebeu, em troca de menos dias na prisão. E, se sustentem na cadeira, ele vai
devolver 100 milhões de qualquer coisa, embora hoje, já há uma grande diferença
se for de dólar ou de real, por isso não posso ser genérico. Esta quantia é em dólar, que já emplacou os 3,00 reais esta semana. Aliás, a situação econômica do país é tão periclitante, da próxima Lista do Janot ela não escapa.
Pois queremos mesmo é explicar o que a LJ significa, e porque
que foi tão esperada na semana. Ela nada mais era do que o resultado da boquirrotice dos que recebiam o troco,
dizendo quais políticos estavam envolvidos. Ou seja, quem levou alguma troco?
Como se sabe, o homem mau do Paraná, o juiz Moro, não pôde
dizer quem eram, porque político no Brasil só pode ser processado e julgado
pelas instâncias superiores da Justiça. É o tal do foro privilegiado. E tudo
com o Procurador Geral da Justiça, o Janot, e vejam o tamanho da maldade, desde antes do carnaval. Vocês viram algum
político importante em algum camarote no desfile das escolas de samba, fora é
claro, o ditador da Guiné Equatorial? E este foi um castigo grande para
qualquer brasileiro. Mas, o pior de todos foi ficar esperando a Lista do Janot,
que, finalmente, saiu na sexta-feira à noite.
Não sei se é verdade, mas, contam que, em Brasília, o
ambiente mais frequentado neste terrível dia de espera foi o WC. Até que saiu a
lista, antes que os esgotos da Capital Federal entupissem todos. Mas, o mais
hilariante veio depois da lista. Nem o Lula nem a Dilma estavam nela. Foi um
suspiro e um riso geral deste país do faz de conta. No entanto, o riso e a
surpresa maior foi que o Maluf também não estava. Já o Collor, este não tem
jeito mesmo.
Mas, não aconteceu mais nada, nesta semana além da espera da
Lista do Janot? Claro que aconteceu. Além
da Dilma, nossa musa, ter, provavelmente, perdido mais um quilo, em sua dieta
que dizem fazer parte dela o silêncio (em boca calada não entra mosquito, e
portanto são calorias a menos), o Renan devolveu uma medida provisória a ela,
dizendo: “soque sua MP na gaveta”.
Contam que ela só não socou porque, se o fizesse, poderia afetar o
relacionamento dela com o Levy. O porquê, não me perguntem.
Dizem que ela ficou tão contristada, com a dúvida se socava
ou não socava a MP na gaveta, que se mandou para o Uruguai e se asilou num
supermercado. Vejam aqui
algumas fotos do evento, devidamente explicadas pelo nosso colaborador Jameson
Pinheiro.
Mas, não se apoquentem, meus leitores, pois o filme do UOL
também cobriu a ida da Dilma ao Uruguai. Imperdível. Vejam a nossa musa
inspiradora falando portunhol. Se ela já não sabe falar português, imaginem,
espanhol. E, para não perder a oportunidade, deu um pito na moça que estava
traduzindo sua fala. É, não há limite para a burrice abaixo do equador.
A Dilma ainda não me respondeu se, ao deixar a presidência,
ela viria ser uma colaboradora, com carteira assinada, desta coluna, por isso
fiquei triste com a afirmação categórica de um historiador, no vídeo, de que
ela deveria renunciar. Já pensou se ela renunciar e deixar de colaborar com
esta coluna? Não poderei contar mais com meus 8 leitores, que só vêm aqui ávidos
pelo riso.
Neste país, no qual a saudade do Chico Anísio diminui a cada
dia, pelo monte de substitutos perfeitos dos seus personagens políticos no
Congresso, o filme não poderia deixar de fora uma reunião da CPI da Petrobrás.
Nos xingamentos gerais, terminou sobrando para mim, quando o presidente da
comissão gritou: “Cabelo branco não é
sinal de respeito!”. Meu Deus, e eu, que pensava que era. Quem sabe não darei
um tom de acaju nos meus? Vou pensar, se não morrer de tanto rir.
E para terminar, pensei, pensei, pensei sobre o que fazer com o discurso da Dilma de ontem. Tive vontade, inicialmente, de colocá-lo no lugar do filme do UOL, mas, fiquei relutante ao pensar se não seria muito arriscado, porque poderia ser acusado de "risicídio" pela morte de algum leitor. Então resolvi não fazer isto, e deixarei algum comentário, sobre ele, mais extenso para a próxima semana, se estivermos vivos, é claro. Só adianto o seguinte, a nossa colaboradora, a Dilma, teve a maior performance humorística de sua brilhante carreira neste ramo. Eu, estou rindo até agora e com os ouvidos zunindo pelos gritos dos prédios vizinhos de "Fora Dilma!". Oh, pessoal cruel!
E para terminar, pensei, pensei, pensei sobre o que fazer com o discurso da Dilma de ontem. Tive vontade, inicialmente, de colocá-lo no lugar do filme do UOL, mas, fiquei relutante ao pensar se não seria muito arriscado, porque poderia ser acusado de "risicídio" pela morte de algum leitor. Então resolvi não fazer isto, e deixarei algum comentário, sobre ele, mais extenso para a próxima semana, se estivermos vivos, é claro. Só adianto o seguinte, a nossa colaboradora, a Dilma, teve a maior performance humorística de sua brilhante carreira neste ramo. Eu, estou rindo até agora e com os ouvidos zunindo pelos gritos dos prédios vizinhos de "Fora Dilma!". Oh, pessoal cruel!
E, como não poderia deixar de ser, o filme do UOL, que
apresento abaixo, termina com a Dilma, que é nossa melhor comediante, e não só
da Via Láctea, mas, da Galáxia chamada Brasil, que, como dizia outro humorista,
seu colega: “O país da piada pronta”.
Fiquem com o resumo do roteiro do filme do UOL, e depois o
vejam. É sempre bom começar a semana rindo. Aliás, nunca houve uma época no
Brasil onde fosse mais verdadeiro o dito: “Rir
ainda é o melhor remédio”.
“Uma lista foi o
assunto político da semana. Mas a presidente DIlma Rousseff parecia mais
preocupada com a lista do supermercado. Ela surpreendeu e foi a um supermercado
no Uruguai para comprar queijo, doce de leite e vinho. E foi fotografada no
caixa e segurando sua sacola plástica. Já a lista dos envolvidos no caso
Petrolão só foi divulgada na terça-feira [sic] e vai causar terremoto na
política nacional.”
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