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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

COISAS QUE A GENTE SABE, MAS NÃO ACREDITA





Por Carlos Sena (*)

O ser humano é complexo e isso o torna maravilhoso. Dentro desse prisma, não me cansa observar as nossas contradições acerca da vida no geral e da felicidade no particular. Ser feliz é o que se quer (Ah esse maldito fechecler?), mas a gente não se desliga completamente de certas coisas, até que elas mesmas aconteçam. A gente sabe, por exemplo, que tudo tem seu tempo certo. Sabe que o tempo é quem dá respostas para perguntas que não fizemos; sabe que não existe acaso e, desta forma, tudo na vida tem um preço, um apreço e fim. A gente se trucida por dentro querendo resolver coisas que não dependem de nós dentro do nosso “tempo”, esquecendo que as coisas têm os tempos delas. A gente, muitas vezes tem essa consciência bem clara, mas não a dominamos ao ponto de não sofrermos diante dos fatos contrariados. Assim, temos que, aos poucos ir moldando a vida e as emoções sem “peitar” o que não depende de nós ou que, mesmo dependendo, tem um tempo específico de espera pra ser cumprido noutros vieses etéreos...

Ignorar que a vida tem relação direta com os movimentos cósmicos, magnéticos, energéticos, etc., é ir contra uma realidade que se apresenta todo dia em nossa frente. Talvez isto para muitos seja ainda “relativo”, ou “coisa de religião”, mas não é. Afinal, a vida não é “só isso que se vê, é um pouco mais”... Para aqueles que têm positivamente essa consciência, os fatos nem sempre são compreendidos nos seus tempos, ou seja, ainda provocam angústia e até desespero, porque há “coisas que a gente sabe, mas não acredita”. A gente sabe do tempo, sabe que as coisas não acontecem por acaso, mas mesmo assim não deixamos de ficar incomodados com alguns acontecimentos sobre os quais a gente gostaria de modificar, mas não pode. O tempo das coisas é o tempo delas; o nosso é o nosso. O tempo dos dois vai acontecer subjetivamente quando a gente menos esperar. Respostas que a gente queria num tempo e vem num outro; amores que não chegam num tempo, chegam noutro; pessoas que nos deixam num tempo, mas nem sempre chegam noutro e por ai vai.

Assim, diante de certas situações de conflitos interpessoais o melhor remédio é deixar que o tempo se encarregue de nos dá as respostas. Há ocasiões em que dizer que não disse não adianta; como não adianta também dizer para alguém APAIXONADO que seu amor não é pessoa correta. Porque diante de várias versões há perversões, jogos condenáveis de Inter-pessoalidade. Por isso, melhor aguardar e, como dizem no meu Nordeste: “o apressado come cru”...

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(*) Publicado no Recanto de Letras em 07/01/2013

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