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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

A AGD na folia - No Recife Antigo



Recife - Marco Zero (Foto AGD)


Por Zé Carlos

Ontem fui, até onde pode, esticar as canelas frevando no Recife antigo. Como sempre procurando os blocos mais calmos e também os que mais gosto que são os blocos líricos. Como disse anteriormente, minha preferência sempre é o CARNABECO, mas, à falta deste nos meus planos, por que não enfrentar o carnaval de Recife?

Qualquer atividade que se queira fazer nesta cidade, saindo de casa, é um problema que eu chamava, nos tempos que convivia com planejadores urbanos, de mobilidade urbana. O Recife não se move, o Recife se arrasta.

Para chegar ao Recife antigo, começamos eu e a mulher, a procurar alternativas ao automóvel individual, o que está quase se tornando proibitivo aqui. A contradição é que, quanto mais difícil ficar andar de automóvel, mais eles aparecem e cada dia fica mais difícil usá-los.

Fomos informados, então, que o mais simples seria ir a um dos shoppings da cidade e de lá pegar um ônibus (colocados lá com esta missão) e se dirigir ao local da festa que é o Marco Zero. Tentamos. Não sei se era só naquele dia mas a fila do ônibus estava tão grande que se nos virássemos para trás e fôssemos andando chegaríamos primeiro. Além disso, mesmo que usássemos a opção coletiva, como estacionar o carro nos shoppings?

Resolvemos ir de taxi, porque o transporte coletivo tradicional, não é mais uma opção para mim, não porque tenha preconceito, e sim porque tenho medo mesmo. Hoje é mais fácil ser assaltado em ônibus do que na rua.

Depois de um bom papo com o motorista, que reclamava estar dirigindo há mais de 6 horas seguidas, chegamos lá, ao nosso destino, ou próximo dele.

Aí foi só alegria e gente, muita gente. E o melhor é que, ao contrário de Olinda, não temos ladeiras. No nosso passo de folião bissexto é até suportável seguir a Troça do Urso Zé da Pinga sem qualquer vontade de desmaiar de cansaço.

O Marco Zero é um local onde se pode apreciar um dos mais bonitos conjuntos arquitetônicos do Recife, um pouco traumatizado pelos quiosques carnavalescos e da polícia. E quanto a segurança tudo bem. Uma boa brisa, tempo bom e só foi esperar passarem os blocos, dos quais não vimos os principais, pelo adiantado da hora.

Foi tudo bom, com um ponto negativo. E ele não ocorre somente lá. Os esgotos estourados enfeiam e tornam mal cheirosos qualquer espetáculo de rua aqui no Recife. Como a decoração estava tão bonita, espero que ao longo do ano não carnavalesco a prefeitura trabalhe para que no próximo não atolemos o pé na lama em plena Rua do Bom Jesus.

Já que estávamos lá, fizemos o filme abaixo para que nossos leitores compartilhem conosco o restinho desta folia 2013.

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