Recife - Marco Zero (Foto AGD) |
Por Zé Carlos
Ontem fui, até onde pode, esticar as canelas frevando no
Recife antigo. Como sempre procurando os blocos mais calmos e também os que
mais gosto que são os blocos líricos. Como disse anteriormente, minha
preferência sempre é o CARNABECO, mas, à falta deste nos meus planos, por que
não enfrentar o carnaval de Recife?
Qualquer atividade que se queira fazer nesta cidade, saindo
de casa, é um problema que eu chamava, nos tempos que convivia com planejadores
urbanos, de mobilidade urbana. O Recife não se move, o Recife se arrasta.
Para chegar ao Recife antigo, começamos eu e a mulher, a
procurar alternativas ao automóvel individual, o que está quase se tornando proibitivo
aqui. A contradição é que, quanto mais difícil ficar andar de automóvel, mais
eles aparecem e cada dia fica mais difícil usá-los.
Fomos informados, então, que o mais simples seria ir a um
dos shoppings da cidade e de lá pegar um ônibus (colocados lá com esta missão)
e se dirigir ao local da festa que é o Marco Zero. Tentamos. Não sei se era só
naquele dia mas a fila do ônibus estava tão grande que se nos virássemos para
trás e fôssemos andando chegaríamos primeiro. Além disso, mesmo que usássemos a
opção coletiva, como estacionar o carro nos shoppings?
Resolvemos ir de taxi, porque o transporte coletivo
tradicional, não é mais uma opção para mim, não porque tenha preconceito, e sim
porque tenho medo mesmo. Hoje é mais fácil ser assaltado em ônibus do que na
rua.
Depois de um bom papo com o motorista, que reclamava estar
dirigindo há mais de 6 horas seguidas, chegamos lá, ao nosso destino, ou
próximo dele.
Aí foi só alegria e gente, muita gente. E o melhor é que, ao
contrário de Olinda, não temos ladeiras. No nosso passo de folião bissexto é
até suportável seguir a Troça do Urso Zé da Pinga sem qualquer vontade de
desmaiar de cansaço.
O Marco Zero é um local onde se pode apreciar um dos mais
bonitos conjuntos arquitetônicos do Recife, um pouco traumatizado pelos
quiosques carnavalescos e da polícia. E quanto a segurança tudo bem. Uma boa
brisa, tempo bom e só foi esperar passarem os blocos, dos quais não vimos os
principais, pelo adiantado da hora.
Foi tudo bom, com um ponto negativo. E ele não ocorre
somente lá. Os esgotos estourados enfeiam e tornam mal cheirosos qualquer
espetáculo de rua aqui no Recife. Como a decoração estava tão bonita, espero
que ao longo do ano não carnavalesco a prefeitura trabalhe para que no próximo
não atolemos o pé na lama em plena Rua do Bom Jesus.
Já que estávamos lá, fizemos o filme abaixo para que nossos
leitores compartilhem conosco o restinho desta folia 2013.
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