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sexta-feira, 1 de março de 2013

A Informação. Nossa grande arma.





Por Zezinho de Caetés

Estamos vivendo a maior pantomima política de nossa história moderna, e como sempre ela parte do meu conterrâneo Lula. O lançamento da candidatura do poste, que ele diz que iluminou o Brasil (eu diria, talvez sim, como a luz negra das boates de minha adolescência), para a eleição de 2014. E o pior de tudo é que, pelo nanismo de nossa oposição isto pode até dar certo.

E já começaram as mentiras em doses cavalares: "Não herdamos nada, construímos tudo", disse o poste quando o Lula acendeu seu interruptor.

E o pior de tudo é que, com o modelo populista que vem sendo implantado no Brasil, todos são levados a acreditar nesta baboseira. A verdade é escanteiada como uma bola que custa a voltar ao jogo, e enquanto isto o Brasil começa a perder de goleada.

O texto da Dora Kramer no Estadão (dia 24/02/2013), que ela chama de “Tudo pelo eleitoral”, e que abaixo transcrevo, é uma análise lúcida e fria, dos problemas em que estamos nos metendo, em futuro próximo, principalmente, se o poste ainda continuar aceso a partir de 2014.

Todos os fundamentos erigidos por governos passados para que a economia brasileira pudesse figurar como protagonista na economia mundial, estão sendo dilapidados a olhos vistos, por todos, ou pelo menos para aqueles que não comungam do projeto de perenização do lulo/petismo no poder.

Enquanto Cuba tenta sair, depois de 60 anos, das amarras do Estado para dar aos seus cidadãos pelo menos o que comer, o Brasil tenta ir na contramão da história, fazendo avançar o Estado, com o objetivo de dominá-lo em prol da “elite” no poder.

Por falar em “elite”, talvez o Brasil seja o único país do mundo onde alguém com figurinos de grifes, que se tratam em hospitais caríssimos e tomam os vinhos mais finos, são chamados de trabalhadores, enquanto os que trabalham e criticam seu “não trabalho”, são chamados de “elite”.

E para coroar a obra petista, ao ver que não haveria mais como enganar os outros, pois todos os dias vamos ao supermercado e vemos os preços e os impostos que pagamos, começaram a adulterar dados e até as contas públicas. Daqui para começarem a tabelar preços e confiscar bois no pasto é um passo. E voltaremos a viver todos os horrores de uma economia em perfeito desequilíbrio.

E pensar que fizemos tanto esforço, mesmo contra o PT anterior, que adorava a ética como meio para chegar ao poder e abandoná-la, para que tivéssemos um economia estável, onde, pelo menos eu soubesse quanto ganhava por mês porque nos deram um moeda, o Real. E isto pode ir de água abaixo.

Depende de nós e ainda é tempo de dar um basta nisto tudo. E nossa grande arma ainda é a informação. Usemo-la, pois eles já descobriram isto e são capazes de tirá-la das nossas mãos. Fiquem com a Dora Kramer, que é uma boa atiradora e acerta o alvo.

“Sob a direção da presidente Dilma Rousseff, efeitos especiais a cargo do ex-presidente Luiz Inácio da Silva e aplausos da arquibancada, o Brasil está assistindo à reprise de um filme cujo desfecho é conhecido: o prejuízo vence no final.

Economistas, empresários e especialistas no tema vêm alertando para os desacertos na condução da política econômica, para o excesso de intervencionismo estatal, para os efeitos nefastos da manipulação de dados, para o abandono, enfim, dos alicerces de uma estabilidade a duras penas construída desde o início da década dos 90.

O governo não lhes dá ouvidos. Ao contrário: menospreza os alertas, qualifica a todos como inimigos de um projeto de País "glorioso", inovador e progressista. Nas palavras da presidente Dilma Rousseff, as críticas decorrem da "falta de compreensão dos conservadores".

Na verdade, quem não parece compreender a distinção entre o que é bom para o País e o que é bom para o partido no poder é o governo, com sua clara opção por proporcionar satisfação imediata aos seus eleitores (reais e potenciais) em detrimento das bases sobre as quais foi construído o edifício da estabilidade.

Quais foram elas? Sistema de livre movimentação de preços, controle fiscal e foco firme e constante no combate à inflação.

Da segunda metade do segundo mandato de Lula para cá houve uma clara troca de prioridade. Deixou-se de lado o conceito de crescimento com estabilidade para privilegiar o agrado ao eleitor a qualquer custo, notadamente à chamada nova classe média que sustenta em alta a popularidade, obviamente rende votos e assegura a sobrevivência política não só do PT, mas de todo o espectro partidário de sua área de influência.

O preço congelado dos combustíveis agrada ao consumidor, ainda que ponha em risco o desempenho da Petrobrás; a redução das tarifas de energia agrada ao consumidor, ainda que leve a um aumento de consumo e comprometa as empresas de energia; a interferência no Banco Central para forçar a baixa de juros, mesmo quando seria necessária uma margem de autonomia para calibrar a demanda, agrada ao consumidor de bens a prestação, mas põe em risco a meta de inflação.

Preço baixo é bom e todo mundo gosta, mas tem um custo que não é visível (ainda) ao público. Uma hora aparece, e da pior maneira possível. Como para manter essa situação o governo tem que entrar com dinheiro, o resultado é o aumento do gasto público, o descontrole fiscal. Daí para a volta de um cenário de inflação alta, o perigo é concreto.

Trata-se de uma lógica populista que seduz o eleitor, rende vitória nas urnas. Em contrapartida, planta as sementes do desajuste que, mais dia menos dia, apresenta a conta.

Queira o bom senso que os atuais locatários do poder, a pretexto de "construir" um Brasil de faz de conta em nome de vitórias eleitorais, não levem o Brasil de volta aos tempos de desorganização interna, descrédito internacional e aos malefícios decorrentes das concessões ao imediatismo que provoca sensação de bem estar agora e adiante pode levar a pique o patrimônio de todos.”

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