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quinta-feira, 28 de março de 2013

A campanha está nas ruas





Por Zezinho de Caetés

Pelo açodamento do Lula em lançar a campanha na rua, e com um candidato que não é ele próprio, só nos restam as dúvidas sobre o sentido real de sua atitude. Alguém já dizia que política é como as nuvens, olha-se agora estão de um jeito e daqui a pouco estão de outro jeito. E não há ninguém mais político do que Lula neste país. É a verdadeira nuvem.

Desde do sindicato que ele exibe suas mazelas para permanecer no poder até quando lhe convenha. Não repetirei aqui suas atitudes de traição de companheiros e de se fingir de morto na hora certa. Basta apenas ver o que ele dizia do Bolsa Família anos atrás e o que diz agora, aproveitando a absoluta desinformação de um povo sobre quem lhe pede votos.

O lançamento da candidatura Dilma pode ser mais um dos grandes blefes do meu conterrâneo para voltar ao poder, como titular, ao invés de ajudar um poste, gritando do banco de reserva. E é sobre este e outros assuntos sucessórios de que trata o Ruy Fabiano no texto transcrito por mim, abaixo, e que foi publicado, originalmente no Blog do Noblat no último dia 23, com o título: “Projeções sucessórias”.

Eu não acredito que ele esteja usando o Eduardo Campos como massa de manobra nesta história, incentivando sua candidatura, pois acho que ela não é boa para o PT. E para mim, bastaria isto para ser Campos desde criancinha. Eu sei que aparentemente, temos ideologias distintas, pois jamais gostaria de ser chamado de socialista. No entanto, sei, pela sua performance nos cargos que ocupou, que ele só socialista da boca para fora.

Antigamente se dizia dos que eram comunistas e que não gostavam de aparecer como tal, que eram como melancias, verde por fora e vermelho por dentro, já o Eduardo parece ser socialista por fora e capitalista por dentro, ou talvez seja capitalista por for e por dentro.  Aliás, em termos de ideologia, seu avô também nunca se definiu, a não ser dizendo que era de esquerda, mesmo quando apoiava os grandes coronéis.

Tenho certeza de que ele na presidência, será melhor do que o Lula e do que a Dilma, embora, penso que não melhor do que o Aécio. Pelo menos este não teria que andar se explicando tanto quando tivesse que se aliar a alguns políticos, pelo estigma de socialista. E já pensando também em Marina, que até agora não disse a que veio, e só posso constatar que a safra está ruim. Deve ter sido a seca.

Fiquem com o Ruy Fabiano, enquanto eu tiro um descanso, andando por ai na Semana Santa, pedindo a Deus que ilumine o povo brasileiro.

“Embora eleição, qualquer uma, tenha sempre como regente o imponderável, a verdade é que o país se acostumou, nas duas últimas décadas, a lidar ao menos com uma sólida previsibilidade: o embate final entre tucanos e petistas.

Desde a primeira eleição de FHC, em 1994, o duelo se estabeleceu e não mais saiu de cena. Os demais partidos figuraram como coadjuvantes, optando por um dos lados. Aos poucos, porém, essa bipolaridade começa a dar sinais de exaustão.

Já na eleição presidencial passada, registrou-se o fenômeno Marina Silva, que obteve 20 milhões de votos, não tanto por sua liderança pessoal e mais por ter sido catalizadora dos insatisfeitos com o que parecia ser um eterno Fla x Flu político.

A eleição do ano que vem, não obstante a precocidade com que está sendo discutida, parece reservar um quadro diferente do habitual. A candidatura do governador pernambucano Eduardo Campos (PSB) quebra a lógica bipartidária até aqui vigente.

É ainda um sinal, não uma garantia. Quando não há fatos concretos, a chamada teoria da conspiração tende a se instalar. É o que ocorre nesta fase. Sabe-se que Campos é hoje a maior liderança política do Nordeste, região em que o PT, nas quatro eleições em que derrotou o PSDB, garantiu sua maioria.

Isso pode mudar: a se confirmar a candidatura de Campos, o PT estaria ameaçado de conservar sua hegemonia. Campos pode não ter suficiente projeção nacional para ganhar a eleição, mas pode complicá-la e tornar-se o fiel da balança: para onde pender, num hipotético segundo turno, estaria o vencedor.

Isso já o faz ser tratado a pão-de-ló por governistas e oposicionistas. Lula já esteve com ele e, ao que se saiba, não o dissuadiu a desistir. José Serra e Aécio Neves também o abordaram. De concreto, nenhum acordo transpirou, até porque o jogo nem começou.

O que há são ensaios, escaramuças para tomar o pulso do processo. E é aí que, na ausência de fatos, abundam versões – uma verossímeis, outras não.

Diz-se, por exemplo, que o próprio Lula seria um incentivador de Campos. Como ele próprio continua a sonhar com sua volta ao Planalto – e não vendo como tirar a presidente Dilma do páreo -, teria precipitado a campanha, lançando-a.

Sabe-se que, em política, quem sai na frente se expõe ao sol e ao sereno antes dos outros. Lula, segundo essa versão, estaria apostando no desgaste (até aqui não confirmado) da presidente, tendo em vista uma anunciada crise econômica que abalaria os alicerces de sua popularidade.

O que dá crédito a essa versão é o fato de Lula já ter declarado que só será candidato se Dilma, nas vésperas do pleito, não se mostrar competitiva – e isso só tem chances de ocorrer se a economia der com os burros n’água.

Já do ponto de vista tucano, a candidatura de Campos é uma mão na roda, pois, dividindo o Nordeste, pode ensejar a volta do PSDB ao poder. Aécio, amigo de Campos e seu interlocutor há anos, acredita (e joga) nessa hipótese.

Quanto a Serra, o que se diz é que não desistiu de seu sonho presidencial. Costuma dizer que Lula perdeu três eleições presidenciais – uma para Collor em dois turnos e duas no primeiro turno, para FHC - antes de se eleger, enquanto ele, Serra, perdeu apenas duas, ambas por estreita margem, no segundo turno.

Obsessão? Pode ser, mas a verdade é que ninguém chega lá sem obstinação. O PPS, aliado de Serra em todas as campanhas, já lhe ofereceu legenda. Não se sabe o que Serra disse, mas, numa eventual aceitação, ambos lucrariam: o PPS deixaria pela primeira a coadjuvância, enquanto Serra teria nova oportunidade de renovar seu sonho. Quem viver, verá.”

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