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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Resultado da enquete do mensalão e uma nova enquete





Por Zé Carlos

Disse antes, neste mesmo blog (aqui) que a AGD estava partindo para a América (Estados Unidos) proximamente. Como administrador, e hoje, devido aos desfalques na equipe por bons e justificáveis motivos, pousando de ditador liberal desta mídia, vou com a AGD, muito constrangido em deixar para trás duas coisas que eu acho extremamente importantes para o Brasil: As eleições e o julgamento do mensalão.

Estou indo para um país onde há os mesmos eventos mas com feições extremamente diferentes. As eleições e o mensalão se confundem, lá, no rio de dinheiro que corre a céu aberto em suas campanhas. Estive lendo a respeito das cifras que ambos os candidatos de lá arrecadam e nunca vi nenhuma denúncia como aquelas que geraram o mensalão daqui.

A questão de como financiar campanhas eleitorais em nossas democracias é um ponto crucial e deveria ser motivo de estudo por parte dos nossos parlamentares e cientistas políticos, perfis em que não me enquadro muito bem. Todos sabem que os candidatos tem que divulgar seus nomes, e que, com a profissionalização da política, o custo das campanhas termina tentando alguns a obter retornos a partir do erário. Dizem que o financiamento público evitaria isto. Outros dizem que o financiamento privado leva ao abuso do poder econômico. Para mim é só uma questão de optar entre uma sociedade cuja economia dar ênfase à atividade pública e outro onde o Estado deve imperar nas atividades produtivas. Infelizmente, vivemos numa economia dita mista, e, não sabendo o que queremos, aí aparecem os “mensalões”.

Na América parece que as pessoas não têm vergonha de pedir dinheiro, vendendo suas ideologias para empregá-las, quando eleitos, de dentro do setor público, em benefício da sociedade. Uma das coisas que gostaria de saber é sobre o grau de comprometimento com as ideias depois das eleições. Lá, porque aqui eu já sei que é muito pequeno. O cara ou a cara se elege para cuidar dos pobres e faz doações a Eike Batista, dizendo que isto é bom para o emprego. Como em ideologia cabe tudo, até para isto há justificativas.

Mas, voltemos à vaca fria das enquetes. Tempos atrás premidos pela novidade do julgamento do mensalão, perguntamos aos bom-conselhenses interessados, e, pelo número de votantes, foram muitos (91), quantos dos réus do mensalão seriam condenados. A grande maioria ou 60% dos votantes acharam que todos seriam condenados. Eu não direi que perderam todos pois não considero o caso daquele mensaleiro que foi colocado lá por engano, tire o mérito de quem votou assim.

Vejam abaixo o resultado:

Nenhum - 25 (27%)
1 (um) - 1 (1%)
2 (dois)  - 1 (1%)
3 (três) -  2 (2%)
4 (quatro)  - 0 (0%)
5 (cinco) -  0 (0%)
Mais de 5 (cinco) - 7 (7%)
 Todos -  55 (60%)

O segundo grupamento de eleitores em número (25), achou que nenhum deles seria condenado. Se este resultado refletisse os anseios do povo brasileiro e eles fossem atendidos pelo supremo, a condenação de todos seria uma catarse nacional. Mas, não podemos inferir que o voto seja um anseio e sim uma constatação, o que nos faria analisar o resultado como uma prova de quanto os ministros serão carrascos.

No entanto, como eu sei, toda análise de enquetes é complicada e aqui eu a deixo com os leitores.

Pensamos em outra enquete, e não é porque estamos indo para a América que proporemos uma para verificar se é o Mitt Romney ou Barack Obama que deveria ser o presidente americano. Meu coração ainda ficará em Bom Conselho, e meu cérebro em suas eleições. Portanto, estamos lançando a segunda rodada para aferição de quem os eleitores gostariam que sentassem, a partir do próximo ano, na cadeira principal do Palácio José Abílio.

A pergunta será:

“Se as eleições fossem hoje, em quem você votaria para prefeito de Bom Conselho?”

As alternativas são, como sempre em ordem alfabética e com os nomes conhecidos pelos eleitores:

Capitão Boanerges
Danillo Godoy
Judith Alapenha
Washington Azevedo
Branco
Nulo

Espero que a enquete desperte tanto o interesse do eleitorado como a anterior, mesmo com suas limitações na interpretação. Vocês tem 15 dias para votar. Então votem!

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