Por Zé Carlos
Disse antes, neste mesmo blog (aqui)
que a AGD estava partindo para a América (Estados Unidos) proximamente. Como
administrador, e hoje, devido aos desfalques na equipe por bons e justificáveis
motivos, pousando de ditador liberal desta mídia, vou com a AGD, muito
constrangido em deixar para trás duas coisas que eu acho extremamente
importantes para o Brasil: As eleições e o julgamento do mensalão.
Estou indo para um país onde há os mesmos eventos mas com
feições extremamente diferentes. As eleições e o mensalão se confundem, lá, no
rio de dinheiro que corre a céu aberto em suas campanhas. Estive lendo a
respeito das cifras que ambos os candidatos de lá arrecadam e nunca vi nenhuma
denúncia como aquelas que geraram o mensalão daqui.
A questão de como financiar campanhas eleitorais em nossas
democracias é um ponto crucial e deveria ser motivo de estudo por parte dos
nossos parlamentares e cientistas políticos, perfis em que não me enquadro
muito bem. Todos sabem que os candidatos tem que divulgar seus nomes, e que,
com a profissionalização da política, o custo das campanhas termina tentando
alguns a obter retornos a partir do erário. Dizem que o financiamento público
evitaria isto. Outros dizem que o financiamento privado leva ao abuso do poder
econômico. Para mim é só uma questão de optar entre uma sociedade cuja economia
dar ênfase à atividade pública e outro onde o Estado deve imperar nas
atividades produtivas. Infelizmente, vivemos numa economia dita mista, e, não
sabendo o que queremos, aí aparecem os “mensalões”.
Na América parece que as pessoas não têm vergonha de pedir
dinheiro, vendendo suas ideologias para empregá-las, quando eleitos, de dentro
do setor público, em benefício da sociedade. Uma das coisas que gostaria de
saber é sobre o grau de comprometimento com as ideias depois das eleições. Lá,
porque aqui eu já sei que é muito pequeno. O cara ou a cara se elege para
cuidar dos pobres e faz doações a Eike Batista, dizendo que isto é bom para o
emprego. Como em ideologia cabe tudo, até para isto há justificativas.
Mas, voltemos à vaca fria das enquetes. Tempos atrás
premidos pela novidade do julgamento do mensalão, perguntamos aos
bom-conselhenses interessados, e, pelo número de votantes, foram muitos (91),
quantos dos réus do mensalão seriam condenados. A grande maioria ou 60% dos
votantes acharam que todos seriam condenados. Eu não direi que perderam todos
pois não considero o caso daquele mensaleiro que foi colocado lá por engano,
tire o mérito de quem votou assim.
Vejam abaixo o resultado:
Nenhum - 25 (27%)
1 (um) - 1 (1%)
2 (dois) - 1 (1%)
3 (três) - 2 (2%)
4 (quatro) - 0 (0%)
5 (cinco) - 0 (0%)
Mais de 5 (cinco) - 7
(7%)
Todos - 55 (60%)
O segundo grupamento de eleitores em número (25), achou que
nenhum deles seria condenado. Se este resultado refletisse os anseios do povo
brasileiro e eles fossem atendidos pelo supremo, a condenação de todos seria
uma catarse nacional. Mas, não podemos inferir que o voto seja um anseio e sim
uma constatação, o que nos faria analisar o resultado como uma prova de quanto
os ministros serão carrascos.
No entanto, como eu sei, toda análise de enquetes é complicada
e aqui eu a deixo com os leitores.
Pensamos em outra enquete, e não é porque estamos indo para
a América que proporemos uma para verificar se é o Mitt Romney ou Barack Obama
que deveria ser o presidente americano. Meu coração ainda ficará em Bom Conselho,
e meu cérebro em suas eleições. Portanto, estamos lançando a segunda rodada
para aferição de quem os eleitores gostariam que sentassem, a partir do próximo
ano, na cadeira principal do Palácio José Abílio.
A pergunta será:
“Se as eleições
fossem hoje, em quem você votaria para prefeito de Bom Conselho?”
As alternativas são, como sempre em ordem alfabética e com
os nomes conhecidos pelos eleitores:
Capitão Boanerges
Danillo Godoy
Judith Alapenha
Washington Azevedo
Branco
Nulo
Espero que a enquete desperte tanto o interesse do
eleitorado como a anterior, mesmo com suas limitações na interpretação. Vocês
tem 15 dias para votar. Então votem!
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