Por Zezinho de Caetés
Hoje é o primeiro dia do segundo semestre de 2015. Data sem
muito apelo histórico, a não ser pelo fato de que ainda temos três anos e meio
pela frente, do governo Dilma, e, se os brasileiros não forem tão burros quanto
foram nas eleições do ano passado, a tirarem
o PT do poder, antes disto. Será que esperaremos mais este tempo todo com a “mandioca” espetada em nossa garganta?
A situação política é muito difícil, e, o que é pior, leva a
situação econômica a piorar, num ciclo vicioso difícil para o Brasil. Enquanto
aqui as casas do parlamento se digladiam para ver quem é mais irresponsável com
o aumento de despesas no futuro (ontem o Senado aprovou aumento do
funcionalismo e câmara aprovou a quebra do fator previdenciário) que vai ser
difícil de encontrar alguém para sanar tal buraco, a Dilma diz fala besteiras
em Washington. Seremos uma nova Grécia? Porque uma tragédia grega, nós já
temos.
Eu penso que a Dilma não comemorará o quinto ano de governo.
Aliás, pelo que ela anda dizendo de besteiras pelo mundo afora, o fim está
próximo. E o texto que transcrevo abaixo dar mais explicações do porquê de
nossas dificuldades (“Sem saída” –
Hubert Alquéres – Blog do Noblat – 01/07/2015).
Ontem, na frente de Obama, bicho esperto e sabido da
política, ela disse que só demitiria algum ministro, premiadamente delatado,
quando se mostrassem as provas. Ou seja, assumiu o Lula que há dentro dela,
ainda, já que ela já saiu de dentro do Lula faz tempo. Ora, minha cara gerenta
presidenta, do jeito que a Justiça é lenta no Brasil, estas provas, na melhor
das hipóteses (caso do mensalão) aparecerão daqui a cinco anos. Se a coisa
continuar como estar, quando elas chegarem, o Mercadante e o Edinho já estarão
vendendo picolé na Avenida Paulista.
No entanto, as besteiras da Dilma soam como música aos meus
ouvidos, por saber que ela agora está se tornando cada dia mais popular e
conhecida como a “Mandioca Woman”,
louvada até pelo Obama. E, é um fato que o brasileiro não aguenta mais viver
com uma mandioca espetada.
Fiquem com o Hubert, que eu irei pesquisar na internet a
última da Dilma.
“Não é a primeira vez que o Brasil passa por momentos extremamente
difíceis, no período pós 1964. Já vivemos outras crises, mas, ao contrário da
atual, vislumbrou-se uma saída e conseguimos atravessar as tempestades.
Assim foi na transição democrática, onde José Sarney assumiu o governo
respaldado pelo sentimento dos brasileiros, por quase todos os partidos e por
um Parlamento que tinha credibilidade.
No governo Collor, a crise brava tinha certa similaridade com a atual.
Era também de natureza ética, econômica e política. Mas ali surgiram
ingredientes positivos para a sua superação. As ruas explodiram em
descontentamento e o movimento dos caras-pintadas despertou esperanças e
orgulho de ser brasileiro, de onde brotou a certeza de que era possível
atravessar a tormenta pelo caminho institucional e constitucional.
O Legislativo entendeu os sentimentos das ruas. Cumpriu seu papel
através de uma CPI e do impeachment de Collor. Adotada a saída constitucional,
todos os partidos responsáveis respaldaram o governo de Itamar Franco. O país pode voltar, assim, à normalidade.
O particular da tragédia atual é que não há um movimento aglutinador em
torno de uma saída. Temos um governo extremamente enfraquecido, a três anos e
meio do fim do seu segundo mandato. E uma presidente que marcha aceleradamente
para a beira do precipício, cercada de crises e pressões por todos os lados.
Nesse mar tormentoso, são grandes os riscos de Dilma Rousseff ceder às
pressões de Lula e do PT para tentar emparedar a operação Lava-jato, leia-se o
Judiciário, enquadrar a Polícia Federal e rifar o ajuste fiscal de Joaquim Levy.
Para sobreviver, Dilma pode ter uma recaída populista que só espantará
mais ainda os investidores externos e os poucos que restam internamente. Puxada
para o centro do furacão da Lava-jato, Dilma tende a assumir o discurso
belicoso, o que explica suas palavras desvairadas, nos Estados Unidos.
O estado de nervos à flor da pele vivida pela presidente tem suas
explicações. Os tribunais de Contas da
União e Superior Eleitoral fazem um movimento de “retificação de rumos” que, na
prática, significa o fim do jogo de mentirinha tanto na aprovação das contas
eleitorais, como das contas da União.
Vai ficando para trás o tempo da aprovação com ressalvas. Os pareceres
dessas duas instâncias podem complicar, seriamente, a vida da presidente. E
enfraquece-la ainda mais.
Para onde Dilma olhar, só verá coisas ruins. Os dados econômicos
deterioram-se rapidamente. Inflação, desemprego, queda do PIB e da renda dos
brasileiros, inadimplência, paralização dos negócios.
Não sabemos, sequer, se já chegamos ao fundo do poço. Provavelmente
não.
Qual seria o fórum apropriado para se estabelecer uma saída
institucional, a exemplo do que aconteceu nas crises passadas?
O Parlamento, claro. Mas este não está à altura do momento histórico. A
Câmara dos Deputados, que o diga. Vem
operando na contramão ao aprovar medidas populistas sem sustentabilidade, que
comprometem a saúde do sistema previdenciário. Registre-se, por uma questão de
justiça, que isto tem acontecido com uma mãozinha da oposição, incluindo os
tucanos, com raras e honrosas exceções.
Como se fosse pouco, a Câmara adota uma postura jihadista e uma pauta
absolutamente extemporânea. E seu presidente resolve tirar da cachola a
proposta de parlamentarismo, numa evidente manobra diversionista.
A equação governo cambaleante, errático-Parlamento oportunista,
populista e autoritário é o que há de mais particular na crise atual.
Sem quebrar e superar esse binômio continuaremos mergulhados no
pântano.
Os brasileiros não merecem isso.”
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