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quarta-feira, 1 de julho de 2015

Dilma - A "Mandioca Woman"




Por Zezinho de Caetés

Hoje é o primeiro dia do segundo semestre de 2015. Data sem muito apelo histórico, a não ser pelo fato de que ainda temos três anos e meio pela frente, do governo Dilma, e, se os brasileiros não forem tão burros quanto foram nas eleições do ano passado,  a tirarem o PT do poder, antes disto. Será que esperaremos mais este tempo todo com a “mandioca” espetada em nossa garganta?

A situação política é muito difícil, e, o que é pior, leva a situação econômica a piorar, num ciclo vicioso difícil para o Brasil. Enquanto aqui as casas do parlamento se digladiam para ver quem é mais irresponsável com o aumento de despesas no futuro (ontem o Senado aprovou aumento do funcionalismo e câmara aprovou a quebra do fator previdenciário) que vai ser difícil de encontrar alguém para sanar tal buraco, a Dilma diz fala besteiras em Washington. Seremos uma nova Grécia? Porque uma tragédia grega, nós já temos.

Eu penso que a Dilma não comemorará o quinto ano de governo. Aliás, pelo que ela anda dizendo de besteiras pelo mundo afora, o fim está próximo. E o texto que transcrevo abaixo dar mais explicações do porquê de nossas dificuldades (“Sem saída” – Hubert Alquéres – Blog do Noblat – 01/07/2015).

Ontem, na frente de Obama, bicho esperto e sabido da política, ela disse que só demitiria algum ministro, premiadamente delatado, quando se mostrassem as provas. Ou seja, assumiu o Lula que há dentro dela, ainda, já que ela já saiu de dentro do Lula faz tempo. Ora, minha cara gerenta presidenta, do jeito que a Justiça é lenta no Brasil, estas provas, na melhor das hipóteses (caso do mensalão) aparecerão daqui a cinco anos. Se a coisa continuar como estar, quando elas chegarem, o Mercadante e o Edinho já estarão vendendo picolé na Avenida Paulista.

No entanto, as besteiras da Dilma soam como música aos meus ouvidos, por saber que ela agora está se tornando cada dia mais popular e conhecida como a “Mandioca Woman”, louvada até pelo Obama. E, é um fato que o brasileiro não aguenta mais viver com uma mandioca espetada.

Fiquem com o Hubert, que eu irei pesquisar na internet a última da Dilma.

“Não é a primeira vez que o Brasil passa por momentos extremamente difíceis, no período pós 1964. Já vivemos outras crises, mas, ao contrário da atual, vislumbrou-se uma saída e conseguimos atravessar as tempestades.

Assim foi na transição democrática, onde José Sarney assumiu o governo respaldado pelo sentimento dos brasileiros, por quase todos os partidos e por um Parlamento que tinha credibilidade.

No governo Collor, a crise brava tinha certa similaridade com a atual. Era também de natureza ética, econômica e política. Mas ali surgiram ingredientes positivos para a sua superação. As ruas explodiram em descontentamento e o movimento dos caras-pintadas despertou esperanças e orgulho de ser brasileiro, de onde brotou a certeza de que era possível atravessar a tormenta pelo caminho institucional e constitucional.

O Legislativo entendeu os sentimentos das ruas. Cumpriu seu papel através de uma CPI e do impeachment de Collor. Adotada a saída constitucional, todos os partidos responsáveis respaldaram o governo de Itamar Franco.  O país pode voltar, assim, à normalidade.

O particular da tragédia atual é que não há um movimento aglutinador em torno de uma saída. Temos um governo extremamente enfraquecido, a três anos e meio do fim do seu segundo mandato. E uma presidente que marcha aceleradamente para a beira do precipício, cercada de crises e pressões por todos os lados.

Nesse mar tormentoso, são grandes os riscos de Dilma Rousseff ceder às pressões de Lula e do PT para tentar emparedar a operação Lava-jato, leia-se o Judiciário, enquadrar a Polícia Federal e rifar o ajuste fiscal de Joaquim Levy.

Para sobreviver, Dilma pode ter uma recaída populista que só espantará mais ainda os investidores externos e os poucos que restam internamente. Puxada para o centro do furacão da Lava-jato, Dilma tende a assumir o discurso belicoso, o que explica suas palavras desvairadas, nos Estados Unidos.

O estado de nervos à flor da pele vivida pela presidente tem suas explicações.  Os tribunais de Contas da União e Superior Eleitoral fazem um movimento de “retificação de rumos” que, na prática, significa o fim do jogo de mentirinha tanto na aprovação das contas eleitorais, como das contas da União.

Vai ficando para trás o tempo da aprovação com ressalvas. Os pareceres dessas duas instâncias podem complicar, seriamente, a vida da presidente. E enfraquece-la ainda mais.

Para onde Dilma olhar, só verá coisas ruins. Os dados econômicos deterioram-se rapidamente. Inflação, desemprego, queda do PIB e da renda dos brasileiros, inadimplência, paralização dos negócios.

Não sabemos, sequer, se já chegamos ao fundo do poço. Provavelmente não.

Qual seria o fórum apropriado para se estabelecer uma saída institucional, a exemplo do que aconteceu nas crises passadas?

O Parlamento, claro. Mas este não está à altura do momento histórico. A Câmara dos Deputados, que o diga.  Vem operando na contramão ao aprovar medidas populistas sem sustentabilidade, que comprometem a saúde do sistema previdenciário. Registre-se, por uma questão de justiça, que isto tem acontecido com uma mãozinha da oposição, incluindo os tucanos, com raras e honrosas exceções.

Como se fosse pouco, a Câmara adota uma postura jihadista e uma pauta absolutamente extemporânea. E seu presidente resolve tirar da cachola a proposta de parlamentarismo, numa evidente manobra diversionista.

A equação governo cambaleante, errático-Parlamento oportunista, populista e autoritário é o que há de mais particular na crise atual.

Sem quebrar e superar esse binômio continuaremos mergulhados no pântano.


Os brasileiros não merecem isso.”

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