Por Zé Carlos
Eu tinha razão, quando disse que
esta semana prometia. E não deu outra. Nossa musa colaboradora, a Dilma, voltou
a reinar no humorismo nacional. Hoje, ninguém fala mais em Tiririca. Além de se
encontrar com o presidente do STF em Portugal, quando, segundo a mídia, foi
verificar se a Lava Jato a lavou o suficiente para que o Lewandowski,
presidente de nossa Suprema Corte a defenda, num encontro secreto com ele, ela
deu uma entrevista à Folha de São Paulo, onde diz:
- "Eu não vou cair. Eu não vou, eu não vou. Isso aí é
moleza, é luta política"
E foi além:
- "Não tem base para eu cair, e venha tentar. Se tem
uma coisa que não tenho medo é disso"
Pararam de rir? Esperem para ver o
filme do UOL que colocamos lá em baixo. Ele é um pouco curto, mas, isto é
compreensível pela violência da luta entre os principais contendores da
política nacional. A Dilma, o Aécio e o Cunha. Por enquanto, fiquemos na
narração dos fatos, que cercam esta entrevista, que mais parece a expressão de
um último desejo de um condenado à morte política. Eu fiquei até pensando que a
mandioca que a Dilma saudou com tanta efusividade era “mandioca braba” e não “mandioca
mansa”, que como todos sabem é difícil de discernir entre uma e outra. Ou seja,
ela também pode ter comida dela e ficou com uma quantidade letal de “ácido
cianídrico” no organismo (esta coluna também é ciência pura).
Lembram da aparição do Collor na
TV pedindo que não o deixassem só? Quando ouvi a entrevista citada da Dilma, só
o senador alagoano me vinha à mente. “Vamos
inundar este Brasil de verde amarelo...”, dizia ele, quando estava nos
estertores do seu governo, e o povo respondeu ao seu apelo vestindo-se de
preto. Infelizmente, nossa colaboradora Dilma não pode dizer o mesmo, porque,
se o fizer, vão dizer que ela está de acordo com os movimentos que a querem
fora do governo, pois eles é que vestem verde e amarelo. E, o pior, é que não
pode nem dizer: “Vamos inundar este
Brasil de vermelho....”, porque o Lula vai impedir, pois o vermelho é sua
cor preferida para voltar em 2018.
Ela tinha que partir para o que
ela sabe fazer de verdade: humor. E, quando o entrevistador disse que a
oposição estava prevendo que ela não terminaria o mandato, tascou:
“Isso do ponto de vista de uma certa oposição um tanto
quanto golpista. Eu não vou terminar por quê? Para tirar um presidente da
República, tem que explicar por que vai tirar. Confundiram seus desejos com a
realidade, ou tem uma base real? Não acredito que tenha uma base real.
Não acho que toda a oposição que seja assim. Assim como tem
diferenças na base do governo, tem dentro da oposição. Alguns podem até tentar,
não tenho controle disso. Não é necessário apenas querer, é necessário provar.”
E vejam se isto não nos lembra um
personagem da época de Escolinha do Professor Raimundo, que ao comentar fatos históricos, como por
exemplo, o de que Tiradentes foi enforcado, ele pedia provas de tudo, como a
grossura da corda e o nome do carrasco. E só ao pensar nisso, não há como não
rir. A Dilma não acredita que se tenha base real para o impeachment, ou mesmo
para que ela renuncie. Talvez seja o medo de ficar desempregada como todos os
brasileiros hoje têm. Eu já disse e repito, que, quando ela sair da
presidência, terá um emprego certo, aqui, nesta coluna semanal como colaboradora.
Sendo assim não tema, minha musa, renuncie, que é mais rápido. Tenha cuidado
que, se o povo brasileiro apelar para a Teoria do Domínio do Fato, teremos uma
prova do tamanho do Brasil.
Mas, nem só de Dilma viveu esta
semana de humor. O Aécio andou se proclamando “presidente da república”, num ato falho, quando foi reeleito
presidente do principal partido de oposição. Mas, pareceu premonitório, pois
uma pesquisa do IBOPE, divulgada esta semana, mostra que ele bateria o Lula
numa eleição para presidente. Claro se as eleições “fossem hoje”. Mas, se o Lula continuar insistindo em ser uma “metamorfose ambulante”, em busca do
poder, não será só hoje. O Lula, agora só ganha as eleições na classe que ganha
menos de um salário mínimo, que tem menos de 4 anos de escolaridade, e no
nordeste, nossa região, que já foi uma promessa feita pela SUDENE, e parece que
quer morrer junto com este órgão de saudosa memória, pelo menos para mim. Ou seja, hoje os eleitores de Lula para votar,
ao invés de mostrar o Título de Eleitor, deve mostrar a carteirinha do Bolsa
Família. Hoje, só riso resta!
E também, nem só de humor
nacional, vive esta coluna. Temos a “comédia
grega”. Os gregos fizeram um plebiscito para decidir se queriam ou não
continuar com um plano de austeridade: Sim ou não? É claro que, os gregos, que,
no passado, não eram burros, disseram que não. Ora, quem diria sim? Pois,
imaginem que a situação está tão ruim que o “sim” quase empatou com o “não”.
E veio o seu primeiro ministro, depois do resultado do plebiscito, propor um
plano de austeridade para quem disse sim ou não. Começaram a rir? Então parem.
Foi porque ele descobriu que sem dinheiro, não tem escolha. Eu sei que tem,
mas, esta coluna semanal ainda não é escrita em grego. Se fosse, o riso
resolveria o problema, até dos gregos.
Entretanto, deixemos os gregos de
lado, porque aqui temos assunto suficiente até para fazer rir aquela bailarina
do Chacrinha, que nunca ria. Vocês souberam que o Renan se tornou réu num
processo que ele é acusado de colocar no Orçamento da União, emendas que favoreceram
à construtora Mendes Júnior? A pergunta é: Mais uma construtora? Já não bastava
as da Lava Jato? Claro que não. No Brasil, quando temos que rir, o riso deve
ser total. E estão pensando que o adjutório feito à construtora foi para
construir alguma coisa? Que nada! O que foi pedido em troca foi o custeio de
uma filha dele, vinda de um relacionamento extraconjugal, com uma repórter.
Então temos, na presidência do Senado, o quarto lugar na linha de sucessão do
trono de nossa musa, a Dilma, um réu. E sabem qual é a principal linha de sua
defesa? Que o dinheiro vinha da venda de gado. Pobre dos bois e pobres vacas. Então,
como sempre disse, rir é o melhor remédio.
Mesmo, que tergiversemos e
procuremos nos alhear de assuntos pouco risonhos, não tem jeito. É só pensar em
nossa situação política e tudo vem abaixo. O riso abunda. Por exemplo, basta
pensar, se ao contrário do que a nossa musa, a Dilma diz, de que “daqui não saio, daqui ninguém me tira...”,
ela não estiver falando sério, o que acreditamos, e ela sair? Já pensaram na
linha de sucessão ao trono. Se o Temer não cair junto, ficaremos com um
mordomo, com pinta de Drácula de terno, mas, pelo menos voltaremos a ter uma
primeira dama charmosa. Se ele cair também, aí virá o Cunhão, aquele que, além
de indiciado pela Lava Jato, parece um coveiro de crematório, que quer ver tudo
virar cinza. E, se o Cunha não assumir, quem assume é o Renan, que,
provavelmente, dirigirá o Brasil, tendo como primeiro ato, transferir algum
presídio para o Palácio do Planalto, pois, afinal de contas “dura Lex, sed Lex”.
E agora, tenho que parar, porque
sei que a Dilma lê esta coluna e vai ver que ela flerta com a ideia desta
transferência? Aí é que ela não sai mesmo, para a tristeza desta coluna. Fiquem
com o curto e divertido filme do UOL, resumido no roteiro do produtores, mas
que, nem de longe é mais hilário do que o noticiário semanal. E tenham uma boa
semana.
“Clima de Street Fighter em Brasília! Enquanto governo e
oposição discutem se as tentativas de afastar a presidente Dilma Rousseff (PT)
do poder são golpe ou instrumentos legais, a petista também enfrentou um
adversário de peso: Eduardo Cunha, presidente da Câmara.”
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