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quinta-feira, 2 de julho de 2015

Dilma perdeu a memória, a razão e o chão




Por Zezinho de Caetés

Bem, ontem falei sobre a “Mandioca Woman”, que é o epíteto adequado à nossa gerenta presidenta Dilma, que está mais perdida do cego em tiroteio, como dizíamos lá no nosso interior, meu e do Lula. Este, o Lula, foi a Brasília, aproveitar a ausência de sua criatura, para tacar-lhe a mandioca, o que é o novo esporte nacional. E hoje estou muito atarefado para escrever muito e principalmente, porque tem tanta gente dizendo o que queremos dizer que é impossível não nos tornarmos redundante, neste Brasil redundante.

Então, o que fiz eu para contemplar os meus leitores? Hoje trancrevo dois textos. O primeiro, curtinho e grossinho, é do Ricardo Noblat, e tem como título: “Tome jeito, presidente! Ainda não perdemos a memória”. O segundo que vem logo em seguida é do José Aníbal, também publicado ontem, com o título de: “Dilma perde o chão” (Os dois no Blog do Noblat).

Aos lê-los vocês descobrirão, se já não o fizeram, que a Dilma não perdeu só o chão. Ela perdeu foi a razão, e só espero que isto faça-lhe perder o cargo, desejo maior de 90% dos brasileiros. Alguns dos motivos são dados pelos textos abaixo. Leiam, enquanto eu vou procurar uma madeira para bater, ou um pai de santo para me dar uns passes. A coisa está preta.

“Nada pior para a imagem da presidente Dilma Rousseff do que comparar o que ela anda dizendo com o que ela disse. Por sinal, poucos políticos, ou gerentes como ela, resistem a esse teste.

Dilma anda baixando o pau no que chama de “vazamento seletivo”. Refere-se a trechos da delação premiada do empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC, publicados pela VEJA.

Ela alega que nem mesmo o governo teve acesso à integra das delação. E que só vazaram trechos que deixam mal o governo, ministros, o PT, Lula e ela mesma.

Ocorre que em 16 de outubro de 2014, durante um debate presidencial, Dilma foi informada por assessores de que o delator Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, informara que havia repassado propinas de R$ 10 milhões ao ex-presidente do PSDB, Sérgio Guerra.

A notícia acabara de ser divulgada pelo portal UOL. Dilma não se preocupou com “vazamento seletivo”. Foi logo cobrando explicações do seu adversário Aécio Neves (PSDB).

Vazamento a favor dela, vale. Contra, não. É isso?

Dilma comparou delação premiada com deduragem na época da ditadura militar de 64. A maioria dos presos políticos que dedurou alguém foi mediante tortura. Nenhum preso da Lava Jato foi torturado.

Delação premiada é um método legítimo de se obter informações. No passado, Dilma se ufanou de ter sancionado a lei que introduziu a delação premiada entre nós. Disse que ela ajudaria no combate à corrupção.

Ora, ora, ora...

Será que Dilma esqueceu que foi ela que sancionou a lei? Quando o fez, a delação seria uma coisa positiva, e agora deixou de ser?

Delação só serve a favor? Contra não?”


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“A reação da presidente Dilma Rousseff ao conteúdo da delação premiada de Ricardo Pessoa, homologada pelo ministro Teori Zavascki, mostra que o governo, se já não tinha rumo, perdeu também o chão. O que se viu nos EUA foi uma Dilma disparatada. Traída pelas próprias palavras, mostrou-se mais fragilizada do que se supunha.

Ao fustigar o empreiteiro e compará-lo a Joaquim Silvério dos Reis, delator da Inconfidência Mineira, Dilma Rousseff, de certa forma, admitiu a comparsaria. Afinal, só está apto a trair quem goza de confiança e intimidade. Ficou subentendido que ambos, até o silêncio rompido pela delação, estavam no mesmo barco.

Agora a presidente tenta desqualificar a Lava Jato como se as delações não fossem amparadas em documentação probatória. Como lembrou o ex-ministro Joaquim Barbosa, delação premiada “é um instituto penal-processual previsto em lei no Brasil” e uma presidente não deve “investir politicamente contra as leis vigentes”.

Aliás, aos poucos, Sérgio Moro e Joaquim Barbosa vão se tornando a mesma pessoa. Pela indiferença aos rugidos do poder, ambos, para o PT, viraram a encarnação do arbítrio e do desmando. Sentindo o cheiro de Papuda no ar, resta ao governo partidarizar tudo. A fórmula é velha: turva-se a água para nada mais parecer cristalino. Se todos são sujos, não há o que punir.

Mas o poder de enganar tem limite. O povo não é bobo. Manipular dados econômicos, administrar por meio de déficits e fraudar eleições nada têm a ver com ideologia ou luta de classes. São atentados contra o jogo democrático – aliás, não à toa tipificados como crimes. Os governos perdem a autoridade se não são legítimos. E esse aí não é mais.

Vendo o escândalo se aconchegar ao seu gabinete, Dilma alertou que não admitirá que se insinue contra o governo ou sua campanha. E que “seus” ministros tomarão providências caso isso ocorra. Quer dizer que é papel do governo defender malfeitos do partido na campanha? Essa é a reação de Estado que a companheira tem a oferecer?

Ao contrário da ditadura, quando o Estado de Direito estava em suspenso, as instituições têm dado provas de grande vigor. Funcionam como órgãos de Estado, não de governo. O Procurador-geral referiu-se ao esquema de corrupção como descomunal. O STF homologou a delação. A PF faz suas diligências. Onde está a arbitrariedade?


Revelador e incomum é que uma presidente em exercício, com o governo atolado numa crise institucional, terceirize sua autoridade política, até porque não pode mais sustentá-la. As decisões importantes do país não podem entrar em recesso porque Dilma Rousseff não sabe o que fazer. Pior: deixar Lula tomando conta da crise em seu lugar constrange mesmo os 10% que ainda lhe permanecem fiéis.”

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