Por Zezinho de Caetés
Bem, ontem falei sobre a “Mandioca Woman”, que é o epíteto adequado à nossa gerenta
presidenta Dilma, que está mais perdida do cego em tiroteio, como dizíamos lá
no nosso interior, meu e do Lula. Este, o Lula, foi a Brasília, aproveitar a
ausência de sua criatura, para tacar-lhe a mandioca, o que é o novo esporte
nacional. E hoje estou muito atarefado para escrever muito e principalmente,
porque tem tanta gente dizendo o que queremos dizer que é impossível não nos
tornarmos redundante, neste Brasil redundante.
Então, o que fiz eu para contemplar os meus leitores? Hoje
trancrevo dois textos. O primeiro, curtinho e grossinho, é do Ricardo Noblat, e
tem como título: “Tome jeito,
presidente! Ainda não perdemos a memória”. O segundo que vem logo em
seguida é do José Aníbal, também publicado ontem, com o título de: “Dilma perde o chão” (Os dois no Blog do
Noblat).
Aos lê-los vocês descobrirão, se já não o fizeram, que a
Dilma não perdeu só o chão. Ela perdeu foi a razão, e só espero que isto
faça-lhe perder o cargo, desejo maior de 90% dos brasileiros. Alguns dos
motivos são dados pelos textos abaixo. Leiam, enquanto eu vou procurar uma
madeira para bater, ou um pai de santo para me dar uns passes. A coisa está
preta.
“Nada pior para a imagem da presidente Dilma Rousseff do que comparar o
que ela anda dizendo com o que ela disse. Por sinal, poucos políticos, ou
gerentes como ela, resistem a esse teste.
Dilma anda baixando o pau no que chama de “vazamento seletivo”.
Refere-se a trechos da delação premiada do empresário Ricardo Pessoa, dono da
UTC, publicados pela VEJA.
Ela alega que nem mesmo o governo teve acesso à integra das delação. E
que só vazaram trechos que deixam mal o governo, ministros, o PT, Lula e ela
mesma.
Ocorre que em 16 de outubro de 2014, durante um debate presidencial,
Dilma foi informada por assessores de que o delator Paulo Roberto Costa,
ex-diretor da Petrobras, informara que havia repassado propinas de R$ 10
milhões ao ex-presidente do PSDB, Sérgio Guerra.
A notícia acabara de ser divulgada pelo portal UOL. Dilma não se
preocupou com “vazamento seletivo”. Foi logo cobrando explicações do seu
adversário Aécio Neves (PSDB).
Vazamento a favor dela, vale. Contra, não. É isso?
Dilma comparou delação premiada com deduragem na época da ditadura
militar de 64. A maioria dos presos políticos que dedurou alguém foi mediante
tortura. Nenhum preso da Lava Jato foi torturado.
Delação premiada é um método legítimo de se obter informações. No
passado, Dilma se ufanou de ter sancionado a lei que introduziu a delação
premiada entre nós. Disse que ela ajudaria no combate à corrupção.
Ora, ora, ora...
Será que Dilma esqueceu que foi ela que sancionou a lei? Quando o fez,
a delação seria uma coisa positiva, e agora deixou de ser?
Delação só serve a favor? Contra não?”
********************
“A reação da presidente Dilma Rousseff ao conteúdo da delação premiada
de Ricardo Pessoa, homologada pelo ministro Teori Zavascki, mostra que o governo,
se já não tinha rumo, perdeu também o chão. O que se viu nos EUA foi uma Dilma
disparatada. Traída pelas próprias palavras, mostrou-se mais fragilizada do que
se supunha.
Ao fustigar o empreiteiro e compará-lo a Joaquim Silvério dos Reis,
delator da Inconfidência Mineira, Dilma Rousseff, de certa forma, admitiu a
comparsaria. Afinal, só está apto a trair quem goza de confiança e intimidade.
Ficou subentendido que ambos, até o silêncio rompido pela delação, estavam no
mesmo barco.
Agora a presidente tenta desqualificar a Lava Jato como se as delações
não fossem amparadas em documentação probatória. Como lembrou o ex-ministro
Joaquim Barbosa, delação premiada “é um instituto penal-processual previsto em
lei no Brasil” e uma presidente não deve “investir politicamente contra as leis
vigentes”.
Aliás, aos poucos, Sérgio Moro e Joaquim Barbosa vão se tornando a
mesma pessoa. Pela indiferença aos rugidos do poder, ambos, para o PT, viraram
a encarnação do arbítrio e do desmando. Sentindo o cheiro de Papuda no ar,
resta ao governo partidarizar tudo. A fórmula é velha: turva-se a água para
nada mais parecer cristalino. Se todos são sujos, não há o que punir.
Mas o poder de enganar tem limite. O povo não é bobo. Manipular dados
econômicos, administrar por meio de déficits e fraudar eleições nada têm a ver
com ideologia ou luta de classes. São atentados contra o jogo democrático –
aliás, não à toa tipificados como crimes. Os governos perdem a autoridade se
não são legítimos. E esse aí não é mais.
Vendo o escândalo se aconchegar ao seu gabinete, Dilma alertou que não
admitirá que se insinue contra o governo ou sua campanha. E que “seus”
ministros tomarão providências caso isso ocorra. Quer dizer que é papel do
governo defender malfeitos do partido na campanha? Essa é a reação de Estado
que a companheira tem a oferecer?
Ao contrário da ditadura, quando o Estado de Direito estava em
suspenso, as instituições têm dado provas de grande vigor. Funcionam como
órgãos de Estado, não de governo. O Procurador-geral referiu-se ao esquema de
corrupção como descomunal. O STF homologou a delação. A PF faz suas
diligências. Onde está a arbitrariedade?
Revelador e incomum é que uma presidente em exercício, com o governo
atolado numa crise institucional, terceirize sua autoridade política, até
porque não pode mais sustentá-la. As decisões importantes do país não podem
entrar em recesso porque Dilma Rousseff não sabe o que fazer. Pior: deixar Lula
tomando conta da crise em seu lugar constrange mesmo os 10% que ainda lhe
permanecem fiéis.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário