Por Zé Carlos
Este fim de semana a AGD ficou um pouco às moscas devido uma
curta viagem para me travestir de Vovô Zé, embora, que vos escreve agora, sobre
o filme desta semana sou eu mesmo, deixando as aventuras do bom (ou mau)
velhinho para depois.
E nesta semana o filme realmente não deixa nada a dever aos
melhores filmes pastelões e programas humorísticos de TV, e com ele dei boas
risadas. E como me senti cruel e sem coração quando fiz isto de coisas que
deveria ser encaradas com choros e velas. No entanto, está ficando quase
impossível levar esta CPMI do Cachoeira a sério.
No episódio de hoje o que temos é mais um estudo do mercado
imobiliário de Brasília, com todas suas possíveis falcatruas em período de
subida de preço dos imóveis, e sua possível especulação, inclusive a política.
Um governador vendeu uma casa, recebeu em cheques que não
eram do comprador, não olhou de quem eram, depois de tê-los guardados por
alguns meses, pois eram pré-datados. Somente agora descobre que o dono dos
cheques era uma empresa ligada ao contraventor Cachoeira, depois que houve
repasses e mais repasses em dinheiro vivo, em nota de 100 e de 50 como declara
outro transacionador. Um dia li um texto do DP sobre a “mulher de César” e que vem muito a calhar. E neste caso, tenho
certeza, o César se separaria dela pois nada me pareceu honesta na história,
apesar de poder ter acontecido o contrário.
Um outro governador, cujo patrimônio aumento em 1000% em
poucos anos, não entende nada de mercado imobiliário, mas este aumento, segundo
os senadores avaliadores foi empregado numa casa. Outra vez, penso eu, o César
se divorciaria da mulher.
Enfim, vejam o filme e seus flashs de programas de auditório,
seguido pela apresentação de um advogado que defende todos os brasileiros,
desde que eles sejam ricos e famosos. Não tem jeito, seguindo um outro caso que
não é aproveitado no filme, onde um ex-ministro da justiça defende a limpeza
das águas de uma cachoeira, há de se concluir que no Brasil, o grande defeito é
não ter 15 milhões de reais.
Talvez o meu amigo Cleómenes de Oliveira, com sua
objetividade nos desse uma solução para a justiça brasileira que seria a
seguinte: Quem tiver mais de determinada quantia de patrimônio deveria só ter
direito à Defensoria Pública. Ou seja, advogado pago só para pobres.
Fiquem com o resumo do filme da UOL abaixo e vejam o filme
em seguida, e comecem a semana rindo, se puderem.
“O Escuta Essa! deste
sábado (16) traz um resumo dos depoimentos dos governadores de Goiás, Marconi
Perillo (PSDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT). As suspeitas de que
o bicheiro Carlinhos Cachoeira esteja envolvido na venda da casa de Perillo e a
desconfiança sobre a fonte de recursos para a compra da residência de Queiroz
estiveram entre os principais temas abordados na CPI. Além disso, a Comissão,
que deveria ser de inquérito, serviu também para propaganda e bajulação dos
governadores.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário