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segunda-feira, 18 de junho de 2012

A semana - O pastelão imobiliário





Por Zé Carlos

Este fim de semana a AGD ficou um pouco às moscas devido uma curta viagem para me travestir de Vovô Zé, embora, que vos escreve agora, sobre o filme desta semana sou eu mesmo, deixando as aventuras do bom (ou mau) velhinho para depois.

E nesta semana o filme realmente não deixa nada a dever aos melhores filmes pastelões e programas humorísticos de TV, e com ele dei boas risadas. E como me senti cruel e sem coração quando fiz isto de coisas que deveria ser encaradas com choros e velas. No entanto, está ficando quase impossível levar esta CPMI do Cachoeira a sério.

No episódio de hoje o que temos é mais um estudo do mercado imobiliário de Brasília, com todas suas possíveis falcatruas em período de subida de preço dos imóveis, e sua possível especulação, inclusive a política.

Um governador vendeu uma casa, recebeu em cheques que não eram do comprador, não olhou de quem eram, depois de tê-los guardados por alguns meses, pois eram pré-datados. Somente agora descobre que o dono dos cheques era uma empresa ligada ao contraventor Cachoeira, depois que houve repasses e mais repasses em dinheiro vivo, em nota de 100 e de 50 como declara outro transacionador. Um dia li um texto do DP sobre a “mulher de César” e que vem muito a calhar. E neste caso, tenho certeza, o César se separaria dela pois nada me pareceu honesta na história, apesar de poder ter acontecido o contrário.

Um outro governador, cujo patrimônio aumento em 1000% em poucos anos, não entende nada de mercado imobiliário, mas este aumento, segundo os senadores avaliadores foi empregado numa casa. Outra vez, penso eu, o César se divorciaria da mulher.

Enfim, vejam o filme e seus flashs de programas de auditório, seguido pela apresentação de um advogado que defende todos os brasileiros, desde que eles sejam ricos e famosos. Não tem jeito, seguindo um outro caso que não é aproveitado no filme, onde um ex-ministro da justiça defende a limpeza das águas de uma cachoeira, há de se concluir que no Brasil, o grande defeito é não ter 15 milhões de reais.

Talvez o meu amigo Cleómenes de Oliveira, com sua objetividade nos desse uma solução para a justiça brasileira que seria a seguinte: Quem tiver mais de determinada quantia de patrimônio deveria só ter direito à Defensoria Pública. Ou seja, advogado pago só para pobres.

Fiquem com o resumo do filme da UOL abaixo e vejam o filme em seguida, e comecem a semana rindo, se puderem.

“O Escuta Essa! deste sábado (16) traz um resumo dos depoimentos dos governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT). As suspeitas de que o bicheiro Carlinhos Cachoeira esteja envolvido na venda da casa de Perillo e a desconfiança sobre a fonte de recursos para a compra da residência de Queiroz estiveram entre os principais temas abordados na CPI. Além disso, a Comissão, que deveria ser de inquérito, serviu também para propaganda e bajulação dos governadores.”

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