Por Zezinho de Caetés
Pelo que se vislumbra, o Supremo Tribunal Federal (STF)
também acreditou na versão da Revista Veja, igual a mim, sobre a reunião entre
Gilmar Mendes e Lula. E como, até agora, nenhum dos participantes do Encontro
Fatal entre Lula, Gilmar e Jobim, o desmentiu ou mesmo desmentiu seu conteúdo
(a não ser um tal de Instituto Lula que ninguém sabe quem escreve por ele),
tudo leva a crer que o meu conterrâneo, mais uma vez, fez das suas.
E então o STF, reuniu sua tropa e marcou o julgamento do
mensalão, com calendário e tudo, e é muito difícil acreditar que não tenha
havido influência da atuação desastrada do ex-presidente no episódio. A justiça
é cega mas não é burra e ouve as notícias. E ela está zelando pela sua
reputação, que ele tentou sujar, ao tentar chantagear, com seu palavreado frio
e matreiro, como se tivesse falando com seus companheiros do tempo do
sindicato.
É difícil deixar de imaginar que o Lula não se curou por
completo, ou sua doença deixou sequelas graves no seu tino político. Até a hora
que escrevo estas linhas, não houve uma só palavra dele sob o episódio,
confiando no que já se tornou um mantra da política brasileira que o povo
esquece rápido. Cabe a nós que escrevemos na mídia cumprir a nossa tarefa de
lembrar sempre, e esperar que um dia sejamos ouvidos.
Leiam abaixo um trecho de um texto do imortal Merval Pereira
onde ele comenta a marcação do julgamento, que ele intitulou de “Mensalão: Bons sinais do STF”. Talvez o
título tenha sido colocado pelo que já sofremos de espera por este julgamento,
que já pensávamos ser a justiça no Brasil, não só cega, mas também paraplégica.
Até que enfim, se for verdade, alguém
está empurrando a cadeira de rodas.
“O calendário divulgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para o
julgamento do mensalão pode ser considerado uma resposta às ações do
ex-presidente Lula de tentar adiá-lo para depois das eleições.
Se tudo correr como o previsto, sem que nenhum ministro peça vista do
processo — o que parece descartado pela péssima repercussão que teria junto à
opinião pública —, o julgamento deve terminar na primeira semana de setembro,
um mês antes das eleições municipais.
Outro detalhe importante do calendário é que o ministro Cezar Peluso,
que se aposenta no dia 3 de setembro por fazer 70 anos, terá condições de dar o
seu voto. Ele é o sétimo juiz a votar, e sua vez deverá chegar por volta do dia
29 de agosto.
Peluso participou da reunião administrativa de ontem, que definiu o
calendário, e deu várias sugestões, o que sugere que a possibilidade de
antecipar sua aposentadoria, não regressando do recesso de julho, está superada
diante da viabilidade de ele proferir seu voto.
O presidente do STF, ministro Ayres Britto, conseguiu alcançar os três
objetivos internos a que se propôs: o calendário foi aprovado de comum acordo,
o que demonstra que os ministros do Supremo decidiram dar uma demonstração de
harmonia, num processo que o jurista Joaquim Falcão, diretor da Faculdade de
Direito da FGV-Rio classifica de “desemocionalização” das relações internas do
Supremo, que recuperaria a capacidade de promover consensos.
O fato de ter sido aprovado um esforço concentrado nos primeiros 15
dias de julgamento, com sessões todos os dias da semana, mostra que o STF deu
ao julgamento um caráter especial, mesmo que não tenha cancelado o recesso de
julho nem marcado todo o julgamento para sessões contínuas, como também queria
Britto.
A segunda parte do julgamento será realizada em três sessões diárias,
às segundas, às quartas e às quintas-feiras, com a aquiescência do relator,
ministro Joaquim Barbosa, que tem problemas de coluna e havia dito que não
poderia ficar sentado por mais de cinco horas durante todos os dias da semana.
Ele mesmo admitiu que o calendário levou em conta suas condições de
saúde, dando-se por satisfeito com o ritmo dos trabalhos.
O terceiro fator importante foi conseguir montar um calendário que
abrigasse a possibilidade de o ministro Cezar Peluso dar o seu voto, para
aproveitar, na definição de Ayres Britto, sua “técnica refinada” e os conhecimentos
de um juiz experiente que dará “qualidade ao julgamento”.
O calendário também foi marcado com a concordância do ministro Ricardo
Lewandowski, que se comprometeu a entregar seu voto de revisor até o fim deste
mês, encerrando assim a dúvida sobre a data em que terminaria seu trabalho.
O presidente do Supremo, Ayres Britto, não descarta a possibilidade de
antecipar esse cronograma, caso os ministros decidam ampliar as horas de
julgamento, entrando pela noite nos primeiros 15 dias.
“Julgaremos sem sangue nos olhos, mas também sem ramalhetes de flores”,
definiu assim Ayres Britto o ânimo dos ministros do Supremo Tribunal Federal,
que, depois de todas as conturbações por que passaram nos últimos dias, com
denúncias de pressões sobre vários deles, tiveram a capacidade de chegar a um
consenso que atendeu às suas necessidades internas e também aos anseios da
sociedade, que já emitiu diversos sinais de que, ao contrário de Lula, quer ver
o julgamento do mensalão sendo realizado o mais rápido possível.
Outra demonstração de que houve uma mobilização do Supremo para
demonstrar a importância que está dando ao julgamento é que a nova rotina do
tribunal implicou mudanças das sessões da Primeira e da Segunda Turmas, que se
reúnem normalmente às terças-feiras à tarde e passarão a se reunir pela manhã.
Também o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que se reúne nas
terças-feiras à tarde, terá sessões no mesmo dia, mas pela manhã. E o Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), presidido pela Ministra Cármem Lúcia e do qual fazem
parte mais dois ministros do Supremo, que tem sessões às terças e às
quintas-feiras a partir das 19h, passará a se reunir uma hora mais tarde.”
O LULA QUANDO CRIANÇA, A SUA MÃE(QUE NASCEU ANALFABETA), AO INVÉS DE AMAMENTÁ-LO, METEU LEITE DE MAGNÉSIA DE GOELA ABAIXO...
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