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sexta-feira, 15 de junho de 2012

COPA DE 2014 - MILAGRES A VISTA.





Por Carlos Sena (*)

A copa do mundo de 2014 no Brasil está fazendo milagres. Não sei se Cristo conseguiria fazer tantos, quanto os que estamos vendo pela mídia e pelos fatos concretos. Verdadeiros milagres estão sendo feitos pela união, estados e municípios, a despeito das nossas “copas” do (i)mundo interiores do nosso dia a dia na condição de cidadãos.

A vida do brasileiro comum – aquele assalariado que geralmente se lhe chamam de “vulgo” é uma “copa do mundo” em que seus “jogadores” só perdem. Perdem quando procuram o SUS e ele não dá respostas para as doenças serem curadas; perdem quando seus filhos que estudam em escolas públicas não saem preparados para competir com os estudantes das escolas privadas; perdem quando vivem com medo de “balas perdidas” e o Estado pouco faz para acabar com a violência; perdem quando vivem sem proteção do Estado que não prende os ladrões de paletó e colarinho branco, mas encarceram um pobre ladrão de margarina; perdem quando são obrigados a viver em cidades com esgotos a céu aberto, etc., etc.

Diferente da nossa “copa” cotidiana, a de 2014 opera milagres: apareceram, como um passe de mágica, milhões de reais para as cidades se prepararem para os jogos mundiais. Obras faraônicas serão construídas, estádios "super-hiper-modernos" que agora se chamam “ARENA” estão em plena efervescência de construção. Há nas cidades, que serão sede da copa, verdadeira revolução na construção civil sob formas de pontes, viadutos, adutoras, etc. Leis também foram mudadas para se adequar aos pedidos da FIFA, como a lei que proibia bebidas nos estádios... Como se vê tudo parece mesmo milagre e isto nos leva a ficar sem entender coisas simples: Por que é tão difícil arrumar dinheiro para construção de hospitais, mas pra copa não? Por que não se arruma dinheiro para aumentar o financiamento do SUS, mas pra copa sim? Por que nossas escolas não tem dinheiro para equipar salas de aula e pagar melhor os professores?

A resposta? – Prefiro não comentar!

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(*) Publicado no Recanto de Letras em 31/05/2012

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