Em manutenção!!!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Dilma em Cuba e a saudade do Jimmy Carter




Por Zezinho de Caetés

Hoje para mim é um dia triste. E não é porque quando saí pela manhã encontrei o laboratório, onde leio meu jornal do dia, fechado. E nem mesmo pela manchete que li numa banca de que um homem havia sido encarcerado por 20 dias num presídio aqui de Recife, simplesmente, porque seu nome era igual ao de um assassino. E muito menos pelos dentes caídos do jogador de futebol que meu amigo Jameson contou tão bem aqui na AGD .

Eu fiquei triste porque temos uma presidenta esquecida do que seja tortura, do que seja uma ditadura e do que seja solidariedade humana para com o povo cubano, que como o nosso na ditadura militar também tanto sofreu, inclusive ela, segundo ela própria. Eu hoje vi a foto dela com o Raul Castro, irmão do mais longevo tirano vivo que é o Fidel Castro.

Peço permissão para citar um cálculo feito pelo Reinaldo Azevedo, que parece macabro, mas o que não é, para uma chamada “revolução” que só cabe hoje nas cabeças dos velhos caquéticos de Cuba:

O Brasil tem hoje 190 milhões de habitantes. Cuba tem 11 milhões. Ao longo de 21 anos de ditadura, as próprias esquerdas admitem que morreram, no Brasil, no máximo, 424 pessoas - e os números são alargados: estão aí os guerrilheiros do Araguaia, os que morreram nas cidades com armas na mão e até alguns desaparecidos em razão de causas supostamente políticas, sem comprovação no entanto. Tudo bem: tomemos o número pelo teto. Em Cuba, que tem 1/17 da população do Brasil, o regime dos Castros fez 100 mil mortos. Como não dá para saber exatamente qual era a população de cada país no momento das mortes, faço as contas segundo os números atuais: no Brasil, morreu 0,23 pessoa por grupo de 100 mil habitantes. Na Cuba de Fidel, há 909 cadáveres por grupo de 100 mil. Sabem o que isso significa? Que o Coma Andante e o anão de circo que o sucedeu são 3.951 vezes mais assassinos do que os ditadores brasileiros. “Ah, mas a nossa ditadura durou 21 anos, e a de Cuba, já tem 52″. É verdade. A média de mortes, por ano de ditadura, no Brasil, seria de 20,1 pessoas; na ilha, de 1.923!!!”

Eu não fui conferir os cálculos, porque minha vivência foi suficiente para saber que sofremos, mas, sofremos muito menos do que os cubanos. E é neste país onde o poste de saias tem coragem de dizer a seguinte barbaridade:

“O mundo precisa se convencer de que é algo que todos os países do mundo têm de se responsabilizar, inclusive o nosso (…). De fato, é algo que temos de melhorar no mundo de uma maneira geral. Não podemos achar que direitos humanos é uma pedra que você joga só de um lado para o outro. Ela serve para nós também”.

Esta sentença, como já dizem, em Dilmês, que se custa a entender, menos os áulicos que estão em Cuba ou querendo ir prá lá a passeio, é o maior despropósito, mesmo que dito por alguém outro do que a Dilma. Mas, dita por ela, só mostra com estamos carentes de pessoas capazes para pelo menos assessorar esta mulher, para que ela não diga tanta besteira.

E eu que tive esperança quando ela despachou o homem de nome feio do Irã, ou quando pronunciou frases de efeitos sobre direitos humanos. Agora tenho medo que ela tenha tido uma recaída stalinista dos tempos da VAR-Palmares e volte para cair nos braços do Chaves, como vítimas solidárias das injeções canceríginas aplicadas pelos americanos em suas respectivas nádegas. Aí estaremos vivendo momentos difíceis para nossa incipiente democracia.

Vejam a postagem do Ricardo Noblat, de ontem em seu blog, que tem o título de “Saudades de Jimmy Carter (Dilma em Cuba)”, da qual também aproveitamos a foto para ilustrar esta matéria. E pensar que um dia eu teria saudade do Jimmy Carter.

“O que a militante política de esquerda Dilma Rousseff deve ter pensado quando Jimmy Carter, presidente dos Estados Unidos entre 1977 e 1981, começou a criar dificuldades para a ditadura militar brasileira cobrando mais respeito aos direitos humanos?

Ela exultou com a postura de Carter? Ou por acaso o censurou pensando assim: "Quem atira a primeira pedra tem telhado de vidro", convencida de que "não é possível fazer da política de direitos humanos apenas uma arma de combate político ideológico contra alguns países"?

Ou foi ainda mais longe e tascou: "O desrespeito aos direitos humanos ocorre em todas as nações", inclusive nos Estados Unidos. Logo... Logo Carter deveria levar em conta que o respeito aos direitos humanos "é algo que temos de melhorar no mundo de uma maneira geral"?

Na época, Carter chegou a despachar sua mulher para uma viagem ao Brasil. Aqui, ela se reuniu com o  presidente Ernesto Geisel e interrogou-o sobre denúncias de torturas e de desaparecimento de presos da ditadura. Foi um momento de humilhação para o general. E de conforto para quem a ele se opunha.

Tudo o que imaginei que a militante Dilma (vulgo Estela ou Vanda) poderia absurdamente ter pensado a respeito da intervenção de Carter em assuntos internos do Brasil foi dito ontem pela presidente Dilma Rousseff em visita à Cuba, onde vigora a ditadura dos irmãos Castro desde janeiro de 1959.

Os dissidentes cubanos torceram por uma atuação de Dilma que lembrasse a de Carter no passado, quando ele decidiu puxar o tapete de algumas das ditaduras apoiadas por seu país. Na verdade, Dilma nada tem a ver com Carter. Mas pelo menos poderia ter sido menos amigável com uma ditadura do que foi.

Essa história de não se meter em assunto de outro país é um falso dogma. Se países põem em risco a segurança do mundo ou violam princípios e valores universalmente aceitos, é compreensível que sejam criticados pelos demais. E até boicotados em casos extremos.

Lula achou que o Brasil deveria romper relações diplomáticas com Honduras quando o presidente Manuel Zelaya foi derrubado pelo Congresso, detido pelo Exército e em seguida deportado. Zelaya voltou escondido ao seu país e se abancou na embaixada brasileira. Fez dela seu bunker com a concordância de Lula.

O eclipse da democracia em Honduras durou pouco tempo. Em Cuba se arrasta há 53 anos.”

Um comentário:

  1. NO FRIGIR DOS OVOS, SOMOS TODOS CULPADOS POR OUVIR OS DISPARATES REPETIDOS POR ESSSA �PERSEGUIDA E TORTURADA�. A EX-TERRORISTA, HOJE CARACTERIZADA POR UMA POSTE PETRALHA, VIVE EMPORCALHANDO NOSSOS OUVIDOS E SACANEANDO COM A NOSSA INTELIG�NCIA. ENQUANTO ISSO, O POV�O ADVINDO DO BOLSA ESMOLA INSISTE EM N�O QUERER VER NADA O QUE RONDA NO INTERIOR DESSE SINDICATO DE BANDIDOS PETISTAS DO ABC PAULISTA �..

    ResponderExcluir