Por Zé Carlos
O James Carville, que era um marqueteiro do Bill Clinton durante a campanha eleitoral de 1992, cunhou uma frase que ficou célebre a partir da derrota democrata naquele ano: “É a economia, estúpido!”. Agora, adivinhem qual o assunto abordado no filme abaixo, que tenta resumir a semana que passou.
Sem ser marqueteiro nenhum, eu diria: “É o carnaval, estúpido!”. Sem querer com isto dizer que este evento não tem nada a ver com economia, porque é o setor com o que ele mais se relaciona.
Hoje, cidades inteiras, e cada vez em maior número, vivem da festa de momo. O exemplo clássico é o Rio de Janeiro, onde se, por um passe de mágica, o carnaval fosse extinto, dentro de pouco tempo, não aguentaríamos mais de cariocas em SUAPE, concorrendo, é claro, com os olindenses, por um emprego em outro tipo de bateria.
Mas, a relação maior do carnaval é com a política. Aqui em Recife, para efeitos de aparições políticas, o carnaval talvez só perca para a festa do Morro da Conceição. Atualmente, só não vai atrás do Galo da Madrugada político que já morreu, mesmo quando dizem, como nosso governador, que não é o mesmo folião de antes por causa da responsabilidade do cargo. Como, quase sempre, para se entender os políticos tem que se ler nas entrelinhas.
O filme não mostra, mas, até em Bom Conselho, devido ao carnaval, a semana foi movimentada. Bom Conselho é foda! Por qualquer besteira o pessoal começa a fazer críticas indevidas, como aquelas que foram feitas ao jovem Felipe Alapenha, por ter preferido passar o carnaval em Pesqueira.
Em suma, a semana e o filme que a retrata não poderia deixar de ser sobre carnaval. Inclusive, sobre o melhor deles, o de Brasília, onde não se encontra nenhum político. Talvez, este seja um caso único no Brasil. Um carnaval sem políticos. Deve ser uma tranquilidade.
Mas, como vocês assistirão, no carnaval, acontecem coisas inusitadas. Por exemplo, termos dois pernambucanos homenageados no sul maravilha, um em São Paulo e outro no Rio de Janeiro, com todos os seus méritos reconhecidos e com resultados tão díspares. Enquanto o Luiz Gonzaga levava uma escola de samba do Rio de Janeiro ao campeonato, o Luis Inácio Lula da Silva, levava sua um escola de São Paulo ao, quase, último lugar. Estes paulistas são uns ingratos mesmo. Viva o Rio.
Uma das coisas que me chamaram a atenção foi a capacidade desta festa de brincar com coisa sérias, como a paródia do samba, sobre a queda de um prédio no Rio de Janeiro. Ou com a greve dos PM na Bahia, que como sempre acontece, foram todos brincar no Olodum. Ou ainda, quando Brasília é apresentada como um cidade deserta de políticos. Bela época para se visitar o Congresso Nacional. Imaginem que havia até turista carioca dançando lá dentro.
Vejam a seguir o resumo da equipe produtora do filme da UOL e, em seguida, curtam mais uma semana. E se conseguirem rir, não se preocupem: “É o carnaval, estúpido!”
“O “Escuta Essa!” está em ritmo de Carnaval, com os políticos desfilando pelas passarelas do Rio, Salvador, Recife e São Paulo. Eles só não apareceram por Brasília.”
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