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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Os escândalos e a ridicularia petista





Por Zezinho de Caetés

O PT está se tornando algo ridículo do ponto de vista político. Pensando bem, ele sempre foi um partido ridículo desde seu nascedouro, devido à forma de atuar do seu principal criador, o meu conterrâneo Lula. O partido, igual a ele, nunca foi de esquerda, nem de direita nem de centro. Era um partido sindicalista que mexia de um lado para o outro à cata de salários melhores.

Depois de tentar por duas vezes assumir o poder central e ser derrotado, lançou a famosa carta aos brasileiros, que nada mais era do que uma carta aos banqueiros dizendo: Olha, vocês ganharão tudo que quiserem desde que subamos ao trono do planalto. E a luz foi feita, sendo o Luis Inácio guindado ao poder, junto com Marisa Letícia e Rosemary que (não se sabe qual das duas) plantaram uma estrela vermelha nos jardins do palácio, que, dizem, servia para esconder os chifres vermelhos uma da outra.

Enquanto isto, a economia mundial crescia, a China se abarrotava de nossas reservas de minério e o Lula pôde viajar à vontade pelo mundo levando a tiracolo um conjunto de bolsas e políticas que foram desenvolvidas no governo anterior. Tudo ia bem, mas o partido queria mais. O José Dirceu, quando assumisse a presidência já deveria ter o controle do PT e este do congresso e do judiciário, e aí, teríamos nosso Fidel à brasileira. Foi criado o mensalão e deu no que deu.

Foi uma reação tímida do que o Sandro Vaia chama, no texto transcrito abaixo (publicado no Blog do Noblat em 14/12/2012) de “conspiração midiático-elitista-reacionário-burguesa” , e cujo erro maior foi não ter proposto o impeachment do Lula em 2005. Não o fazendo ele voltou ao poder por mais quatro anos. Pelo menos nos livramos do Dirceu, mas, ainda não do Lula.

No entanto, agora estamos chegando cada dia mais perto de colocá-lo onde merece. E o PT fica cada dia mais ridículo, querendo esconder o sol com uma peneira, e fingindo nada acontecer ou fugindo de todas as evidências que provocam escândalo atrás de escândalo, e nos quais se envolve de maneira forçada a presidenta. Ela sabe muito bem que se o Lula cair, ela vai junto pela mesma porta da História, a dos fundos. E ficamos nós aqui à espera do próximo escândalo e da última declaração ridícula de um partido que um dia fingia ser o Partido dos Trabalhadores.

Só resta a ironia, que o Sandro Vaia usa em seu texto e que merece ser lido com atenção. Fiquem com ele, enquanto eu vou comprar uma revista semanal para ver qual a “mentira” da vez.

“Ficamos sabendo pelo jornal francês “Le Monde” que a presidente Dilma, que está de viagem por aquelas paragens, não tolera a corrupção.

Bom que o “Le Monde” nos avisou, porque a presidente, que estava mais uma vez na Europa para ensinar aos tacanhos governos austeros como é que se cresce perto de 1% ao ano arrecadando 35% do PIB em impostos e estourando as contas fiscais, não toca muito nesse assunto quando está entre nós.

Diria alguma alma maligna que não se fala de corda em casa de enforcado, porque a grei política (para usar um termo que o Estadão usava em editoriais algumas décadas atrás) à qual a presidente pertence, tem andado às voltas com alguns problemas bastante próximos a essa areia movediça que genericamente chamamos de corrupção.

Nem bem terminou o julgamento do Mensalão, do qual ainda sobraram algumas pendências complicadas, tal como a cassação ou não do mandato de parlamentares envolvidos, eis que a malvada roda da conspiração midiático-elitista-reacionário-burguesa volta a movimentar-se.

Como se não bastasse os conspiradores defenderem abertamente a tese retrógrada de que os condenados devem cumprir as penas que receberam, a máquina conspiratória não para de inventar novas histórias, com a ajuda inestimável da máquina de criar fábulas da Polícia Federal, do Ministério Público e da Procuradoria-Geral da República.

Surgiu o caso Rosemary Névoa, a senhora muito influente que era chefe do gabinete da Presidência em São Paulo e que nomeava diretores de agências reguladoras especialistas em negociar pareceres técnicos em benefício de certas empresas.

Ela foi defenestrada rapidamente pela presidente da República enquanto seus protegidos eram presos pela Polícia Federal.

Fofocou-se à vontade sobre a vida privada de dona Rosemary, quando na verdade o que deveria importar à Nação era o que ela fazia da vida pública, que é o que realmente nos interessa.

Enquanto a máquina de desmentidos pró-governo era posta a funcionar a todo vapor e o caso Rosemary começava a esvair-se no infinito emaranhado de escandalinhos e escandalões que já embaça a memória dos brasileiros, eis que emerge das trevas a voz soturna de Marcos Valério para reinaugurar com ares de novo um escândalo velho: ele disse à Procuradoria Geral da República que parte do dinheiro do mensalão pagou contas do ex-presidente Lula.

Nunca antes na História deste País uma presidente da República que detesta a corrupção e que já tinha demitido sete de seu governo por conta de denúncias , foi tão contrariada.

Só há uma explicação para isso: tem gente no governo que não gosta dela e inventa escândalos só para deixá-la nervosa.”

Um comentário:

  1. ..........junto com Marisa Letícia e Rosemary que (não se sabe qual das duas) plantaram uma estrela vermelha nos jardins do palácio, que, dizem, servia para esconder os chifres vermelhos uma da outra... ESTA FRASE VALEU TODA A MATÉRIA POSTADA, ARRETADA!!!


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