Por José Antonio
Taveira Belo / Zetinho
Passado as eleições municipais,
volto a focar um assunto que há muito está esquecido. As eleições se passaram,
os eleitos vão tomar posse no próximo mês de janeiro, enquanto os que se
afastaram do governo, lamentam o fato, no entanto, ninguém sai perdendo, pois
todos deverão se ajudar para o desenvolvimento da nossa querida terrinha. As
picuinhas, as desavenças que por ventura aconteceram devem ser deixadas de
lado. O importante é o desenvolvimento do município, principalmente para
aqueles que ali residem. Há mais de um ano que não enfocamos o assunto sobre a
criação da ACADEMIA BOMCONSELHENSE DE LETRAS – ABL, e voltamos a suscitar,
novamente, o interesse de dar ao Município de Bom Conselho, uma casa onde se
cultive a cultura. A cidade, como denominada, de CIDADE DAS ESCOLAS, não pode
deixar de elevar este nome através dos seus cultuadores da leitura e da
escrita. Porque este desinteresse se tem grandes nomes em nossa cidade? Homens
e mulheres que podem muito bem representar a nossa cidade em outra instância da
cultura?Não podemos desprezar o nosso potencial literário. Não podemos deixar
para depois o que se pode fazer agora. Não podemos relevar os nossos saberes e
divulgar o nosso trabalho para outros centros do Estado e do Brasil. É certo
que para que isto aconteça, é necessário empenho dos lideres das cultura do Município.
Vemos cidades com mais ou menos potencial do que a nossa e já detém o seu
“cantinho” para discutir e elaborar programação em benefício da cidade, como
festivais e encontros culturais, feira de livros, etc.
Estivemos em julho passado, na grande cidade de
Serra Talhada (PE), para participar o evento teatral ao ar livre – O MASSACRE DE ANGICO – UMA HISTORIA DE
TRAIÇÃO, AMOR E ÓDIO – TRIBUTO A VIRGULINO - juntamente com o ENCONTRO NORDESTINO DE XAXADO, tendo
como participantes vários grupos de CANGAÇO, com as suas danças, oriundos dos
Estados da Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí, trazendo centenas de
pessoas oriundas destes Estados, tendo aproximadamente a cada noite cinco mil
pessoas. Visitamos o MUSEU DO CANGAÇO, com
centenas de fotos referentes Virgulino Ferreira – Lampião com os demais
“cabras”; armas e utensílios usados pelo “bando”; visitamos a CASA DO ARTESÃO, criado por iniciativa
do presidente da CASA DA CULTURA,
Sr. Tarcisio Rodrigues; a CASA DA CULTURA, mostrando os bens culturais do Município;,
enfim a ACADEMIA SERRA-TALHADENSE DE
LETRAS, num pequeno espaço no Pátio do Forro, com a exposição de livros dos
acadêmicos, e vários exemplares do
Jornal VILLA BELLA JORNAL, informativo da Academia Serra-talhadense de
Letras, referente às atividades dos meses de Maio / junho de 2012, poesias dos
acadêmicos. As reuniões são frequentes, onde os acadêmicos trocam ideias, bem
como, a apresentação dos trabalhos literários, principalmente pela POESIA o
Jornal que circula na cidade, traz além dos artigos e poesias, notas das
atividades sócias. Neste número várias poesias foram divulgadas pelos
poetas/Acadêmicos – MINHA HISTÓRIA (Iranildo
Marques); PAJEU (José Feliciano da Silva
Filho); MEU AMOR (Miguel Leonardo); PAIXÃO E RAZÃO (Dierson Ribeiro); IMPOSSIBILIDADE (Marluce Simões); AMOR SOFRIDO (João Victor); O SIMBOLO (Itamar Freire); SEGREDO (Adalva Cordeiro); MATINAL – A Adauto Carvalho (Jesus
Martins); LIÇÃO DE VIDA (Gilson
Brasil); VOCÊ (Tereza Ribeiro) PLANETA TERRA (Maria de Jesus Sousa); VOCÊ (Prof. José Pedro Sobrinho); DOCE TERRA ONDE EU NASCI (Adelmo
Soares); ACALANTO (Francisco Leite
Francineto); À MINHA MÃE (Oliveio
Burrego); VIDA DO SERTÃO (Zenóbia de
Melo). E finalmente, o poema LAMPIÃO do poeta CARLOS SILVA, haja
vista, que estava sendo apresentado o espetáculo sobre este CANGACEIRO falado
no Nordeste;
1. Eu hoje sou Lampião /
Cabra da Peste afamado /
Mas, meu nome é Virgulino
Ferreira /
Com o qual fui batizado.
2. Sou cangaceiro do mato
Mas, tive casa e gado.
Foi por vingança que entrei
Nesta dura vida de cangaço.
3. Agora comando um bando
DE homens de confiança
Que a mim se juntaram
Em busca de esperança
4. De uma vida justa
Para todo sertanejo
Que com fé no “Padim Ciço”
Caminham nessa peleja
5. Sou cabra da peste com orgulho
Mas, tenho fé no Senhor.
De morrer não tenho medo
E não fujo do horror
6. Gosto de festa animada
Com gosto faço um bailado
E no meio da caatinga
Toco e danço um xaxado
7. Dança de cabra-macho
Que usa por para a espigarda
E se o perigo aparece
Encaro de mão armada
8. “Simbora” cambada!
Dançar xaxado pro povo
Que a festa tem ser boa
Pra eu “vortar” aqui “dinovo”.!
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