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sábado, 26 de março de 2011

O Leão Macumbeiro e a Maldição do Búfalo (*)

O escudo do Sport depois do boi.



Por Cícero Lins de Moura

Foi na Copa do Brasil,
Que o Leão Macumbeiro
Prometeu que dava um búfalo
A certo pai de terreiro,
Se seu time deslanchasse
E à Copa conquistasse...
E o time foi campeão;
E o santo foi esquecido...
O trato não foi cumprido...
E, cadê o “boi tungão?”

O pai de santo queimou-se.
O santo ficou possesso;
Lançaram praga maldita,
De azar e insucesso,
E o timaço do leão
Perdeu pra gato e pra cão,
Desse momento em diante.
O búfalo prometido,
Com seu valor corrigido,
Já valia um elefante.

Pra corrigir o calote
Sobre o santo carnívoro,
O leão propôs trocar
Por outro bicho herbívoro
O búfalo prometido...
E um boi foi admitido,
Para pagar a promessa.
Vendo o time se lascando
E o hexa se afastando
O leão pagou, depressa.

O pai de santo aceitou,
Mas não deu muita certeza;
Se o santo tirararia
O time dessa tristeza.
Foi safadeza demais...
É coisa que não se faz
Nem com “santo de pau ôco”.
Agora, o leão sofrendo,
Pede arrego, querendo
Que o santo aceite “tôco”.

O jogador entra em campo,
Fazendo o Sinal da Cruz,
Mas pensa que catimbó
É negócio de Jesus.
Aí, o diabo segura
Cada um pela cintura,
E tudo só dá errado,
Pois não tem santo que goste
Que nele alguém aposte,
Em um “catimbó fiado”

O torcedor que torcia,
Agora, vive rezando
Pra que a dívida paga
Deixe o santo perdoando,
Pra que o time tenha sorte
E volte a ser Sport
E ruja como leão.
Por enquanto, está mugindo;
Com boi e búfalo indo,
Puxando pra maldição.
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(*) 23 de março 2011 – Enviado por Valfrido Curvelo.

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