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quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

"O desespero de Paim"




Por Zé Carlos

Como avisei aos leitores do nosso Blog (A Gazeta Digital - AGD) algum tempo atrás, fui aos Estados Unidos visitar uns parentes. Estou com vontade de escrever a respeito, sempre que possa, aqui na AGD.

Desta vez escrevo sobre a relação desta viagem com o nosso único jornal de Bom Conselho: A GAZETA, ou mais especificamente sobre seus dois últimos editoriais. Lá, o autor (parece ser o Jodeval Duarte, mas, isto não importa muito) intitula o editorial mais recente de “O desespero de Paim”, por ser este senador do Rio Grande do Sul um grande crítico da Reforma Trabalhista (que não pode se dizer que é de Temer pois o projeto existia muito antes) que tenta, sem ferir direitos, flexibilizar a legislação caduca que orienta o uso do fator trabalho no Brasil.

Ao fazer isto, o editorialista cita alguns autores, entre os quais, o Friedrich Hayek, que é considerado um dos pais do liberalismo econômico imperante na Europa Ocidental e nos Estados Unidos, lugares em que já moramos. Cita também um outro autor, que não conheço, mas que preciso repetir aqui, o trecho citado:

“Um dos grandes erros das políticas públicas que visam à criação de empregos é que elas não reconhecem que a competitividade e o progresso requerem uma maciça destruição de empregos. A perda de empregos, quando ocorre naturalmente, deveria ser tratada como uma medida de sucesso, e não de fracasso de uma economia. Quando a indústria, a agricultura e os serviços aumentam acentuadamente sua produtividade e passam a ser capazes de produzir cada vez mais com menos trabalhadores, tamanha eficiência deve ser comemorada, e não lamentada. Nenhuma economia rica se desenvolveu protegendo empregos, pois a destruição de empregos representa o próprio sinal do progresso.”

Vejam bem, meus senhores (como diria a Dilma Roussef, de saudosa memória), depois disto, o autor do editorial diz que “isso é um dos pontos básicos do neoliberalismo (no adotado pelas esquerdas brasileiras para o liberalismo de que o autor fala), que agora está entrando entre nós”. Em primeiro lugar, nos últimos 13 anos sobre o domínio do PT e do Temer (não esqueçam nunca que ele era o vice-presidente da saudosa Dilma), nunca ouvi falar nem de liberalismo nem de neoliberalismo por aqui. Em segundo, foi devido ao pavor do PT ao liberalismo que chegamos aonde chegamos com 13 milhões de desempregados.

Como o que se passa no mundo, os países que foram na direção de eliminar o liberalismo, como se dizia lá em Bom Conselho, “deram com os burros n’água”. Os outros caminharam para um verdadeiro caos, como Coréia do Norte, Venezuela, Cuba e outros africanos menos importantes, no seu rumo para o anti-liberalismo.

O que a Reforma Trabalhista procurou fazer foi tentar melhorar nossa legislação caduca para modernizar e melhorar a eficiência de nossa Economia. O resto é choro de quem quer a volta do Lula e da Dilma, e que nos transformemos numa grande Venezuela.

E o que tem o editorial com a minha viagem aos Estados Unidos? Nos períodos em que lá estive, o que senti foi inveja daquele povo que pode até ter destruído os empregos para aumentar sua eficiência, seguindo a natureza cíclica dos fenômenos econômicos, mas, se transformando na maior economia do mundo. Aliás, como a China está fazendo para acompanhar o progresso, infelizmente, com a mão de ferro do Partido Comunista de lá.

Concluo dizendo que, só dar para entender o desespero de Paim se pensarmos que ele está é com um medo danado de não se eleger com seus discursos caquéticos diante do inevitável avanço que teremos em nossas relações trabalhistas. O fato é que nossa CLT foi sempre a grande fonte de subdesenvolvimento  de nossa classe dos trabalhadores (seja lá o que seja isto), gerando a classe de trabalhadores privilegiados, os com carteira assinada, em detrimento dos trabalhadores em mesmos número que vegetam na informalidade e que não podem se empregar nos setores de ponta que as economias desenvolvidas produzem, por terem baixíssima produtividade.

O que as esquerdas querem no Brasil, é o mesmo que queria o Chávez na Venezuela (para não ir mais longe no tempo) que é manter a nossa mão-de-obra sem educação e carente de um salvador da pátria como ele ou o Lula aqui no Brasil. Daí o desespero de Paim.


P.S. – Estou mandando este texto em forma de e-mail para o amigo Luiz Clério, e o publicando aqui na AGD. Depende dele a publicação na A GAZETA, ou não. 

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