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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O SACRISTÃO QUE NÃO ERA GAY EM BABADÓPOLIS.

O Santinho (**)



 Por Carlos Sena (*)

BABADÓPOLIS é uma pequena cidade brasileira minada de contratempos, tipo SUCUPIRA de Odorico Paraguaçu. Cheia de fatos pitorescos, insólitos, seus habitantes aprenderam a conviver bem com esse tipo de situação que envolve não só pessoas simples, mas até altas autoridades locais.  Lá, a despeito de outros episódios, prevalece aqueles relacionados a traição,  gays enrustidos e declarados,  pessoas de vida matrimonial dupla e outros babados do gênero. Algumas vezes os fatos são reais e entram no “boca a boca” até se transformarem em outras histórias, mas no final tudo se acomoda no inconsciente coletivo.

A mais recente de BABADÓPOLIS envolveu um sacristão por nome de Santinho. Discreto, Santinho não dava cabimento para ninguém meter o "bedelho" na sua vida afetiva. Mas ninguém acreditava que ele não fosse DO BABADO, por conta do seu jeito meigo, sua fala mansa e, como se não bastasse, era solteiro e morava sozinho. Santinho tinha como fonte de renda uma bodega bem ao estilo antigo, mas era a igreja sua grande vocação. Certo dia ele foi surpreendido em seu estabelecimento comercial pela presença de Larri. Este, conhecido na cidade como valentão, “ingrizieiro”, dono do mundo e pertencente a uma família rica e tradicional. Quando se deu por conta da presença de LARRI, Santinho logo perguntou: - "alguma coisa, Larri"? Batendo forte no balcão da bodega, Larri respondeu: - "tem cerveja gelada, Santinho"? -

Não, Larri. - "Tem vinho gelado, Santinho"? - Não Larri. - "Tem guaraná gelado, Santinho"? - Não Larri. Já “arretado” da vida, (Santinho não queria mesmo era ter um bêbado no seu estabelecimento), Larri  investiu com todo ímpeto e batendo com mais força no balcão insistiu: "Tem cu gelado, Santinho"? A turma do "deixa disso" logo chegou e retirou Larri do recinto. Santinho tomou água com açúcar, fechou o estabelecimento e foi pra casa descansar. Conta-se que ele, de fato, não era do BABADO como se queria imputar. Depois deste episódio, até uma noiva por nome de Amélia foi arrumada pra ele, mas não vingou. Santinho nasceu mesmo para ser da igreja. Provavelmente não foi padre por falta de condições financeiras para estudar na capital. Mas ainda hoje ele ajuda na igreja e é "pau para toda obra". Coisas de Babadópolis.
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(*) Publicado no Recanto das Letras em 28/04/2010
(**) A foto não é do artigo do Carlos Sena. É que alguns da AGD conhecem Babadópolis e acham que o Santinho é o homem da foto. Realmente um santo homem.

2 comentários:

  1. ADMIRO ESSE BOM RELACIONAMENTO DO GRANDE CSENA COM O MUNDO DOS VEADOS!! - QUER SEJAM ELES DECLARADOS, COMO NEY MATOGROSSO E OUTOROS TANTOS, QUER SEJAM ELES ENRUSTIDOS COMO O SANTINHO!! - ALIÁS, RETIFICO: NÃO como NENHUM DELES!! TENHO HORROR A ESSA GENTE!! - E NÃO posso julgar o Santinho do Carlos Sena!! - É ISSO./.

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  2. NÃO TENHO NADA CONTRA OS "VIADOS". NÃO TENHO NADA, VIRGULA........ É HORRIPILANTE SE CONVIVER COM SUJEITO DE ASPECTO DE UM BOIZINHO AVIADADO QUE USA PREGO NA LÍNGUA, BRINCO NA ORELHA E PARAFUSO DE ROSCA NO TRASEIRO...

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