Colégio N. S. do Bom Conselho |
Por Zé Carlos
Estive em Bom Conselho este fim de semana. São tantas as emoções e tantas coisas para contar que não sei por onde começar. O Conselheiro Acácio talvez dissesse: Começa pelo começo idiota! Eu responderia, ah se eu soubesse onde é o começo. Pois vendo de ângulos diferentes, até o começo é relativo. Mas, vamos lá senão não começo de jeito nenhum.
Sem esperar, o que ouvi mais em nossa terra, foi sobre a AGD. A sigla parece que pegou mais do que a da SUDENE, que agora, se pronunciarmos o nome completo ninguém sabe o que é. Óbvio, pela educação dos meus “patrícios”, só ouvi elogios. Não sei se mantiveram o hábito de nossa terra, de falar da vida alheia, e quando eu me retirava, metiam o pau. Penso que não, o pessoal estava sendo sincero.
Dentre os assuntos tratados na A Gazeta Digital, o mais comentado foi aquele sobre nosso gentílico. Pouca gente sabia que tínhamos tantas opções, ou seja, que poderíamos ser tantas coisas como: “conselhenses”, “bom-conselhenses”, “papacaços”, “papacaceiros”, e, ainda hoje li um comentário ao meu texto acrescentando “bom-conselheiros”. Talvez seja o mais sonoro, mas jamais será o mais correto, pois o que existe de conterrâneos dando “mal conselhos”, não são poucos.
Como não poderia deixar de ser estive rapidamente com o Luis Clério, na redação da A GAZETA, pois todos sabem que ir a Bom Conselho e não o ver, é mesma coisa que ir a Roma e não ver o Papa. Blogueiro com jornalista, quando se encontra, só dar “notícia”. Ele me surpreendeu dizendo que em seu jornal escrevia sempre “bonconselhense”, termo que, em minha pesquisa não encontrei.
Vejam vocês que o assunto é de tal importância que há muitos anos passados, quando ainda o conterrâneo Florisbello Vilanova era vivo, o Luis Clério encomendou uma pesquisa a ele com o objetivo de descobrir qual o mais correto. E o Florisbelo, depois de uma pesquisa que gerou um relatório polpudo, chegou à conclusão de que o correto era mesmo “bonconselhense”.
Pelo curto tempo que passei em Bom Conselho não foi possível ter acesso à pesquisa, feita por tão nobre conterrâneo, para verificar os meandros pelos quais ele chegou àquela conclusão. Então a dúvida permanece. Por enquanto, não troquem o nome do Encontro. Não digam aos outros o que são. Quando lhes perguntarem digam apenas que são de Bom Conselho de Papacaça (com hífen ou sem hífen?). Não se envergonhem disto. Pois é pior para quem nasce em Salvador, capital da Bahia, que muitos pensam ser “caetanense”, “zangalense” ou “carlense”, mas o correto é “soteropolitano”. Vamos continuar investigando, esperar a pesquisa do Florisbelo, que o Luis ficou de me mandar.
Este problema de sabermos quem somos, sei que é de uma importância fundamental. Eu já encontrei gente vagando a esmo pela Praça Pedro II, perguntando-se, com o ar aparvalhado: “O que sou eu?”. É uma triste situação, mas, ainda não justifica a ideia do amigo Zé Arnaldo de trocar o nome da cidade para Dantas Barreto, só para sermos alguma coisa. Seríamos “dantense”, “dantoso” , “dantesco”, “barretense”, “barreteiro” ou “dantas-barretense”? Sei que houve a preocupação quando ele teve a ideia, mas, não era prá tanto.
Penso que, se fosse para ter um gentílico adequado, o melhor seria adotar um. Quem nasce em Bom Conselho é “inteligente”, pois todos sabem que quem nasce aos pés da Serra de Santa Terezinha, se for burro, nasce morto, ou tem morte precoce, quando descobre. Então quando lhe perguntarem, o que você é, apenas diga: sou “inteligente”.
Isto é apenas uma sugestão como outra qualquer. Aguardem nossa enquete para o “povo” decidir. Por enquanto votem na existente. O tempo está acabando.
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