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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Em Bom Conselho - V: O Encontro dos Papacaceiros


Maria e Celina

Por Zé Carlos

Em dois itens anteriores desta série eu falei sobre o cafezinho do Luis Clério. Se fosse contar tudo, iria até o 100º item, ainda nele. Vejam como esta reunião é importante, ou tão importante quanto o cafezinho na casa do Coronel Zezé. Numa dessas vezes que lá fui, já disse, encontrei duas bom-conselhenses de grande importância para nossa cidade. Celina Ferro e Maria José Cardoso.

Celina Ferro, um filha pródiga, que só não faz mais jus à história bíblica, por que não saiu da terra para gastar dinheiro do pai, e sim para cumprir missões importantes no sertão do Estado, está voltando. Só tem a acrescentar a nossa terra. Lucinha Peixoto já me disse: essa eu vou procurar assim que for em Bom Conselho. Eu não sei nem se as duas se cruzam politicamente, mas, será um belo encontro de mulheres batalhadoras, pela sua gente. Penso até, que depois delas, algum outro historiador de nossa cidade, já possa escrever sobre mais este capítulo da história “pátria”: “As mulheres no poder”.

Maria de D. Lourdes, com eu a chamava entre os amigos, herdou o DNA da mãe e é uma lutadora pelo progresso da terra. Lá no cafezinho, estávamos lembrando os cascudos e bolos que eu levei de D. Lourdes, lá na casa dela, e da pedra para ir ao banheiro. Mas, sejamos justos, quem levava mais beliscões era o Zé Dário e Pedro. O João Batista era um menino e a Fátima também. Escreveria laudas e laudas sobre este tempo bom, lá na Rua Joaquim Nabuco, vizinho da casa de Vigário e Zezé Miranda, que naquela época ainda era livre do Beto Guerra. Depois, no posto de saúde, onde foi depois a telefônica e hoje não sei o que é, onde fiz exame oral de fim de ano, no curso primário, tendo como examinador o prefeito, João Felino. Tempos bons da educação em Bom Conselho.

Contudo, o que isto tudo tem a ver com o Encontro de Papacaceiros? Tudo. A Celina e a Maria José estavam lá para se reunir com o Luis Clério, visando programar alguma atividade para receber as pessoas que chegariam para este encontro. Já havia uma certa indefinição sobre o evento, pela falta de notícias do Quirino, que sempre foi o organizador da festa. Digo logo, que antes de começar esta reunião eu saí. Não por ela, mas porque já havia terminado o meu prazo e o prazer no cafezinho.

Diante hoje, de tantas idas e vindas deste Encontro, sabendo o que aconteceu aos principais protagonistas da festa, José Quirino e Pedro Ramos, só me resta lamentar. Não há, a esta altura uma melhor solução para o evento do que o sucesso daquela reunião, que até hoje não sei os resultados. São três pessoas inteligentes e participantes de todos os acontecimentos e que podem resolver qualquer impasse. O que não pode é simplesmente adiar algo que já vinha sendo planejado há um ano, ou pelo menos deveria está sendo, faltando poucos dias para sua realização.

Não quero, por uma penca de motivos, julgar ninguém por enquanto. Eu penso apenas, que mesmo diante das adversidades que se abateram sobre eles, nem o Pedro Ramos, nem o José Quirino, se importariam que o encontro fosse realizado na data programada, pois ambos são homens públicos e sempre se comportaram como tal.

Por não ser dono da verdade, nem o pai da mentira, lancei uma enquete nesta Gazeta, ao lado, para ver o que pensa Bom Conselho conectado. Pelas notícias dos Blogs, não dá ainda para concluir o que acontecerá com o nosso encontro. Este escrito é mais uma declaração de voto minha nesta enquete, sem querer fazer campanha. Essas coisas políticas ficam com a Lucinha. Votem, e decidam o que deve ser feito, orientando a comissão que não é Jesus, Maria e José, mas é Luis, Maria e Celina.

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