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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

A divindade de Lula





Por Zezinho de Caetés

Recém-nomeada ministra da Cultura, Marta Suplicy prometeu nesta quarta-feira 12 se engajar cada vez mais na campanha de Fernando Haddad, a fim de levar o PT para o segundo turno em São Paulo, deu na mídia. Indo além de seus calcanhares ricos ele comparou Lula, meu conterrâneo a Deus, dizendo que com a sua ajuda e a de Dilma, o ministro do ENEM vai tomar o lugar com que ela sempre sonhou.

Não dá para se espantar com a desfaçatez da “perua”, quando se trata do Partido dos Trabalhadores que só trabalha para enriquecer através do poder. Num texto primoroso transcrito abaixo o Sandro Vaia (14/09/2012, Blog do Noblat) mostrando-a por inteiro. O que espanta é que muitos ainda acreditam nas surpresas deste tipo de gente diante de certos fatos.

Imaginem vocês hoje o Lula lendo os jornais e vendo um um punhado de gente sendo condenado por ter participado do mensalão: “Oh! Pois não é que existiu mesmo! Eu nunca soube de nada!”  E assim caminha a humanidade política de nossa terra. O que é bom todos sabem e o que é ruim ninguém sabe. No entanto, a Marta colocou o dedo na ferido (sem saber que estava metendo, naturalmente) ao dizer que Lula é um deus. Ora, se ele é um deus, pode-se dizer que ele sabe de tudo, e assim sendo, ele seria o chefe do mensalão, ou, como já disseram, seria um idiota completo e não um deus, por não saber das coisas.

Eu prefiro acreditar que ele nem é um deus e sabia de tudo que se passava naquela época, pois se é verdade que a esperteza exagerada come o esperto, o meu conterrâneo, faz tempo, já esta falando da barriga da bicha.

Fiquei com o Sandro Vaia e eu volto a assistir meu Guia Eleitoral, só para ver o Humberto, cada dia mais, com a cara de perdedor.

““Muitos já disseram que o Google é Deus, o que talvez não seja verdade. Mas isto nós sabemos: o Google é benévolo e às vezes furioso. Em verdade, o Google dá e o Google tira”.

Não se pode garantir que o jornalista norte-americano Bob Garfield, colunista há 25 anos do Advertising Age e autor do sucesso “Cenário do Caos” (Cultrix/Meio & Mensagem), livro que analisa de maneira implacável e divertida o colapso da mídia de massa, conheça o ex-presidente Lula.

Se conhecesse, com certeza teria pensado duas vezes antes de comparar o Google a Deus, pois a ex-senadora e atual ministra Marta Suplicy conhece muito melhor do que ele a verdadeira natureza da entidade divina.

Na sua primeira performance como ministra da Cultura, a ex-senadora envergonhou a Vivien Leigh de “Um Bonde Chamado Desejo” fingindo supresa com a nomeação.

Articulou um “oh!” com a canastrice de uma velha atriz de teatro de revistas. Nem Virginia Lane, coitada, soaria tão falsa.

Marta, até o fã-clube de Supla sabe, queria mesmo era ser de novo prefeita de São Paulo. Não esperava que esse seu desejo de certa forma tão natural e banal fosse bater de frente com os desígnios divinos.

Havia outro nome no bolso do divinal colete. O ex-ministro da Educação Fernando Haddad foi ungido com os santos óleos do “novo”, destinado a contrapor-se ao “velho”, e eis que a velha soldada do partido foi colocada a escanteio com alguns requintes sutis de humilhação.

A dama combatente não se fez de rogada. Armou seu beicinho e ameaçou nao participar da campanha. Disse que iria - se fosse- quando lhe desse na telha, e ameaçou não estender a sua mão ao candidato para guiá-lo pela buraqueira da periferia de São Paulo, que ela conhece como a palma da mão e onde tem sólidos e tradicionais redutos de votos.

Falou-se em negociações compensatórias, já que ficar tocando a campainha do Senado para cortar a palavra de seus pares não pareceu a ela uma recompensa muito atraente. Até a embaixada em Washington chegou a ser citada.

Dois dias depois de aparecer na campanha da TV proclamando as virtudes do rapaz que lhe tomou o lugar, já tendo desmanchado o amuo e recomposto o sorriso, Marta pôde pronunciar o seu “oh !” de falso espanto ao ser anunciada como a sucessora da massacrada irmã de Chico Buarque, que passou toda a sua gestão agachando-se para não ser atingida pelas balas amigas.

Tão feliz estava Marta com seu novo ministério, que não hesitou em agradecer ao seu benfeitor, a quem, numa hipérbole, elevou à categoria de Deus.

Bob Garfield, que não sabe nada da política brasileira, vai ter que estudar muito para aprender que o Google precisa se esforçar muito para comparar-se em poder ao verdadeiro Deus, aquele que dá e tira.”

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