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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Somos Bom-conselhenses, e o Encontro?



Por Zé Carlos

Outro dia, já disse porque resolvemos fazer uma pesquisa que nos orientasse sobre o que somos, ou o que devemos responder quando nos perguntarem: “Quem nasce em Bom Conselho, é o quê?” (veja aqui). Fizemos uma pesquisa rápida, e naquela ocasião, concluímos que seríamos “bom-conselhenses”, apesar de termos encontrado vários outros gentílicos para nossos conterrâneos (veja aqui). Continuamos a usar “bom-conselhense” por coerência com o que encontramos.

Até que um belo dia conversei com o Luis Clério e ele me disse que, a partir de uma pesquisa feita por Florisbelo Vilanova, ele passou a usar o termo “bonconselhense”. Não podíamos desprezar nosso esforço de pesquisa e nem ignorar o resultado daquela feita pelo ilustre bom-conselhense, ou, como ele sugere, bonconselhense. A consequência disto foi tentar ampliar nossa consulta a toda comunidade, através de uma enquete em nossa AGD.

Seu resultado foi o seguinte, entre os 29 computadores que votaram:  bom-conselhense”, 17 votos ou 59% , “bonconselhense”, 9 votos ou 31% , “papacaceiro”, 2 votos ou 7%,  enquanto apenas 1 voto foi para o gentílico “bom-conselheiro, ou 3%. Como já tentei dizer outra vez, o resultado de uma enquete não é a vontade do povo nem a vontade de Deus. É apenas uma indicação de alguns bom-conselhenses para algo que se está em dúvida. Pelo menos, com estes resultados, continuaremos a usar “bom-conselhense”, como nosso gentílico, com o apoio desta maioria, até que nos sejam mostradas as pesquisas que dão como certas outras denominações para os filhos desta terra.

Toda esta celeuma surgiu, junto com outras tantas, do imbróglio que se criou em torno do 11º Encontro de Papacaceiros. Pelos acontecimentos, houve uma cisão entre aqueles que queriam manter o mesmo nome, para 2012, enquanto outros preferiam que o “papaceiro” fosse substituído pelo gentílico mais usual, que agora acreditamos ser “bom-conselhense”, ou seja, seria o 1º, 2º ou 12º Encontro de Bom-conselhenses. Enquanto outros defendem a permanência de 12º Encontro de Papacaceiros. Isto parece até uma “briga de comadres” dirão alguns, outros acham isto de uma importância fundamental.

Quando eu ouvi os relatos sobre a festa que houve (e a maioria julgou que foi boa de acordo com nossa enquete anterior), sobre o esforço de alguns para realizá-la, sobre o de outros para não a realizar, sobre as corridas e pegas de carros de som, se enfrentando com mensagens diferentes, debates na AGD, no Facebook, no SBC, na A GAZETA, descobri que a coisa, apesar de importante, não era o fim do mundo. Era apenas uma discordância numa comunidade que está despertando para os nossos meios de comunicação, e que não se curva a nenhuma autoridade “coronelesca” seja ela quem for.

O interessante é que, passada a tempestade veio a bonança, como de praxe. Mas esta bonança veio acompanhada de um silêncio ensurdecedor, sobre tudo. Pelo menos nos meios de comunicação a que tenho acesso. Talvez todos estejam esperando, como eu, o resultado da enquete da AGD para se pronunciar. Eu espero que sim. E agora vou dar minha opinião a respeito, e já aviso, não tenho tendências “coronelescas”. O que eu digo não precisa ser cumprido sem discussão ou debate, e não considero discordância uma ofensa pessoal.

Em síntese, penso que o Encontro deveria continuar, e ao fazê-lo, seu nome deveria ser 12º Encontro de Papacaceiros. Antes que alguém pense que eu não soube sobre os rumores de ter o Zé Quirino, registrado, ou patenteado o nome do encontro, digo que eu já estou sabendo. Pelo que exporei abaixo,  e se rumor for verdade, o uso do nome é tão importante, que o Zé Quirino e aqueles que são contra à coordenação dele no próximo ano, deveriam, em favor da cidade, entrar num acordo. Apesar de reconhecer que houve bons e maus procedimentos por parte dos querelantes, penso ser isto possível. Pois se não for, aqueles envolvidos poderão pagar um preço muito alto (mais político do que financeiro) pelas consequências, deste desentendimento.

E por que é importante manter o nome? Um exemplo, só. Vocês sabiam que o “Rock in Rio”, ainda foi “Rock in Rio”, mesmo quando foi realizado em Lisboa? Por quê? Porque, aquele primeiro “Rock in Rio”, cresceu tanto, que deu ao seu nome o status de uma grande e vitoriosa festa. O Encontro de Papacaceiros já vinha se constituindo uma data no calendário turístico (se é que existe um) da cidade. Ele mobilizava já uma grande parte dos bom-conselhenses internos e externos. Vi a filha de seu Florisval, a Florilda, vir dos Estados Unidos, para o Encontro de Papacaceiros. Por uma questão de justiça, isto, em parte, devemos ao Zé Quirino. No entanto, talvez pelo mesmo motivo ele tenha cometido, a meu ver, o grande erro deste ano: pensar que a festa era tão pequenininha que caberia em seu bolso, e ele pudesse dizer que a festa era dele, ao ponto de qualquer motivo de natureza particular, poder levá-lo a mudar a data da mesma, sem menores conseqüências. Quando ele descobriu que O Encontro de Papaceiros não era mais dele (alguns dizem que nunca foi) já era havia entrado numa luta inglória, que deu origem a tudo. Ele descobriu que o nome até pode ser, mas a festa não.

Entretanto, é a preservação do nome que está em jogo, e isto vai depender de negociação com o Quirino, desde que ele apresente o registro desta marca em seu nome (sinceramente, meus conhecimentos jurídicos não são suficientes nem para saber se isto é possível). Vejam a diferença, entre se promover o 1º ou 2º Encontro de Bom- Conselhenses e o 12º Encontro dos Papacaceiros. No mínimo, no primeiro caso, deveríamos explicar porque é tão novo o encontro, e alguém dizer como se dizia em Bom Conselho: “Tão bonitinho de touca, será que ele se cria?”. Além das dúvidas geradas sobre o sucesso ou não do encontro.

Do que estou certo é que um entendimento entre as partes será necessária pelo bem da terra. Este deveria partir das pessoas envolvidas com ela. Soube que quem coordenou todo o encontro este ano, foi a Bia Ferro, pelo que merece os parabéns junto com aqueles que a ajudaram a realizá-lo. Fazendo uma grande simplificação, teríamos Bia Ferro de um lado e o Zé Quirino de outro. Se o interesse for a cidade, haverá um acordo, se não for, perde a cidade. Aí, deveria entrar o setor público, ou, no caso as autoridades que zelam pela cidade, como moderadores. A última e pior solução seria a festa ser encampada por pessoas interessadas nas próximas eleições. Tanto que, quando falo aqui em Bia Ferro, vejo apenas a moça trabalhadora e bonita que ela é, nunca a Secretária da Prefeitura. Se não houver esta distinção, só haverá paz com a intervenção do Eduardo Campos, ou da Dilma Roussef, pois ninguém votou contra eles em Bom Conselho.

Já estou quase atingindo o ponto da prolixidade, por isso só depois direi em como penso ser uma festa. Sou bom-conselhense, então tenho o direito, e até o dever de jogar minhas opiniões para serem discutidas, e a AGD está ás ordens para publicar outras opiniões.

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