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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

COMENDO CRIANCINHAS, PAPA-FIGO?



Por Carlos Sena (*)

Na última vez que estive em BABADÓPOLIS, encontrei na esquina da praça principal, um conterrâneo muito conhecido pela língua ferina. Disse-me que, diante de tanto padre "comendo criancinha", o personagem PAPA-FIGO, tão comum em nossa infância perdera seu posto. O diferencial era que o "papa-figo" de outrora fazia parte da nossa imaginação criativa, os PEDÓFILOS, não. Mostrou-me o texto que segue –  produto de sua mente fértil e cheia de picardia:

Ta-deu. Ama-deu. O Conde deu. O Ladrão de Bagdá deu, quanto mais o padre. O problema do padre é que ele é meio lobisomem, mas nem sempre o que é do homem a bicha come.

Lá vai ele cantando "Telma eu não sou gay", mas sempre sabe que pode jogar seu lixo pra debaixo do tapete e da batina. Templo do tempo que a velha ainda tinha arco, mas que criancinhas "arqueavam" a "meia água" por um bom-bom.

Ajoelhou tem que rezar. Para o bom entendedor pingo é letra, enquanto cai o pano do vati-CANO; enquanto a criONÇA não cresce para botar as unhas de fora, depois de praticar tudo por dentro. Por dentro dos corredores, da sacristia, da clausura. Da braguilha, nem o tratado de Tordesilhas se atreve. Corta o mal pela raiz mesmo que lhe custe um rosário de penitência. "Grava" em estéreo no melhor estilo pelotense, enquanto o sino não toca para o ofício.

Liberte o pecado, mas condene-se o pecador. Joga bosta na Geni e flores para os mascarados de estola. Porque o leite não coalha, mas a navalha corta, açoita a petizada enquanto a razão não vem.

Do alto da Sé, toca o sino; assaz sino convocando a veneração. Aplausos: "a boca que escarra é a mesma que beija", "joga bosta na Geni, ela dá pra qualquer um, maldita Geni"...

"Acorda Maria Bonita, levanta vem fazer café. O dia já vai raiando e a polícia já está de pé"... "Pai, afasta de mim este cálice", "porque eu sou é homem, homem com "H" e como sou". Pois é, padre. Deu com a mão direita, mas a esquerda estava olhando e deu no que deu: o VATI entrou PELO CANO, do alto de sua falsa moral.
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(*) Publicado no Recanto das Letras em 22/04/2010

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