Por Zé Carlos
Sempre que vou a Bom Conselho, me hospedo no Hotel Raízes. Apesar dos convites dos amigos para ficar em outros lugares, eu prefiro ficar lá. Todos já sabem disto e nem me convidam mais. Todos ficamos satisfeitos e continuamos amigos.
Da última vez não foi diferente, a não ser pela dificuldade maior para lá chegar, como já contei noutro texto. Se diferença houve foi apenas o de irem comigo mais pessoas do que normalmente levo. O meu neto, seu pai e sua mãe estavam conosco, os avós. Devido ao grande número de pessoas que lá estavam neste dia, tivemos que nos dividir. Os avós ficaram na cidade e eles foram para o Hotel Fazenda, também de propriedade dos donos do Raízes.
Eu fiquei na cidade e o meu neto no campo. Até nisso houve afinidades entre nós. Ele tinha mais vontade de ver os bichos e eu de acessar a internet. Nós dois ficamos satisfeitos. Ele mais do que eu, pois havia mais animais para ele ver do que conexão para eu navegar. Desta vez estava péssima. Digo sempre que atualmente, como aposentado, vivendo do dinheiro que a “viúva” tirou de mim durante toda vida e agora devolve aos pouquinhos, exerço duas atividades principais, em ordem de importância: Ser avô, e ser blogueiro. Aliada a outras que já tiveram importância mais acentuada, como a de ser filho, irmão, marido, pai e fazer supermercado, vou vivendo a vida que me resta, seguindo todas as dietas e correntes eletrônicas para chegar aos 80 pelo menos com a aparência de 79 anos.
Devido a esta divisão familiar hoteleira, fui conhecer o hotel na fazenda. Confesso que nunca fui muito do mundo rural. Nasci numa cidade que, naquela época, para estar no campo, bastava dar três passos. Bichos que hoje o meu neto não vê, via aos montões pelas ruas. Sinto muito não ter podido mostrar a ele um carro de boi gemendo pelas ruas e o pobres animais sendo furados pela vara com ferrão. Mas, para ele, na fazenda tudo era festa. Ovelha de um lado, guiné do outro, cachorro mais na frente, peixes no lago, e até um galo de briga. Fazia tempo que não via um. Como faz falta um galo de briga em nossa política. Também faz falta uma galinha com pinto novo, que sai correndo atrás de nós quando mexem com suas crias. As galinhas do hotel eram todas mansinhas, iguais as nossas políticas.
Havia algo lá que também nunca tinha participado de um. Um “pesque e pague”. Eu e os familiares até que tentamos, quase uma hora, mas, nem pesquemos nem pagamos. Elas por elas, menos para os peixes que comeram todos nossas iscas, e ficaram esperando pescadores mais exímios. Além disso meu neto encontrou uma cachorrinha chamada Mel, que era tão mansa que ele fez a aventura de passar a mão em sua cabeça. Coisa de menino da cidade. Eu, na idade já atirava o pau no gato. Enfim, foi uma manhã divertida, e para quem gosta da zona rural, foi um prato cheio.
Eu imagino se lá tivesse telefone, televisão, computador, internet, o celular funcionasse e outras “mordomias” da vida moderna, seria um paraíso, pois não tinha nem mosquitos. Mas, aí não seria turismo rural e o meu neto não teria alimentado as ovelhas. Só eu teria me divertido, escrevendo no Twitter para este blog. Desta maneira todos nos divertimos parcialmente. Para avós como eu, o Hotel Fazenda é uma boa diversão para os netos. Eu ainda prefiro a Praça de Santo Antônio.
Hotel Fazenda é um Local fenomenal para a busca do equilíbrio, seja pelas atividades ou seja pela tranquilidade.
ResponderExcluirEu frequento e recomendo o Solar das Andorinhas, que inclusive tem o maior circuito de aventuras dentro de um hotel.
Desejos de Próspero 2011!!