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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

EM BOM CONSELHO


Por Zé Carlos

Seria muita pretensão minha querer descrever e analisar minha passagem por Bom Conselho por estes dias, de uma só vez. Primeiro, o motivo da minha viagem é pelo menos inusitado para aqueles que pensam que sogra sempre tem que ser aquela chata de galocha que nos inferniza a vida, com base na lealdade da filha. Eu fui lá por causa do aniversário da minha sogra, uma jovem de 89 anos, simpática e sorridente. Segundo, foram muitas emoções, sorrisos e perplexidades.

Mais se a safra não atrapalhar meus planos, irei contando aos poucos. Começo pelo início, que já descrevi um pouco numa postagem anterior sobre minha chegada e a surpresa do Parque de Diversões. Foi um choque. Pergunto se é possível alguém gostar de se divertir naquele monte de ferro retorcido. Claro que sim, já que os donos continuam no negócio e, espero, pagando seus impostos à prefeitura para fazer tal afronta ao bom gosto.

Para não pensarem que virei um esnobe incurável, depois de velho, não encontrei nenhuma pessoa que elogiasse aquele monstro. Quase todos, como eu, achavam mais bonito o “trivolim”, e as barcas menores, quando comparados com aquele navio “viking” de hoje. O que comecei a criticar antes foi a localização do monstro. É até inconstitucional. Quase impedia o meu direito de ir e vir, na cidade onde nasci.

Ouvi muitas explicações para que a prefeitura tenha permitido tamanha invasão do nosso espaço. Uma delas, foi que “o povo preferiu assim”. Eu admito, não entrevistei o povo, porque nem o conheço. Não há uma entidade sociológica mais confusa e sem precisão do que a noção de povo. O povo condenou Jesus. O povo colocou Hitler no poder. O povo fez a revolução francesa. O povo elegeu a Dilma e Judith. E agora o povo quer o circo armado no nosso centro, não só comercial, mas turístico, que já vem sendo mutilado sequencialmente por prefeito entrantes e saintes. Diante disto, eu fiquei me perguntando: “Serei eu povo?”

Tecnicamente, sim. Faço parte desta massa anônima visual que vai a nossa terra fugazmente e depois some. Não tenho cargos, nem autoridade nenhuma a não ser o de votar, e nem mesmo faço isto lá. Mas, quando lá, eu me considero povo. Então, tecnicamente, sou um dissidente do povo. Como o atual governo municipal é o “governo do povo”, eu não tenho o que reclamar. Vou lá porque quero. Ao invés de tentar mudar o governo e criticá-lo, devo tentar mudar o povo.

E se muito, daqueles com quem falei, e também discordam do povo, são muitos, é uma prova que o povo está mudando. Mas, apenas para não dizer que só falei de flores, eu relato um fato descrito a mim por uma destas pessoas.

Devido à desorganização na instalação do monstro em nossa praça maior, um grupo de cidadãos, moradores do local, se uniu e foi falar com a promotora pública, para tentar mudar o rumo do monstro que áudio-visualmente invadia suas casas. Estava presente uma representante da prefeitura, responsável pelo evento. Quando interpelada sobre o que estava acontecendo, ele deu a seguinte resposta, tentando ser literal, pelo menos, com as palavras, a mim contadas.

“Tá certo! Eu tirarei o Parque para outro local. Mas, irei aos meios de comunicação e direi que foi um pedido de vocês, e citarei nome, por nome.”

Conversando com o amigo Luis Clério, em seu maravilhoso cafezinho, ele me dizia que podia avisar ao Diretor Presidente, que hoje, aqui em Bom Conselho, o coronelismo já passou. Ele poderia sair de trás do seu pseudônimo, sem medo. Quando me contaram o caso acima, quem teve medo de se mostrar fui eu. Fiquei até com vontade de criar um pseudônimo para mim. Como meu pai foi padeiro a vida toda, quis escolher “Zé do Pão”, no entanto, infelizmente, este já pertencia ao Zé Domingos.

Vejam o filme abaixo, por enquanto:

2 comentários:

  1. deixa o parque em paz !
    Bom Conselho não tem hoje nada para diversão do nossos queridos municipes ai vcs fica falando besteira ai sobre o parque falando q o parque esta atrapalhando o transito isso e uma besteira vc queria oq que o parque ficase em cima da igreja vão arruma o q fazer bando de desocupados.

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  2. o parque é horrivel memsmo ele poderia fica no jardin de tua casa ou no carecaão. a cidade tá sem dono

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