Por Zé Carlos
Como mencionei antes, recebi dois exemplares da A GAZETA, edição 277. Mandei uma cópia para o Diretor Presidente, e li a minha sofregamente. São muitas as matérias comentáveis, algumas polêmicas outras não. Tanto a Lucinha Peixoto quanto o Diretor Presidente, não concordam com a posição de Luís Clério sobre o anonimato. E estão escrevendo sobre o assunto. Eu, por enquanto manterei anônima minha opinião sobre isto. Hoje quero falar de notícias não polêmicas. E pelo título deste texto já deu para perceber, sobre o que escreverei.
O Clube dos 30, foi um marco histórico para todos de nossa geração. Eu o acompanhei, nem sempre de perto, desde seus primeiros passos ali pelas bandas da confluência entre as ruas Siqueira Campos e Sete de Setembro. Também no chamado Centro, onde brinquei meu primeiro carnaval junto aos que chegavam cansados do desfile do Amigo da Onça. Eu não pertencia à alta sociedade de Bom Conselho que o frequentava. Vamos dizer que eu fazia parte da classe média-baixa, que é aquela que pensa que é mais não é e termina lutando na vida para ser da alta-classe. Até hoje não consegui, porque quando cheguei a ser o que quisera ser, não era mais. A classe alta agora é outra e eu não tenho mais tempo de lutar para atingi-la, e sendo franco, nem quero.
Depois mudou para rua 15 de Novembro, e eu olhando, sem entrar. Minto, uma vez eu entrei. Não no carnaval, mas numa festa que minha turma do Ginásio deu para angariar fundos para a festa da nossa conclusão. O que lembro é que fiquei na cantina, trabalhando e comendo mortadela daquelas de lata. E que o Balinho, foi o melhor garçom. Não sei quando, mas, o Clube dos 30 mudou lá para o Alto do Sangue. Ficou mais longe e eu, que sou um motorista tardio, tinha que ir a pé, e este custo me fez desligar um pouco do dele. Entretanto, lá brinquei o meu primeiro carnaval de verdade. Com Ron Montilla e tudo. Oferecido pelo meu grande amigo Zé Rato Branco (de quem ainda falarei um dia).
O tempo foi passando na minha vida e o Clube dos 30 também. Realmente eu soube certa época que ele estava numa decadência total, e quem lá vestia a fantasia era o mosquito da dengue. Surpreendo-me hoje com as fotos e a matéria da A GAZETA. Agora chamado o Parque Aquático Marne Urquisa, está uma “belezura”. Eu não sei como a Nárrimam entrou nesta, mas, ela está de parabéns. E se realmente como se diz no nosso título, o Clube dos 30 pertence ao povão, quando for à terrinha, o visitarei e se tiver chance e coragem darei uns tibungos naquela piscina, lembrando do nosso Açude da Nação. Já o consertaram?
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