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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

O governo diz que somos o CRUZEIRO, quando somos mesmos é o NÁUTICO




Por Zezinho de Caetés

O texto abaixo transcrito do Sandro Vaia (Blog do Noblat – 08/11/2013) se chama de “BRICS terão série B”. Em pleno término do campeonato brasileiro de futebol ele vem a calhar. O que ele diz, com outras palavras, é que o Brasil está mais para o Náutico do que para o Cruzeiro, mas o PT só ver a tabela de classificação invertida.

Tudo que este governo tem de bom foi herdado dos anteriores, principalmente, o respeito ao Plano Real no primeiro governo de Lula, onde ele tirou as calças para os banqueiros e viu que para sentar na cadeira do Planalto, tinha que reconhecer que o que vinha sendo feito era bom e o povo estava gostando. Depois veio o Bolsa Família, hoje considerado o maior programa de compra de votos do mundo, pois os bolsistas familiares acham que o dinheiro vem do bolso do Lula, pai dos pobres. Quem seria contra seu próprio pai? E ela foi outra herança.

Ou seja, a tabela do campeonato é invertida de forma mentirosa e vergonhosa. Ver o programa eleitoral do PT na TV chega a ser vexaminoso. São refrãos que não tem mais o mínimo de sentido. Alguém escrevendo “Abaixo a Ditadura”, quando hoje a ditadura é exercida pelo Partido, através da cooptação e da intimidação. O que foi o mensalão senão uma tentativa torpe de tornar o partido senhor da verdade absoluta através da compra de parlamentares?

O descaso com que estão tratando o processo inflacionário me mete medo. Só quem viveu o processo hiperinflacionário do Brasil, quando Zé Sarney, hoje o grande aliado do PT, mandava confiscar o boi no pasto, para que a carne não subisse de preço, sabe o que isto significa. Será que qualquer semelhança com a Venezuela é mera coincidência? Penso que, se o partido continuar no poder, chegaremos logo lá, beijando a múmia do Chávez.

Mas, fiquem com o Vaia que, em rápidas pinceladas mostra que, em política no Brasil, mentira pode não ter as pernas curtas, e se não tomarmos cuidado vamos para a Série B.

“Um keynesiano em cada esquina para melhor servir você.

Lembra desse slogan? Era de uma loja que vendia artigos populares - claro que não tinha Keynes no slogan, era apenas uma loja.

O Brasil é um país peculiar onde o partido que agora está no poder conseguiu chegar lá porque fez uma declaração pública dizendo que respeitaria todos os fundamentos da política econômica implantada pelo adversário e contra a qual ele votou.

E também por ter ampliado um programa que chamava de bolsa esmola e que a partir do momento em que foi multiplicado passou a ser o maior programa de inclusão social do mundo. Agora todo mundo pode plantar a sua macaxeira e manter intacta a sua dignidade.

O país é tão peculiar que descobriu que estava sendo espionado pelas agências de segurança do governo norte-americano e transformou isso num formoso cavalo de batalha para ser usado nos programas eleitorais, até que se descobriu que fazia a mesma coisa, mas com intenções civilizatórias, e não expiatórias.

“Mas é diferente” passou a ser o slogan para justificar tudo o que o partido no poder criticava nos outros e faz igual. A diferença é que o seu igual é diferente daquele dos outros. Por que razão? Simples, os outros fazem coisas para o mal, ao passo que ele faz as mesmas coisas mas é para o bem.

Difícil de entender? É que você não entende a diferença entre a deontologia do bem e a do mal.

A peculiaridade se tornou tão diferenciada, que o eufemismo tomou o lugar da verdade.

A inflação anda pelas tabelas beirando perigosamente o teto da meta, mas o ministro Guido Mantega diz que essa é uma característica inerente a esta época do ano. A teoria deve ter alguma coisa a ver com a característica da temperatura do outono. Serão as folhas mortas? Quando o verão chegar, as coisas vão mudar.

O equilíbrio fiscal sempre teve um significado claro, que é a ação que não permite -- ou não deve permitir -- que o governo gaste muito mais daquilo que arrecada. É mais ou menos o efeito carnê das Casas Bahia: não gaste 100 se você ganha 80. As consequências disso costumam ser desastrosas: chamam elegantemente de déficit público ou de descontrole das contas públicas. Cobre-se o rombo com emissão de títulos, aumenta a dívida, a inflação cresce.

O governo inventou a chamada “contabilidade criativa” para mudar o dinheiro daqui pra lá e fingir que ele nasce em árvore, mas o desalmado mercado e as agências de avaliação de risco que só se deixam enganar quando interessa a elas, conhecem os truques e sabem detectá-los à distância.

O fato é que os Brics, que são uma espécie de Fifa que reúne países emergentes, uma federação inexistente de iniciais que serve para nomear países em fase de desenvolvimento acelerado, está prestes a rebaixar o Brasil para a série B.


Tudo isso para provar que é mais difícil criar os fundamentos de um país sólido e de crescimento sustentável do que encher urnas de votos quando esse é um fim em si mesmo.”

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