Em manutenção!!!

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

A semana - Sem Tiririca, Brasília mica!




Por Zé Carlos

O título que dei a esta postagem sobre o filme do UOL da semana que passou, é o novo slogan do Tiririca, hoje deputado federal, para tentar a reeleição no próximo ano. É a última parte do filme e começo meus comentários por ela, porque representa, no sentido humorístico do filme, a política brasileira.

Pelo dicionário que uso, micar tem alguns significados básicos: não ter êxito; gorar, fracassar, malograr ou ficar com um título que perdeu o valor ou é de difícil aceitação. Neste último caso as ações da empresa do Eike Batista micaram. No primeiro significam que o Brasil prescisa urgentemente de uma Reforma Política para não micar. A importância do palhaço (sem ofensa) Tiririca para seu partido é crucial. Muitos foram eleitos com os seus sufrágios e, se sua intenção é continuar para ser candidato muitos outros serão eleitos, e sendo tornam-se também “palhaços”. Para quem via a propaganda do seu partido na TV, sentiu, que em termos de gordura corporal, ele cresceu e muito. Este é, se não o único, o ponto mais hilariante do filme.

Aliás, virou moda, desde Ronald Reagan nos EEUU, passando por Arnold Schwarzenegger (confesso que fui à internet para saber como se escreve), e aqui o Romário, o Netinho, além dos BBBs da plantão, sua entrada na política. Por que então não lançarmos o Roberto Carlos para presidente?  Ele já é rei (não sei se ele me mandará tirar este texto do ar porque não pedi autorização a ele para dizer isto) mas a monarquia perdeu no plebiscito. Partido é o que não falta. Li ontem que o PSB lançará o Bernardinho a governador do Rio de Janeiro. Se lançassem o Magrão aqui, não teria para ninguém.

Com os outros assuntos do filme só ri quando o Maluf canta o Roberto Carlos. O Maluf é um recordista de condenações, e se fosse preso por todas elas teria que viver uns 500 anos para cumprir a sentença. E enquanto isto o óleo de peroba está pela hora da morte no mercado, pois ele usa o produto para passar em sua cara todos os santos dias. Mas, se algum eleitor paulista me ler, ele promete que voltará nas próximas eleições como o número 1111. Cara de pau maior, impossível. Desta última condenação ainda cabe recurso, e de recurso em recurso, a madeira de sua cara virará fóssil.

Pensando bem, se São Paulo ainda é a locomotiva do Brasil, este já descarrilhou faz tempo. Não percam de ver a farra dos auditores fiscais da prefeitura. É quase inacreditável o que se vê no filme. Chegamos à triste conclusão de que, no Brasil, o crime compensa. E como compensa! Li outro dia, o depoimento de um empresário paulista, que não se identifica, e não é por isso que não diz a verdade, de que em São Paulo, é difícil se ter um negócio onde não se pague propina, para que ele funcione. Isto é, em parte, devido a nossa grande burocracia, mas, também, é devido à esgarçadura moral do nosso tempo. E se só fosse em São Paulo, seria ótimo. Os “Reis do Camarote” (apelido dado, pela sua vida nababesca, a Alexandre Almeida, um dos fiscais envolvidos), existem em todos os lugares, cumprindo também seus Dez Mandamentos. E o mais triste é o que diz uma mocinha no filme, que ele declara que rouba mesmo. Vamos ver em que dar, tendo recursos, bons advogados e embargos infringentes.

Agora fiquem com o resumo do roteiro do filme do UOL, se quiserem rir, comecem pelo fim, vendo a propagando do Tiririca, porque sem ele o filme mica. O resto é um choro só, apesar da bela canção do Roberto.

“O deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) parece não ter levado muito a sério a sua condenação no Tribunal de Justiça e a suspensão dos seus direitos políticos por conta do superfaturamento de obra na época em que era prefeito de São Paulo. Prova disso é que ele está em campanha e convidou até uma repórter do UOL a votar nele. E na semana do 'Rei do Camarote', auditores fiscais da Prefeitura de São Paulo investigados pelo Ministério Público mostram que eles também têm vida de luxo, riqueza e ostentação.”


Nenhum comentário:

Postar um comentário