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terça-feira, 9 de maio de 2017

ZÉ TENORIO




Por José Antônio Taveira Belo / Zetinho


Eu voltei, voltei para ficar, pois aqui, aqui é meu lugar... Pois é Zé para alegria de todos que o acompanhava nas páginas do nosso querido jornal A GAZETA, com o seu tema DOIS DEDOS DE PROSA. Há tempo que estávamos privados dos seus escritos gostosos que você com a arte de escrever deliciavam todos os seus leitores. Estes tempo de PROSA, já se faz tempo que ninguém ousa conversar nas calçadas, nas praças, nos botequins dos nossos bairros da cidade grande contando “causos”. A violência toma conta das nossas raízes de se juntar com amigos e prosear as gargalhadas para arejar o nosso cérebro.  Em nossa querida terra Bom Conselho, era costume sempre na boquinha da noite, a reunião de moradores se juntarem e começarem a contar os acontecimentos que ocorria na comunidade. Era um encontro alegre e cheio muitas vezes de gaiatice, risos e algumas mentirinhas que levavam todos a ficarem risonhos, olhando e piscando os olhos uns para os outros engolindo aquela notícia. Lembro na minha querida Rua do Caborje, estas reuniões muitas vezes acontecia nas calçadas, na bodega de Dona Cecilia, ou na mercearia de seu Leônidas, algumas vezes na Praça Pedro II, sob as palmeiras imperiais, sentados em banco rodeados de margaridas branquinhas, dálias e rosas em várias cores ali se falava da política, das agressões e crimes que ocorria na cidade ou nos distritos, na religião, nas festas e bailes, de tudo saia até o momento que muitos se recolhiam para o café quando o relógio da Matriz anunciava o Ângelus. . Ouvia-se o rádio chiando com as notícias anunciada pelo Reporte Esso, sobre os acontecimentos nacionais, as novelas e o enredo dos filmes que era apresentado no Cine Rex. . No outro dia era comentários de toda espécie, cada um contava a sua com as suas palavras, ora omitindo outras vezes acrescentado o que muitas vezes trazia discursões amigáveis, com risos, alguns aumentando demais, o que ocorreu foi assim e, assim terminava mais uma prosa. Meu pai Antônio Zuza, gostava de participar das reuniões pra prosear com os seus amigos contando as aventuras ocorridas na visitação de moradias nos distritos e nos sítios, onde ainda imperava o analfabetismo por volta da década de 40 e 50, pois trabalhava como “guarda da peste” no serviço de tapar os buracos em casa de taipas e matar ratos com a sua máquina de cenogás e dedetizando com DDT um pó branquinho que só goma vendida nas feiras em Bom Conselho. Cada viagem trazia uma novidade, “a morte de um fulano” nos Cadeirões do Guedes, “um roubo de animal” na Barra do Brejo, “uma gaia no marido com o vizinho no sitio Olho da Folha”, ”uma briga na bodega de seu Joaquim” em Rainha Izabel, “uma facada na feira no “quadro” no sábado pela tarde quando alguns estavam embriagados”, outra ”agressão à paulada dada pela mulher no marido que a traia”, “briga de mulheres da vida fácil junto ao campo de futebol lá no alto” no Barro (hoje Saloá) “arruaça por um pedaço de terra” terminando em briga com arma branca e assim... Toda sexta feira quando chegava montado no seu meio de transporte, o burro, descendo ou subindo a Rua do Caborje e muitas das vezes atravessando o “quadro” onde a luz da lua iluminava o caminho para sua casa trazendo novidades. Pois é José!  Os seus comentários relembram muitas causos ocorridos em nossa querida terrinha, contada na época sob  risos e gargalhadas.  Folheando A Gazeta anotei alguns dos seus escritos que me fizeram meditar: “São reminiscência de um “coroa” que também nasceu bom-conselhense” (Gazeta nº 38 – 01 á 15/08/1992); “Punição aos Corruptos” O assunto o Zé já previa, isto em 1992, estourado agora em 2017, (Gazeta nº 42 - 11 a 25/11/1992); “Qualquer semelhança é mera coincidência” (Gazeta nº 59 – 21/12/1993 á 1994); “Sumiram com a jequitibá paraibano” (Gazeta nº 61 – 11 a 26/02/1994); “Brasil, terra cobiçada” (Gazeta nº 66 – 01 a 31/08/1994) entre tantos outros assuntos nas páginas da À Gazeta tendo lido o último na Gazeta nº 431 da 2ª quinzena de abril de 2017 com este escrito “Certa madrugada Filon ao chegar à casa vindo do clube naval onde os oficiais promoviam quatro vezes ao ano uma festa beneficente a fim de angariar fundo para a CASA DO MENINO POBRE”... 

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