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segunda-feira, 29 de maio de 2017

A semana - Acordão contra a ORCRIM, volta de House of Cards, as pernadas no Congresso...




Por Zé Carlos

Bem, aqui estamos outra vez. E, praticamente, nada mudou. A Lava Jato continua a fazer o humor nacional torna-se o melhor do mundo. Talvez os Estados Unidos cheguem perto com o Donald Trump, mas, pelo conjunto da obra o Brasil é imbatível. E adivinhem quem ainda continua no palco e com nota 10 nas piadas?! Claro. O Michel Temer.

De uma hora para outra o homem superou muitos dos seus concorrentes, isto porque o Lula é hors concours, e a Dilma não tem dito oportunidade de exercer sua verve humorística desde que a dupla caipira Joesley x Wesley, disseram que deram 80 milhões de dólares para elegê-la, através do Mantega. Durante a semana ela só contou uma piada, junto com mais de 2000 políticos delatados pela dupla:

“Todo dinheiro que recebi, foi legal e foi declarado e aprovado pelo TSE.”

De tão contada a piada perdeu um pouco da graça, a não ser nos grotões, onde a TV  nem chega. Então, fiquemos com o Temer e outros que não podem escapar de dar explicações a respeito das lambanças realizadas no exercícios de seus cargos.

No entanto, a piada nacional não envolve mais humoristas individuais. O que mais se comenta é o plano da ORCRIM (Organização dos Comediantes do Riso Iminente) de combater o Sérgio Moro e seus seguidores da Lava Jato, por chegarem à conclusão de que se a deixarem agir livremente, com sua mania de não rir das coisas, o riso pode acabar no Brasil.

Explico em detalhes para que nossos leitores possam sentir o risco iminente do riso acabar totalmente no país, e, consequentemente, essa coluna semanal, deixando órfãos seus 15,5 leitores.

Segundo a mídia, está  em curso em Brasília a Operação Riso Sempre (ORS) que visa utilizar a possível eleição indireta com a queda do Teme para retirar uma grande parte do mundo político da produção do riso semanal para que eles não sejam pegos pela Operação Lava Jato ou pelo Ministério Público Federal. Dizem que os cérebros desta operação vêm, em grande parte, do Senado, onde estão os maiores humoristas deste país. Vejam a audácia desta turma que alimenta esta coluna. No final de tudo eles querem alterar a Constituição para garantir foro privilegiado a ex-presidentes da República.

Imaginem então que o Lula, a Dilma, o FHC, o Sarney, o Collor, e até o Temer, se cair mesmo, como tudo indica, terão o foro privilegiado. Vejam que beleza. Nossa coluna teria então vida eterna, pois jamais os nossos maiores pândegos como Lula e Dilma, desceriam ao colo do sisudo juiz Moro. Vejam que coisa boa!

Curtam os detalhes nas palavras do jornalista Alberto Bombig do Estadão que mostra a disposição dos senadores de aprovar o modelo bicameral (Câmara depois Senado) para elegerem o próximo presidente, depois que ele seja defenestrado pelo TSE no início de junho:

“Na prática, isso significaria um peso maior para o voto dos 81 senadores sobre o dos 513 deputados, o que diminuiria drasticamente as chances de Rodrigo Maia (DEM-RJ), atual presidente da Câmara, ser eleito para o Planalto. Ciente desse movimento, os apoiadores de Maia sondaram o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), para ser o vice do deputado.

O problema é que os senadores acham que Maia, uma vez eleito presidente da República, não sobreviveria ao que chamam de “jogo baixo da Lava Jato”. Avaliam que a cabeça de Maia se tornaria o troféu a ser apresentado pela longa fila que hoje tenta fazer delação premiada. A gravação feita por Joesley Batista de uma conversa com Temer comprovou, na visão dos senadores implicados na Lava Jato, que o Ministério Público Federal está disposto a tudo para “destruir o mundo político”.

Pelo arranjo dos senadores, Eunício seria, sim, vice, mas de um outro candidato, alguém com coragem suficiente para enfrentar a opinião pública e frear os procuradores e o juiz federal Sérgio Moro.

Para o grupo do Senado Federal, apenas dois nomes entre os colocados até agora como pré-candidatos têm peso e tamanho para a missão: Nelson Jobim e Gilmar Mendes. Só para lembrar: no Senado, são investigados, entre outros, o próprio Eunício, Renan Calheiros (PMDB), Gleisi Hoffmann (PT) e Aécio Neves (PSDB), todos considerados da “elite política da Casa”, como gostam de dizer os parlamentares.

A parte final do acordão inclui a saída do presidente Michel Temer, a ser convencido pelos aliados de que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já tem consenso formado pela cassação da chapa e pode até convocar eleições diretas. Para facilitar a renúncia de Temer, o acordo garantiria a ele um indulto (a imunidade penal a ser dada pelo futuro presidente) e a votação da PEC que manteria o foro privilegiado a ex-presidentes, evitando que o caso dele chegue até Moro. Essa PEC também livraria Lula das garras do juiz federal, parte que mais interessa ao PT.

O novo presidente, oriundo do acordão, ainda convocaria uma nova Constituinte e se aprovaria uma reforma mínima da Previdência, para acalmar os mercados e o setor produtivo. A Constituinte instituiria eleições e mandatos a promotores e procuradores, a exemplo do que ocorre nos Estados Unidos. Seria o House of Cards Brazil.”

É claro que esta coluna aprova toda esta trama por um motivo simples. O que seria dela sem as figuras do Renan, Gleisi Hoffman, Lindberg Farias, Romero Jucá e os mais novos cômicos, como Aécio, Eunício, Rodrigo Maia entre outros? Correria o risco até da pandegagem acabar no Brasil. E, além disto, se esta operação salva ORCRIM passar, imaginem o que não aparecerá de cômicos para serem incluídos em seus quadros permanentes!?

E só mais uma explicação para aqueles nossos leitores que não sabem o que é House of Cards. É uma série ficcional do Netflix, hoje o sonho de consumo do brasileiro, que foi inspirada em Lula e Dona Marisa Letícia, mostrando sua saga para chegar à presidência dos Brasil, abrangendo até agora o tempo antes da morte da Dona Marisa. Mas, certamente, em outras temporadas será coberta sua morte, e também o depoimento do Lula ao Sérgio Moro, onde ele culpou a mulher morta por querer comprar o tríplex, motivo de tanto riso aqui na coluna. Óbvio que tudo foi transplantado para a história americana e o personagem principal foi chamado de Frank Underwood, que também foi inspirado em Lula porque ele foi preso “sob vara” pelo Moro, certa feita.

Outro que fatalmente receberá um convite para participar desta coluna, que hoje lidera o humor nacional, pelo menos entre seus leitores, é o Ministro Gilmar Mendes. Imaginem, foi apurado que ele quer, depois de votar a favor por duas vezes, agora ser contra a que os condenados em segunda instância sejam presos. Vejam o potencial de riso deste senhor. Basta lembrar do Maluf, que até hoje tenta dar a alegria aos brasileiros, sendo preso, e por mais de 30 anos, tenta, tenta, tenta e não consegue. Imaginem o Lula quando seria preso?!

E nesta tendência ao humor coletivo, tivemos a invasão de Brasília pelos Mouros (não confundir com o Moro) Mascarados que queriam assistir a uma sessão da Câmara Federal, na qual a mais antiga humorista nacional a Luiza Erundina (não sei se é mais velha do que o Sarney, mas, ambos são da Velharia do Riso) que resolveu sentar na mesa diretora dos trabalhos, para evitar que se voltasse uma reforma, enquanto os deputados se pegavam “na tapa”, lá embaixo.

Aliás, vi o bom-conselhense Randolfe Rodrigues quase sair na tapa com outro senador, mostrando que a verve humorística de Bom Conselho não se restringiu apenas ao Pedro de Lara. O cara pulava feito um mamulengo das feiras de nossa cidade. Se esta coluna não fosse de humor eu diria: Que vergonha!

Aliás, tornou-se moda a briga como disputa política, somente para alimentar o humor nacional. Quem viu a reunião da Comissão de Assuntos Econômicos, logo no início da semana, deve ter percebido que alguns dos nossos melhores humoristas já entram para provocar. Imaginem a Fátima Bezerra, o Lindberg Farias, a Gleisi Hoffmann, todos remanescentes do “Quinteto Abilolado” que atuava no impeachment da Dilma, agora jogando pernadas e rabos de arraia nas sessões do Congresso. Seria trágico se não fosse tão cômico.


E, como está se tornando quase um lugar comum, aguardem a próxima semana, que o riso abundará, certamente. Mas, para ser justo, como sempre tento ser devo dizer que devido ao excesso de chuvas que caíram em nosso Pernambuco, o Temer ontem apareceu com as velhas promessas de ajudar a região em mais um flagelo natural. Vejam a ironia que nos ronda. Se não é pela seca é pela chuva, mas precisamos dos outros, e não podemos rejeitar a ajuda. Pelas cenas que vi na TV, só faltou o grito de “Fica Temer!”, para entrar no espírito da coluna. Mas,  riam com moderação!

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