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sexta-feira, 26 de maio de 2017

Para onde vamos? Pro brejo?




Por Zezinho de Caetés

Graças a Deus, não deu tempo para os militares começarem a gostar de política como gostavam lá pelos idos dos anos 60. O Temer, com a rapidez que os trouxe mandou-os de volta, e eles foram.

Para quem viveu aquela época, e isto se aplica àqueles com mais de 60 anos, como eu, está eufórico. As instituições democráticas venceram mais uma vez, como já vem fazendo desde a saída da farda, junto com a Nova República. Espero, com o meu otimismo renitente, que não haja mais necessidade de sua volta, nem constitucionalmente, como foi feito.

Mas, isto, atualmente e sempre, não depende só de nossas Forças Armadas e sim, também, da oposição, hoje comandada por Lula e asseclas. Eles que partiram para violência, talvez para testar os limites de nossas instituições que eles tentaram vilipendiar enquanto estavam no poder, e tiveram uma resposta à altura.

Eu confesso que não sinto pena do Temer pelo que ele está passando, porque tudo que diz, sobre sua conversa não republicana com o Joesley, não foi motivo de explicação convincente, mas, devo dizer que ele agiu corretamente chamando o Exército para acabar a baderna em Brasília, e agiu mais certo ainda, chamando-o de volta aos quartéis de onde não deve sair mais.

Aqui não se trata somente de elogiar ou não elogiar alguém por suas atitudes pois a situação em que o pais se encontra exige muito mais do que isto. Ou as instituições e seus ocupantes dão respostas condizentes com o momento difícil, ou, como se diz “a vaca vai para o brejo” e com poucas chances de encontrar alguém para ajudar sair de lá.

Parece até que depois de uma geração os brasileiros esquecem tudo e começam tudo de novo. Está faltando estudo de História aos nossos estudantes. São erros bobos que são cometidos e que seus ancestrais já não cometeriam. Se pensarem no Aécio Neves, não estão errados. Com sua atitude, conspurcou o legado do seu tio, o Tancredo, que deve está agora se virando no túmulo.

Todavia, os velhos também erram, e pensem no Lula. Tal qual como o Temer, já deveria está fora da política há muito tempo, junto com FHC, Sarney e outros da velha guarda. Mas, o Lula acometido do que chamei Síndrome da Sangria (SS),  o medo exagerado de ser pego pela Lava Jato, está cometendo besteiras depois de besteiras, e é muito difícil, agora, soltando seus asseclas para fazer baderna em Brasília, que o Sérgio Moro não o condene e que a segunda instância não o prenda.

Ou seja, a SS é uma doença que deixa a pessoa em equilíbrio instável, como aprendi em minhas aulas de Economia. Quando o cara se afasta do certo, cada ação posterior o leva a ser mais errado ainda. E isto está acontecendo com o Lula. Dentro em breve ele ultrapassará o Renan, em número de processos, neste campeonato macabro para ver quem chega primeiro na cadeia, quanto mais tentam evitá-la.

O que se espera agora é resposta de instituições para estancar a sangria, no bom sentido, isto é, levar os culpados para o xilindró.

Estou em viagem mas, de bar em bar, mesmo sem beber, vendo as TVs e outras mídias, me informando sobre o Brasil, afinal de contas, a situação já é de vaca não reconhecer o seu bezerro. E se é verdade o que o Ricardo Noblat diz hoje em seu blog, em texto que abaixo transcrevo com o título de “Acordão para substituir Temer pode atingir a Lava Jato”, a coisa vai ficar pior ainda. Eu espero que tudo não passe de uma hipótese.

“Trata-se quase às claras a substituição do presidente Michel Temer. Salvo auxiliares dele, enrolados na Lava Jato, não há uma viva alma em Brasília que acredite na permanência de Temer no cargo.

Um dos ingredientes do acordão que se persegue é o que se fazer com a Lava Jato. Ou melhor: como enquadrar, pôr um freio em procuradores e juízes ligados à maior operação de combate à corrupção da história do país.

Não, os políticos e seus aliados não desistiram da ideia de desidratar a Lava Jato. É o destino deles que está em perigo, a liberdade e a chance de continuarem a enriquecer. E isso é o que basta.

Das bandas da Justiça, contam com a possibilidade real de que o Supremo Tribunal Federal (STF) venha a rever seu entendimento de que pena de prisão comece a ser cumprida se confirmada em segunda instância.

Por seis votos contra cinco, assim havia decidido o STF, inclusive com o voto favorável do ministro Gilmar Mendes. Agora, Gilmar admite mudar de lado. Se isso ocorrer, mais um ministro ou dois poderão mudar também.

É isso o que mais desejam aqueles às voltas com a Lava Jato. O melhor dos mundos para eles seria o STF decretar que o cumprimento imediato da pena passaria a depender da terceira instância da Justiça.

Ou seja: da palavra do Superior Tribunal de Justiça (STF). Ali, eles costumam se sentir mais protegidos. Os ministros do STJ são mais sensíveis às suas pretensões, mais cordatos, mais generosos.


Lula torce pelo sucesso de Gilmar. Só assim ele teria a certeza de que poderá concorrer à eleição presidencial de 2018, seu objetivo número um, e o da esquerda que sonha em voltar ao poder.”

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