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segunda-feira, 8 de maio de 2017

A semana - Soltaram Zé Dirceu, querem prender o Lula, Duque fala e Macron vence na França...




Por Zé Carlos

Para aqueles que não se ligam em datas, a semana passada, da qual lhes falo, começou no 1 de Maio, o Dia do Trabalho. Tentou-se comemorar o dia, mas, os trabalhadores não compareceram, a não ser à Avenida Paulista para o sorteio dos carros, bancados pelo Imposto Sindical, que está com seus dias contadas pela Reforma Trabalhista. Ou seja, vai ser muito difícil haver Dia do Trabalho outra vez. Se chamarmos de classe trabalhadora aqueles que trabalham para patrões no setor privado, esta parece ser uma raça em extinção no Brasil. Aqui só temos funcionários públicos que na luta entre o capital e trabalho, não cheiraria nem federia, pois os criadores desta dicotomia, a chamavam da classe improdutiva, a qual eu já pertenci um dia. Aliás, eu minto um pouco afirmando isto. Eu virava classe trabalhadora para decidir sobre se faríamos greve ou não nas assembleias do meu sindicato, ao qual, ainda pago o Imposto Sindical.

Sei que ninguém riu até aqui, mas é, que a coluna de vez em quando acorda com pouco humor, nas segundas-feiras. E talvez isto tenha ocorrido pelo volume de humor que se produziu logo no início da semana passada, com a invasão da Câmara pelos Agentes Penitenciários, protestando contra a Reforma da Previdência. Aliás, esta reforma é a que tem gerado mais humor na política, hoje. Havia uma Comissão Especial para sua aprovação, não vou discutir aqui os detalhes da proposta para não matar meus parcos leitores de tédio, mas, o hilariante é que não houve um dia sequer até agora que pudéssemos saber o que é a Reforma. Todos os santos dias ela muda para beneficiar alguma “categoria”, e, como no Brasil em cada esquina você encontra uma, imagine quando ela irá terminar.

Eu penso que nunca, como deve ser. Deveria haver uma reforma permanente, somente para atender àquelas categorias insatisfeitas. Isto é, se seus representantes lutarem pelos seus direitos. Por exemplo, o Sindicato dos Defuntos Unidos, já estão lutando para não perderem os privilégios, caso haja, quando chegarem ao céu. O Sindicato dos Índios Pelados protestam contra derrubada de direitos em relação a obter penas de graças para manifestações. O presidente da FUNAI até foi demitido porque exigiu penas de pavão e o Temer não deu, não sei por que. O Sindicado dos Anões do Orçamento, protestaram contra os roubos que hoje existem na administração, pois o tiraram da história da corrupção do Brasil, onde ficaram por muito tempo em primeiro lugar.

Em suma, são tantas as categorias, que no final das contas, vai se descobrir que depois de FHC, Lula, Dilma, Temer tentarem fazer a reforma, sem conseguir chegar ao final, a reforma permanente é a grande solução. Estou aqui criando o Sindicato da Reforma Permanente, antes que acabe o Imposto Sindical e acabe com o incentivo para criar pelegos neste país.

No entanto, e no entretanto, nem só de Previdência viveu este país a semana passada. Talvez o mais importante fato foi o STF ter soltado o Zé Dirceu. O “ladrão guerreiro do povo brasileiro” está na rua outra vez. Digo, estaria na rua se o sisudo Sérgio Moro não o tivesse confinado a uma tornozeleira eletrônica, que deveria ser do tamanho de um pneu de caminhão, pelo conjunto da obra. Mas, o rebuliço e humor produzido por este fato merece destaque nesta coluna. Principalmente, quando se descobrir um dos maiores humorista no Brasil, que vivia camuflado debaixo da toga, que foi o Ministro Gilmar Mendes. O que apareceu de “memes” e piadas a seu respeito, me dá direito a convidá-lo para esta coluna. O homem mostrou que é um pândego, talvez maior do Lula, que é, atualmente, nosso pândego mor.

E por falar em Lula, a semana foi outra vez dele. E quanto mais se aproxima o encontro dele com o sisudo Sérgio Moro, que já está sendo chamado do encontro entre o Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro, sem ainda haver concordância para a sociedade de quem é o Dragão da Maldade e de quem é o Santo Guerreiro, mais o seu humor fica livre, leve e solto.

Só para começar, a Lula arrolou 87 testemunhas de defesa para deporem com ao juiz Moro. O Moro, desta vez não tão sisudo disse: Ok. Eu concordo, mas, quero o réu em todos os depoimentos. Aí o Lula disse que não aguentaria repetir 87 vezes as piadas que vem contando nos últimos tempos e pediu a um juiz que não aceitasse a provocação de Moro. O juiz aceitou, com a condição dele mandar um áudio para cada audiência. Não deu outro o Lula gravou:

“Eu não sabia de nada!”

Já imaginaram 87 shows diante do Moro, o volume de riso quando reproduzirem o áudio da melhor piada do nosso maior pândego? Vai ser um desbunde geral. E esta piada, se tornou muito mais forte com o depoimento do Renato Duque aquele diretor da Petrobrás, que, depois de passar 2 anos no xilindró repetindo a mesma piada que o “Lula não sabia de nada”, resolveu dizer que ele sabia de tudo. Eu vi o vídeo do depoimento dele ao Sérgio Moro. A cara do juiz não aparecia, mas, ele a cada resposta do depoente deveria embolar no chão de tanto rir. Por exemplo, quando perguntado se Lula sabia ou não de alguma coisa, o Duque ele historiou:

“No último encontro, 2014, já com a Lava Jato em andamento ele (Lula) me chama em São Paulo. Tem uma reunião no hangar da TAM no Aeroporto de Congonhas e ele me pergunta se eu tinha uma conta na Suíça com recebimentos da empresa SBM. Eu falei não, não tenho dinheiro da SBM nenhum, nunca recebi dinheiro da SBM. Aí ele vira prá mim fala assim ‘olha, e das sondas tem alguma coisa?’ E tinha né, eu falei não, também não tem.”

Renato Duque atribuiu ao ex-presidente a seguinte resposta:

“Olha, presta atenção no que vou te dizer. Se tiver alguma coisa não pode ter, entendeu? Não pode ter nada no teu nome entendeu?”

E continua:

“Eu entendi, mas o que eu ia fazer? Não tinha mais o que fazer. Aí ele falou que ia conversar com a Dilma, que ela estava preocupada com esse assunto e queria tranquilizá-la. Nessas três vezes ficou claro, muito claro prá mim, que ele tinha pleno conhecimento de tudo, tinha, detinha o comando.”

Eu confesso, que quando me lembrava da grande piada do Lula do “eu não sabia” e ouvia Duque contar estas coisas, ria tanto que não sei como estou vivo aqui para contar a história. E, a maior piada de hoje, depois da delações da Odebrecht, com Marcelo e Emílio de protagonista, da OAS com o Léo Pinheiro estrelando, e agora do Duque, dará um filme digno de ser financiado pelo Lei Rouanet. E o Duque ainda se revela um modesto ator quando diz:

“Eu sou um ator, tenho um papel de destaque nesta peça, mas eu não fui e não sou nem o diretor nem o protagonista desta história. Eu quero pagar pelo o que eu fiz”.

Este seria um final perfeito para uma grande corrupto-chanchada do cinema nacional. Imperdível. Mas, pensam que a semana acabou para o humor de Lula? Que nada! Enquanto ele não for preso e escrever na prisão seu “Memórias do Cárcere”, ditando para o Zé Dirceu que deve se revezar com o Palocci, esta coluna terá o riso garantido para seus poucos leitores. Já prometo publicar este livro em capítulos aqui mesmo.

E o Lula continua, pois como falei, no momento, se ele não matar o seu grande público de riso, não há garantia do Sérgio Moro rir no dia 10 de maio. Vejam algumas de suas tiradas nos shows que anda dando, agora só para dirigentes do PT e de Sindicatos. Aliás, eu, no último sábado estava vendo um destes shows, e o desempenho dos que o seguem na mesma, é exemplar. Quando o Lula terminava um piada, tenho certeza que do outro lado alguém levantava uma tabuleta dizendo: “Riso!”. E a Gleisi Hoffmann mostrava seu valor de comediante e atriz. Como uma imagem vale mais do que mil palavras, vejam, algumas imagens:



Não riam ainda antes de ver as imagens do depoimento do Duque que, apenas, corroboram os dos Odebrecht’s e do Léo Pinheiro da OAS. Vejam:


Agora podem imaginar e sorrir à vontade. E se quiserem mesmo morrer de rir lembrem da grande piada do Lula tempos atrás:

“Eu sou a alma mais honesta do mundo!”

Depois vejam os depoimentos dos delatores e das testemunhas da Operação Lava Jato e pensem no complot armado contra nosso comediante maior, o coitado do Lula. Não lembra aquela piada em que o soldado, marchando dentro do pelotão, com o passo diferente dos outros, responde ao protesto do superior por estar com o passo errado e ele responde:

“Prove!”

A Lava Jato promete as provas e Lula diz que elas não existem. Em breve teremos razão para sorrir com a verdade.

E, como já estamos muito prolixos hoje, só para terminar temos que colocar que comentar sobre as eleições francesas, que elegeram o Macron, dizendo ser ele de “centro”. A grande piada hoje é que se o candidato é de “esquerda” só venceria eleições na Coreia do Norte, e se for de “direita” é preciso dizerem que é de “centro” para vencer. Ou seja, estamos agora no “centro” do mundo. Se isto é bom ou ruim, talvez meus netos possam dizer.


Por hoje é só, e espero estar vivo para contar mais piadas do Lula na próxima semana. É o nosso pândego maior.

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